La Sagrada Familia

A Grande Muralha da China, a antiga cidade de Petra, na Jordânia, a estátua do Cristo Redentor, no Brasil, as ruínas de Machu Picchu, no Peru, as de Chichen Itza, no México, o Coliseu de Roma, o templo do Taj Mahal, na Índia e a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito. Você sabe o que estes 7 lugares têm em comum? Fácil, não é? São considerados as 7 Novas Maravilhas do Mundo Moderno , de acordo com uma votação que, em 2007, os elegeu como herdeiros das 7 Maravilhas do Mundo Antigo. Bem, eu ouso dizer que, se decidíssemos adicionar mais um monumento a esta lista, o candidato mais legítimo seria, sem qualquer dúvida, o templo da Sagrada Família, em Barcelona. .

Provavelmente, a grande maioria está a rir depois de ler a minha declaração. Consigo compreender isso bastante bem, porque até que se visite o local com toda a atenção, não é possível estar ciente de sua grandeza. E tenho medo de que, mesmo para um bom número de pessoas que estiveram lá, não seja fácil apreciar o seu imenso charme , o imenso significado que isso implica. Não é que eu tenha um conhecimento e uma sensibilidade superiores às pessoas comuns. É simplesmente uma questão de capacidade espiritual: A Sagrada Família não é simplesmente uma igreja maciça , um monumento artístico inacreditável, uma maravilha extraordinária (se não inexplicável) da arquitetura. É um templo e, como templo, o seu objetivo principal (de acordo com a clara e firme vontade do seu criador) é colocar os homens em relação ao seu Deus. Como crente, tenho a grande vantagem de estar bastante acostumado a estabelecer esse tipo de contato. E, no entanto, num lugar como A Sagrada Família, não é possível que alguém não seja atingido por, pelo menos, uma faísca deste relacionamento espiritual . Desde que visitem o templo da maneira certa, o que, é claro, não significa colar o ouvido no telemóvel ou conversar durante toda a visita.

No entanto, como tenho receio de não ter sido grande ajuda até agora, para aqueles que estão a planear visitar o templo, é melhor eu seguir uma ordem e deixar de lado, pelo menos por enquanto, as minhas observações pessoais. Em primeiro lugar, gostaria de salientar que A Sagrada Família é O lugar a ser visto em Barcelona . Independentemente do tempo que possa ter à disposição, este marco único nunca se deve perder. Localizado, como a maioria dos edifícios modernistas, no distrito de L'Eixample , é facilmente alcançável através do metro, e do comboio através da linha L2 ou L5 . É definitivamente uma excelente ideia comprar o seu bilhete online, de forma a evitar filas sem fim nas bilheteiras; Se possível, tente e vá logo pela manhã: é mais fácil evitar as massas turísticas que inevitavelmente se juntam no templo.

Se, por um lado, é possível ver a maior parte do exterior do edifício sem pagar , devo avisar que é apenas uma opção alternativa, a ser escolhida apenas no caso de existir muito pouco tempo. Pois, dessa forma a maior parte do charme do lugar fica por apreciar. E, afinal de contas, o preço não é assim tão alto: a entrada custa 15€ por pessoa , enquanto um bilhete de 20€ inclui também a visita a uma das torres. Estão disponíveis descontos para estudantes, crianças e pessoas com deficiência. Com um custo adicional de cerca de 3€, é possível ter uma audioguia (que definitivamente recomendo). A taxa de entrada, que é muito mais barata do que outros em Barcelona (como o Camp Nou ou a Casa Batllò), é, na minha opinião, totalmente justificada, pois os fundos são, obviamente, um importante contributo para as obras necessárias para completar o templo .

Aposto que se está a perguntar como é possível que um edifício cuja construção tenha começado em 1886 , ainda esteja inacabado. Bem, a obra incompleta é, pelo menos por enquanto, uma das características principais d'A Sagrada Família (se não a principal). A razão para isso provavelmente reside em, pelo menos, dois motivos: o projeto incrivelmente ambicioso concebido por Gaudí , quase desafiando os limites das faculdades humanas e a atormentada série de eventos que a igreja (e a cidade) passaram no último século. A história do templo é tão única que merece ser brevemente resumida: quando, em 1883, Antoni Gaudi substituiu o arquiteto local a quem o projeto de uma nova igreja tinha sido confiado, ele planeava construir uma Templo capaz de acomodar 13, 000 pessoas .

O plano era tão forte quanto ambicioso, de tal forma que o dinheiro para a construção em breve começou a ficar escasso, e quando finalmente acabou, o próprio Gaudi começou a procurar financiadores e a fazer tudo o que estava ao seu alcance para angariar fundos. Quando o arquiteto morreu em 1926, tendo gastado todo seu dinheiro num projeto que se tornou sua única missão e obsessão, a cripta, parte dos absides e uma das quatro fachadas foram concluídas. Para piorar a questão, quando a Guerra Civil estourou, em 1936 , os anarquistas profanaram o edifício, destruindo a parte interna e, acima de tudo, os projetos e modelos deixados por Gaudi. Foi apenas em 1952, portanto, que os trabalhos de construção retomaram, seguindo projecções de um computador realizados com base no que resta do trabalho de Gaudi. Entretanto, uma controvérsia foi despertada por aqueles que argumentaram que os novos planos não eram compatíveis com as ideias e o estilo do criador. Uma nova fachada foi concluída em 1976, a que algumas esculturas do artista catalão Josep Maria Subirachs foram adicionadas nas décadas seguintes. Também neste caso, seguiu-se um debate acalorado, mas as obras prosseguiram e, em 2010, o telhado foi finalmente concluído, permitindo ao Papa Bento XVI consagrar o templo com uma celebração solene.

Como pode ser compreendido, A Sagrada Família não é um monumento comum , mas sim um lugar não-ordinário cuja história ainda não foi totalmente escrita. No entanto, a parte consistente do edifício que já podemos admirar é digna de uma admiração cuidada. A Fachada da Natividade é a única das quatro (quase) completadas durante a vida de Gaudi. Construído num tipo peculiar de pedra acastanhada , caracteriza-se por uma incrível abundância de decorações. Gaudi concebeu-o como dividido em três partes, representando as três virtudes cristãs de esperança , caridade e fé . O principal tema retratado é, obviamente, a Natividade, mas outros quadros são dedicados à Anunciação, ao Voo para Egito, ao Massacre dos Inocentes e à Apresentação de Jesus no Templo.

Os detalhes que tipificam as várias figuras (os pastores, os reis magos) são de beleza impressionante , e é interessante ressaltar que Gaudi costumava criar os rostos das personagens, inspirando-se nos habitantes locais, através de um molde de gesso. Observe também a abundância de espécies selvagens colocadas logo abaixo dos personagens: plantas e animais tipicamente encontrados na Catalunha , com o objetivo de mostrar o envolvimento de toda a criação no nascimento de Jesus. Uma função semelhante é confiada a uma das características mais notáveis da fachada, a chamada Árvore da Vida , que se destaca pela sua cor verde, da tonalidade marrom da fachada.

Penso que cada um de nós pensa, imediatamente, em Gaudí quando alguém menciona Barcelona. E com uma razão - este homem foi, sem dúvida alguma, um génio puro! Em quase todos os sítios em Barcelona, é possível encontrar algumas das suas obras de arte. Imensas companhias de tours por Barcelona proporcionam tours diárias pela cidade, mostrando todos os edíficios de Gaudí e outras coisas que ele fez.

Ao início, eu queria ir nesta tour, mas depois eu percebi que seria muito mais interessante descobrir o seu trabalho por mim própria. Assim, é-me possível ler todos os factos sobre ele e sobre o seu trabalho online, e nada é pior do que ter que continuar com o resto do grupo quando não vimos tudo o que queríamos ou tirámos fotografias suficientes no ponto de interesse desejado. Além disso, porque iria eu pagar centenas de euros para ouvir alguém a falar, quando posso apreciar o silêncio? Bem, não o silêncio propriamente dito, mas posso ouvir os sons da cidade.

Onde começo?

No final, fiz uma lista de trabalhos de Gaudí que irei explorar durante a minha estadia em Barcelona e prometi a mim mesma que não irei sair desta cidade antes de ir a todos os locais desta lista. Claro que a obra de arte mais notável e famosa de Gaudí (para além, talvez, do Park Guell) estava no topo da minha lista: a catedral chamada Sagrada Familia.

Se me dizem que nunca ouviram falar dela ou estão a mentir ou vivem numa caverna sem saber que existe mundo lá fora. Esta catedral majestosa catedral está a ser construída há várias centenas de anos, e não se espera que esteja finalizada, pelo menos, nos próximos dez anos.

Honestamente, não sei muito sobre a história desta catedral, mas sei o ano em que a sua construção foi iniciada – 1882. É suposto que a construção da Sagrada Familia termine em 2026, o qual será um aniversário especial e também uma grande honra para o próprio Gaudi, pois em 2026, farão 100 anos desde a sua morte. Pergunto-me se ele a imaginou assim tão majestosa. Além do mais, quando eu lá estive, pareceu-me quase acabada, portanto pergunto-me que mais irão eles construir nesses dez anos, porque simplesmente não é possível a catedral ficar mais maravilhosa do que já é agora. Ou é? Veremos...

Como chegar à Sagrada Familia?

O Metro é definitivamente o melhor transporte público que se pode usar para viajar pelos vários pontos da cidade, de outra forma, no caso de nos deslocarmos de autocarro numa cidade tão grande precisamos de saber precisamente em que paragem sair. Bem, talvez isto não seja um problema para ir para a Sagrada Familia, mas eu ainda assim prefiro o metro a qualquer outro transporte.

A Sagrada Familia tem a sua própria estação de metro, chamada de "Sagrada Familia", e situada na junção de duas linhas do metro – linha azul L5 e linha roxa L2. Mal se sai do metro nesta estação, é possível ver-se pequenas placas com o desenho da Sagrada Familia, apontando para a direcção que devemos seguir. Portanto, a partir do momento em que se sai da estação e se sente o ar fresco, é possível ver a catedral.

Para nos aproximarmos um pouco mais desta, tudo o que temos que fazer é atravessar a rua, mas é vista, obviamente, é melhor à distância, pois apenas desta forma é possível admirar a dimensão da catedral.

No caso de estarem deambulando pelas redondezas, In case you are wandering around somewhere in the neighbourhood, será mais do que simples encontrar a Sagrada Família - é possível vê-la na maioria dos pontos em Barcelona. No outro dia, eu fui ao topo da colina de Montjuic pois ouvi que a vista lá de cima era incrível, e em um ou dois segundos consegui ver a Sagrada, apesar de estar situada praticamente na ponta oposta da cidade. Sim, é mesmo um edifício enorme.

Primeira impressão

Quando estava a subir as escadas da estação de metro que nos levam à Sagrada Familia, de alguma forma soube que a catedral iria estar atrás de mim mas, quando, me virei fiquei surpresa de estar tão perto.

O meu primeiro pensamento foi: 'Esta coisa é muito mais pequena do que pensei! ', mas depois deixei a imagem "afundar-se" e pensei: 'Oh meu Deus, isto é gigante! '. Depois olhei para a multidão de pessoas, comparei o tamanho delas com o da igreja, e acabei de boca aberta! Sim, a Sagrada Familia é mesmo grande, na realidade nem sei como me pareceu tão pequena à primeira vista.

Após permanecer por alguns minutos a observar esta obra de arte (e eu até me recordo de fechar a boca depois de um bom bocado), decidi caminhar em seu redor. E adivinhem? Acabei de boca aberta outra vez! Este sítio é inacreditavelmente grande, e apenas caminhar na lateral faz-nos pensar que não vai terminar. E depois, quando vi a parte de trás, que é apenas um pouco menos majestoso do que a parte frontal, percebi porque demora tanto tempo a acabar a sua construção.

Passando algum tempo junto da Sagrada Familia

A Sagrada Familia está rodeada de pequenas lojas de recordações (onde uma simples estátua do famoso lagarto do Park Guell custa mais de dez euros! ) e cafés e bares encantadores onde nos podemos sentar e admirar a catedral. Esta é mesmo a melhor forma do favor, pois não estamos no meio da multidão, portanto há menos hipóteses de sermos assaltados e, além disso, podemos descansar por alguns minutos e estamos a uma distância suficiente para que seja possível ver toda a parte da frente da catedral.

Bem, temos que olhar na mesma para cima, já que é altíssima!

Pergunto-me como será a vista do topo da catedral, e quase invejo os trabalhadores da construção porque podem admirá-la todos os dias.

Já agora, é engraçado como utilizam photoshop para retirar as gruas de todas as fotografias fa Sagrada Familia: não vi um único postal com as gruas junto à catedral, vocês viram? Concordo que a catedral, obviamente, fica muito melhor sem as gruas, mas porquê apagá-las das fotos?

Apenas quando comprei um Frappuccino num daqueles bares (custou-me quatro malditos euros, mas já devia esperar! ), comecei a olhar para os detalhes da catedral. Novamente, pergunto-me quantas horas de trabalho árduo foram gastas naqueles detalhes: literalmente cada centímetro das paredes está coberto com algo – até estátuas ou esculturas. É realmente bonito!

Quando fui ao bar, foi principalmente para descansar um pouco e afastar-me da multidão, mas isso não impediu os irritantes vendedores ambulantes (que estavam, na maioria, a vender selfie sticks) de virem até mim e insistirem que eu comprasse algum dos seus artigos. E os funcionários do bar não fizeram nada quanto a isto, apesar de terem visto os vendedores. Na minha opinião isto deveria ser absolutamente proibido!

Quando estava a beber o meu Frapuccino, também reparei em quão lentamente se move a fila para entrar na catedral, e isto relembreou-me do London Eye. Imagino que as pessoas gostariam de passar tanto tempo quanto possível dentro da catedral, porque vi as fotos e é de tirar a respiração! Simplesmente, não podemos esperar nada que não a perfeição de Gaudì, sendo completamente honesta.

A entrada custa cerca de vinte euros, mas como estudante de Erasmus, recebi uma entrada absolutamente gratuíta no final do mês. Na realidade, qualquer pessoa pode obter estes bilhetes grátis - a questão é que eles apenas dão um número limitado deles. Os bilhetes são para ser usados em "open days" da Sagrada Familia, e se me perguntarem, esta é uma promoção realmente boa.

O que têm de fazer é visitar o website da catedral numa data específica e inscrever-se para obter os bilhetes. É uma pena que só se possa fazer isto na parta Catalã do site, mas é para estas situações que existe o Google Translate, portanto não deve ser um problema traduzir o site para a linguagem que preferirem.

Existe também um horário que é atribuído para levantar os bilhetes para que sejam elegíveis para um visita gratuita - as visitas serão durante o último fim de semana de Outubro, e apenas durarão algumas horas cada dia. Ouvi dizer que no ano passado, os bilhetes foram agarrados em menos de três horas! Portanto tem de ser realmente rápidos, mas estou certa de que o prémio - ver o interior da catedral - vale o esforço.

Claro que eu vou obter o meu bilhete e vou ver o interior, e irei manter-vos atualizados em como foi fantástico. Só espero não ter de esperar na fila por muitas horas! Bem, para ser honesta, eu até faria isso, já que eu quero mesmo ver o interior da Sagrada Familia.

Roubos e golpes

Antes de ir para Barcelona, li que os carteiristas são realmente bons no seu trabalho e que a Sagrada Familia é um dos 'melhores' locais na cidade para ser roubado. Por isso eu estava mesmo muito paranóica antes de ir lá. Normalmente, quando vou a algum lado, levo os seguintes objectos: chaves, carteira com todos os cartões e dinheiro, telefones e máquina fotográfica. E possivelmente mais alguma coisa.

Portanto, quando ouvi acerca dos roubos, decidi que iria levar comigo uma bolsa de colocar à cintura, onde colocaria o telefone, dinheiro e chaves, e iria também levar uma mochila, contendo apenas tecidos e guarda-chuva, enganando potenciais ladrões. Mas honestamente, não me senti em perigo de todo, e não havia ninguém em meu redor que eu assume que poderia querer roubar-me algo. Ou talvez quisessem, e fossem realmente bons e eu não percebi, mas duvido.

Eu ouvi acerca de dois assaltos muito comuns por lá – um deles acontece no metro. Estejam preparados para que a estação da Sagrada Família esteja sempre muito cheia. O que acontece é que, basicamente, o grupo empurra as pessoas para a parede ou para o comboio, fingindo que alguém os empurrou, e quando a pessoa está a tentar equilibrar-se novamente, eles mexem nos teus pertences e levam o que querem.

O segundo esquema acontece em frente da catedral: algumas pessoas irão fingir que estão perdidas e irão fazer algumas perguntas. Durante o tempo em que a pessoa estão confusa e a pensar na melhor resposta, o grupo aproxima-se por trás de forma a que a pessoa nem nota que alguém lhe mexeu na mochila ou na bolsa.

Mas não entrem em pânico nem fiquem em casa por causa disto! É mais seguro o que eu li, e existem também muitos policias de farda amarela, patrulhando a área. Não estou a dizer que isto não poderá acontecer, mas não é muito comum, se tomarem conta das vossas coisas e não utilizarem muitas jóias como acessório.

Conclusão

Por favor, simplesmente não se atrevam a ir embora de Barcelona sem visitar esta maravilhosa catedral! Mesmo que decidam ver apenas a parte exterior, vale mais do que a pena ir lá! Garanto-vos que vão ficar absolutamente sem palavras. E por favor, vão também à Sagrada Familia quando já estiver de noite – existem maravilhosas luzes nas paredes. Bem, o espetáculo de luzes na 'Mágica Fonte' de Montjuic continua a ser melhor, mas ainda assim, nem toda a gente pode dizer que viu a Sagarada Família à noite.

Exterior

A Sagrada Familia é nada mais nada menos que um dos edifícios mais emblemáticos da cidade de Barcelona. Projetada por Antoni Gaudí, um dos arquitetos mais famosos de sempre, a Sagrada Família é um templo religioso enorme que se situa no coração da cidade.

É uma basílica enorme e com uma arquitetura diferente da que estamos habituados, mas muito comum na cidade de Barcelona, cheia de projetos de Gaudí e da sua arquitetura emblemática e fora do comum.

É importante dizer que apesar de já ser um grande edifício, a Sagrada Família não se encontra terminada de acordo com o projeto de Gaudí e, por esse motivo, está em obras com fim planeado para 2026, ano do centenário da morte do arquiteto. Será um dos edifícios religiosos mais altos da Europa, por essa altura. Isto é importante referir na medida em que nem todos os espaços do templo se encontram disponíveis para visita e para avisar que não devem ficar espantados ao ver gruas e gruas em torno do edifício.

Apesar do edifício ter duas zonas "grandes" que aparentam ser, ambas, de entrada, apenas poderão entrar numa delas e conseguirão percebê-lo quando se aproximarem das portas. Num dos lados a porta funciona atualmente apenas como porta de saída.

Interior

Se por fora já é grandiosa, por dentro é de cortar a respiração. A Sagrada Família é uma obra arquitetónica nunca antes vista e por isso o seu interior é também muito diferente daquilo a que estamos habituados noutro tipo de templos religiosos. Os pilares são o que sustenta todo o edifício e são bastante altos e dividem-se no seu topo, como poderão ver na galeria. O topo é brilhante e deixa entrar a luz para o interior.

Ainda no interior, uma das melhores coisas de todo o edifício são os seus vitrais. De muitas e variadas cores, vão poder ver a luz entrar no interior da basílica através de vitrais lindíssimos que são alvo de todas as fotografias possíveis e imaginárias.

A Visita + Preços

A visita ao interior é paga e existem vários "modelos". Podem apenas entrar para visitar o interior, podem fazê-lo com guia ou áudioguia e podem ainda pagar uma quantia extra para visitar ainda as torres mais altas do edifício.

A entrada "normal" inclui a visita à basílica e ao piso inferior, onde se encontra uma exposição sobre a construção da mesma e sobre a recuperação de algumas peças, bem como sobre o trabalho que está a ser desenvolvido para acabar a obra de Gaudí.

Tendo em conta que a Sagrada Família é um dos edifícios mais emblemáticos de Barcelona, o preço da visita normal acaba por não ser caro. No entanto, o preço da visita normal + a visita às torres mais altas do templo ronda os 30€, o que, para mim, é demasiado, embora acredito que valha a pena. Seja apenas uma visita normal ou a visita mais completa, não deixem nunca de visitar a Sagrada Família quando vierem a Barcelona.

Conselhos

O único - e ainda assim, provavelmente o melhor - conselho que tenho para vos dar é: comprem os bilhetes antecipadamente pela internet. A Sagrada Família é mesmo um local muito visitado em qualquer altura do ano e por isso as entradas esgotam rapidamente. Se não querem ter de refazer todo o vosso roteiro de viagem, planeiem e reservem os vossos bilhetes antecipadamente para garantir que conseguem visitar o edifício exatamente no dia que pretendem.

Transporte

A melhor forma de se deslocarem até à Sagrada Familia será possivelmente de metro, visto que existe uma estação mesmo ao lado do templo (chama-se mesmo "Sagrada Família", por isso não tem como enganar).

É um local lindíssimo mesmo para quem não tem qualquer associação à religião e que aconselho sem dúvida alguma a incluirem nos vossos roteiros quando decidirem visitar Barcelona.

Boa visita!

A Sagrada Família é uma Basílica que podes encontrar em Barcelona. É o monumento mais visitado de toda a Espanha, e não me surpreende, porque é impressionante. E também acabou por se converter num símbolo nacional.

Começou a ser construída em 1882, mas no entanto, ainda não se encontra terminada, segundo o que eu vi, está previsto terminar no ano de 2026, mas é apenas uma previsão. A Basílica foi desenhada pelo arquiteto António Gaudí, autor também de outras importantes obras em Barcelona, como o Parque Guell e a Casa Batlló; e a parte que foi construído por António Gaudí foi considerada Património da Humanidade pela UNESCO. E foi também uma das candidatas para as Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

Atualmente tem 18 torres com diferentes alturas, 12 que simbolizam os Apóstolos, 4 que representam os Evangelistas, e as outras duas que são a representação de Jesus e da Virgem Maria.

Os vitrais é algo que gosto muito, e não os vi por dentro, o que mais me surpreendeu foi a quantidade de cores que tem, com muitos contrastes, algo que nunca tinha visto noutra Igreja.

Eu visitei a Sagrada Família por duas vezes, a primeira quando tinha 13 anos e a segunda em Maio deste ano. Quando a visitei pela primeira vez dececionou-me, pelo menos foi essa a impressão com que fiquei, penso que deve ter sido por as torres estarem em obras, assim como toda a fachada e não gostei muito. Mas sem dúvida que a Basílica mostra respeito aos outros monumentos, mas se não estivesse em obras seria muito melhor. Da segunda vez tive mais sorte e foi como visitr outro monumento completamente diferente, suponho que foi porque as visitas que fazemos quando somos crianças, porque os nossos interesses são completamente diferentes. Eu gostei imenso e apercebi-me da infinidade de detalhes que o monumento tem, assim como a sua grandeza. Deves ir dar uma volta, e ter o teu tempo para veres o monumento, porque tens de o observar bem. Constantemente me surpreendeu, porque tem tantos detalhes e só de dás conta deles aos poucos e poucos. É mesmo diferente de todas as outras catedrais e igrejas que vi antes, por um lado por ser mais moderna, como se fosse o modelo da nova Catedral, sobre todo o seu interior, e as torres conferem-lhe, também, um toque muito distinto.

Primeiro vimos a fachada, a menos bonita, mas com a qual fiquei muito impressionada, é conhecida como a Fachada da Paixão, pretendendo mostrar o sofrimento de Cristo, é mais escura e austera, comparando com as outras duas. Dá para ver pessoas nas torres, porque estavam em diferentes níveis. Esta parte da Praça da Sagrada Família, é como um simples jardim quadrado, mas bonito, embora a imagem da Sagrada Família, ao fundo, o ofusque, mas dá para tirar uma fotografia bonita a partir do jardim, porque a Sagrada Família fica ao fundo e com um contraste de vegetação.

A Fachada do Nascimento é a minha preferida, e um contraste com a anterior, tem muitos detalhes e é o reflexo da alegria do nascimento de Jesus. Tem três portas, uma delas é a principal, e não sei mesmo como descrever-vos esta parte, porque tens de a ver para poderes imaginá-la. Foi difícil tirar uma fotografia a esta parte, porque estava cheia de turistas, muitos deles com máquinas fotográficas e não deixavam ninguém passar por entre eles. Esta fachada da Praça de Gaudí, também com forma quadrada, é maior do que a Praça da Sagrada Família. É uma Praça com jardim e com uma lagoa no meio e as melhores fotografias da Sagrada Família são tiradas do lado oposto do lago, de modo a que a lagoa fique debaixo da Basílica.

A Fachada da Glória é a Fachada Principal e é por aqui que se vai entrar para o monumento, assim que a Basílica esteja terminada. Como estava em construção não a consegui ver muito bem, mas suponho que devido ao nome e aos detalhes, é porque esta fachada está relacionada com elementos mais espirituais e jogos de luz.

Eu gostei do Claustro porque contrastava muito com o resto do templo, pelas suas cores claras, formas baixas e horizontais que depois terminam em partes mais altas, terminados em pináculo e com cores distintas. Para além disso, rodeia a Catedral inteira, à exceção dos três portais principais.

Não conseguimos entrar porque não sabíamos que nessa altura do ano era necessário comprar a entrada com antecedência, e a fila era enorme. Pelo que vi na televisão e noutros sítios, o interior da Catedral é impressionante e muito bonito, por isso tenho de voltar para ver o interior, assim que tiver terminada acho que é uma boa opção.

O horário de visita de outubro a março é das 9 horas até às 18 horas e de abril a setembro das 9 horas às 20 horas, e subir às torres é também o mesmo horário, mas penso que os elevadores encerram cerca de meia hora antes da Basílica fechar.

O preço para entrar na Catedral é de 15 euros, mas depois varia de acordo com se queres guia ou não e também com a subida às torres. Mas tens várias opções, como entradas conjuntas com o Parque Guell, com ou sem guia, e há também descontos para estudantes e pessoas com deficiência.

Há uma paragem de metro, chamada "Sagrada Família" (linha 5), que tem duas saídas, uma para a Praça de Gaudí, e outra para a parte de trás da Basílica na "Carrer de Provença".

Nos arredores da Sagrada Família há muitos restaurantes e também comida Fast Food. Não te esqueças de visitar o Hospital de San Pau, e encontra-se a uns 5 minutos da Sagrada Família e é muito bonito.

O interior é especial. É muito diferente de qualquer outra Igreja que vi até hoje. É muito brilhante e espaçosa. O autor, Guadí, inspirou-se na natureza. Em muitos dos seus trabalhos podemos encontrar niveís, colunas a representar árvores, etc. Eu também estive muito próximo(a) das árvores. Haviam algumas árvores que eram mesmo extraordinárias.

Não sei a espécie da árvore. Eu gostei muito e das janelas de vidro iluminadas. Faziam um efeito fantástico. No centro, há algumas cadeiras separadas com avisos, porque estão reservadas para quem quer rezar. Há um segurança que está vigilante por isto, e para ajudar as pessoas que querem rezar. Existem também imensas pessoas jovens que te irão ajudar se houver alguma coisa.

Fonte:

Eu estive a bocejar durante uma meia hora, e depois fui para o elevador. Para isso tens de sair da Igreja, no Nascimento e no rosto Esquerdo. Mesmo que vás em trabalho tens sempre de esperar na fila por 10 minutos. Cada fachada tem quatro torres. Sobes pelo evelador da direita e depois tens de ir pelas escadas em espiral. Depois irás passar por uma ponte que está a unir duas torres, e a seguir duas outras escadas em espiral, que terás de descer. De lugar em lugar, existe uma espécie de varandas, onde podes admirar a vista e tirar algumas fotografias. Eu penso que este passeio pelas torres vale a pena o dinheiro. Bem, pelo menos eu gostei. As paredes interiores estão repletas de escrituras, nomes, datas, etc. Bem, pintadas elas não estão. Eles têm grandes problemas nas paredes, porque foram coladas aparas de borracha, e agora estão em todo o lado.

Regressando à Terra, reparei que a fila, que costumava ser enorme, começou a diminiur nas bilheteiras e rapidamente me arrependi também por não ter comprado o meu bilhete online. Todo o mal tem um bem, porque enquanto uma parte da minha família foi esperar na fila, os restantes fomos para o McDonald, que estava mesmo do outro lado da rua, e ficámos a comer "cavalo botu", porque os outros estavam a fazer as mesmas coisas turísticas.

Assim que compras os bilhetes tens de saber se queres ir à parte de cima para ver as torres e a Fachada do Nascimento de Jesus, ou a Fachada da Paixão e depois de saberes irás precisar do bilhete para subires no elevador, e é a melhor maneira para evitares multidões. E nós tivemos cerca de uma hora e meia à espera para comprar o bilhete. Por isso tive imenso tempo para explorar a Igreja, tanto da parte de dentro, como da parte de fora.

Consegui admirar ambas as Fachadas, de muito perto. Foram-nos explicados os diferentes modelos usados pelo Gaudi, e deu para ver a sua inspiração através da natureza. Depois fui à parte de baixo à cripta, onde existe outro Museu.

Na minha opinião, a coisa mais interessante na cripta, é o padrão feito por Gaudí, que ele amarrou com sacos de areia e cordas diferentes, de modo a criar uma imagem no teto de cabeça para baixo. Eles fez uso da gravidade, enquanto atração, para perceber qual seria a melhor maneira de construir colunas que suportassem todo o peso. O padrão é muito interessante. Também na cripta, é onde se pode encontrar o túmulo de Gaudí, mas apenas podemos vê-lo através de uma janela. O túmulo está no nível mais baixo. Havia algumas pessoas que estavam perto do túmulo, mas nunca entendi como é que elas conseguiram ir para ali.

Ao longo da cripta podemos ver aquelas que trabalham nos escritórios hoje em dia. Eles estavam a fazer todo o tipo de padrões. Arquitetos, homens que estavam a fazer modelos de pedras, etc. Muito interessante mesmo. Assistir à construção de um projeto assim é mesmo algo especial. Valeu muito a pena, e eu recomendo que subam às torres. Bem, eu gostei. Existem muitos documentários sobre a Sagrada Família e no youtube também se pode encontrar imensos videos.

Fonte:

Como sair, tens de ir pela Fachada do Nascimento, que fica na esquina onde irás encontrar o Restaurante KFC, no caso de quereres ir visitar o Hospital de Sant. Pau poderás ir pelo caminho Avingual de Gaudi.

Fonte:

Penso que demorámos cerca de uma hora, ou uma hora e meia para visitar a Sagrada Família. Uma das coisas que mais gostei e que tenho de mencionar, no bilhete está escrito: "A Basílica da Sagrada Família é de todos, e tua também. Com a tua contribuição, o trabalho pode ser terminado". Depois da Basílica, fomos de autocarro, e parámos no Arco do Triunfo. Foi muito fácil. É um sítio interessante, mas não sei se vale a pena fazer a pé. Eu estava interessado(a) em ver o Parque da Citadella, para poder ver esse pequeno mamute, a barragem e o barco.

Por isso, a Sagrada Família é tanto impressionante no seu exterior, como no seu interior (completamente acabada), excede qualquer expetativa: colunas dóricas, arquitetura elegante, basáltico, granito e pórfiro, que se estende em direção ao teto, juntando-se como uma floresta tropical, com grinaldas, e depois continua com escadas em forma redonda, vidros manchados que filtram a suave luz natural, símbolos coloridos no topo das colunas... Tudo é orgânico, original, misterioso e majestoso. A elegância e a simplicidade de todo o seu interior combina com a abundância de elementos que estão representados no seu exterior.

É tão bonita que te deixa sem palavras.

A Fachada da Natividade, a única realizada por Gaudí, conta a história do nascimento de Jesus. Vários elementos e esculturas da fachada não apenas retratam os primeiros anos da vida de Jesus, mas também apresentam muitas referências naturais.  

A fachada da paixão é significativamente mais simples no design e representa a paixão (sofrimento) do Cristo e os estádios de sua crucificação. Vários arquitetos diferentes trabalharam nesta fachada e reagiram aos projetos de Gaudí, ao mesmo tempo em que dão seu próprio toque. A Fachada da Paixão enfrenta o Oeste para enfatizar o símbolo da morte de Cristo.  

Por último, mas não menos importante, existe o Glory Face, que ainda está em construção. Será o maior e mais significativo dos três, pois conduzirá à nave central da Basílica. As obras só começaram em 2002, então não está muito longe. Esta fachada é dedicada à glória de Jesus e se eleva aos céus. Os esboços de Gaudí da fachada incluem representações gerais da morte, julgamento final, glória e até mesmo inferno para aqueles que perdem o caminho.

Introdução ao post (publicação)!

Onde nos encontramos?

Meus caros leitores, hoje levo-vos, mais uma vez, à minha belíssima capital catalã: a bela Barcelona!

De que monumento vos falarei hoje?

Hoje vou falar-vos da famosíssima Sagrada Família. Uma igreja maravilhosa que se tornou, logo após a sua criação, um dos símbolos mais conhecidos da cidade de Barcelona, se não mesmo o mais famoso!

Um desejo ainda não esgotado.

Na verdade, devido aos longos tempos para compra de bilhete, do valor de entrada (cerca de 15 Euros) e de falta da companhia certa, não tive ainda a honra e o prazer de ver o interior a Sagrada Família. Ou, talvez, quem sabe, decidi, inconscientemente, deixar qualquer coisa de verdadeiramente importante para fazer em Barcelona, para ter uma ótima e credível desculpa para poder retornar o mais depressa possível!

Uma Igreja perfeita para casar-me!

Sabem uma coisa, meus caros leitores? Ainda que a minha cara e atitudes, às vezes, se pareçam com as de alguém na casa dos vinte, já atingi o limiar dos 26 anos, estando agora à porta dos 27. Daí que, às vezes, tal como fizeram muitos dos meus colegas, queira casar-me, um dia!

E qual o nome melhor e mais significativo que aquele que está associado a esta Igreja, de modo a apresentar as melhores intenções para construir uma família?!

Realmente não saberia!

E também não nego que que gostaria muito de poder casar-me, um dia, precisamente nesta Igreja! Se bem que eu ainda não tenha tido tempo para visitá-la no interior. Tenho, porém, uma grande expectativa em como os interiores são espetaculares e me surpreenderão desde o primeiro olhar.

Só uma questão me resta colocar e, estou quase certa, que vocês que estão à procura de informações de minha parte não me saberão responder; todavia, vou tentar!

Ora bem, a questão é então esta: se para entrar e visitar a Sagrada Família é preciso, antes de mais, comprar bilhete e depois pagar cerca de 15 euros, quanto pensam que é pedido por um casamento, mesmo sendo o mais simples de todos?!?!

Boa pergunta, não é?! Não ouso pensar, pois, na resposta!

Ou melhor, espero ter ainda algum tempo para poder pensar nisto!

Em todo o caso...

Stay tuned (fiquem atentos)!

Como sempre, agradeço-vos por terem lido este artigo!

Abraço-vos virtualmente e espero-vos para a leitura do próximo post!

Obrigado de coração!

Obrigado a todos!

De uma forma diferente, em vez disso, é a Fachada da Paixão, realizada na segunda metade do século vinte, decorado pelo trabalho de Josep Maria Subirachs. Na verdade, o contraste entre os dois estilos arquitetónicos ( até mesmo dos diferentes estilos de pedras usadas) é realmente fantástico, mas parece que tal diferença foi incluída no plano original de Gaudí. De facto, se o primeiro foi destinado a celebrar a alegria do mundo pelo nascimento do Salvador, este último é dedicado aos sofrimentos de Cristo para o tipo principal.

A Fachada da Paixão, portanto, não era destinada a ostentar as decorações excessivas, sendo o seu foco as várias cenas que descrevem os últimos dias de Jesus na Terra. Sem dúvida, é com um estilo bastante duro que Subirachs moldou as esculturas, cujos contornos afiados talvez não estão de acordo com a ideia de Gaudí de que a linha reta não deve ser usada como não existe no mundo natural. No entanto, não há dúvida de que o artista conseguiu transmitir o poderoso significado que esses quadros pressupõem. Não é possível, de fato, observar a Crucificação, a cena do beijo de Judas e a do aprisionamento de Jesus e sua agonia ao carregar a cruz sem sentir emoções fortes de excitamento.

Mais uma vez, como de costume quando se lida com uma das criações de Gaudi, mesmo os menores detalhes importam. Por exemplo, o quadrado colocado ao lado do quadro do beijo de Judas, no qual algumas séries de números estão esculpidas. É claro que há um significado preciso neles, e eu não lhe vou dizer qual é, porque é muito fácil de identificar (digamos que foi uma espécie de Sudoku ante litteram... ). Mais detalhes intressantes são encontradas no quadro colocado logo abaixo da Crucificação. Se você já visitou a Casa Milà, provavelmente notou que o contorno dos soldados romanos à esquerda foram modelados com base nas esculturas encontradas no telhado da Casa Milà. Não é possível adivinhar que o rosto do homem à esquerda deles, representa o evangelista que testemunha a cena, tenha sido modelado após uma fotografia do próprio Gaudí. Uma espécie de tributo oculto que Subirachs concedeu ao grande mestre. Finalmente conseguimos observar que a sequência cronológica das cenas começa na "Última Ceia", localizada na parte inferior esquerda, indo então para a direita e depois subindo para o segundo e terceiro nível, seguindo uma espécie de padrão S.

É melhor você contratar um guia de áudio para saber mais sobre os detalhes desta extraordinária igreja. No entanto, alguns elementos são bastante evidentes e podem ser notados até mesmo por um visitante iletrado como eu. As colunas, na verdade, são obtidas usando quatro tipos diferentes de pedras, diferindo também na cor. Longe de estragar a harmonia do templo, essa variedade contribui para sua singularidade. A entrada principal está localizada no lado leste, onde está localizada a estátua de Sant Jordi (São Jorge, o padroeiro da Catalunha).

Não é por acaso que esse é o lado onde o sol nasce todas as manhãs, lançando, portanto, um raio mágico de luz na igreja. Nenhuma luz do sol, em vez, vem do lado oposto, quando a estátua de Cristo na cruz é colocada, cercada por uma série de espigas de trigo e cachos de uvas. Eu recomendo que pare por um tempo em silêncio e reze diante da imagem sagrada. Embora a luz multi-colorida das janelas manchadas tenha um efeito tão poderoso que possa lhe surpreender e quase ficar atordoado, não deixe de notar a estrutura peculiar das colunas. Olhando para o teto, em vez disso, você terá a impressão de avistar uma floresta de galhos finos, um efeito criado pela ramificação das colunas que se assemelham, desta forma, a altas árvores de pedra.

Como eu estava a dizer no início, a igreja ainda está longe de terminar, embora se pense que estará pronta no ano de 2030. A parte principal que ainda falta concluir é a terceira e a última fachada, chamada a Fachada da Glória, onde a ressurreição de Cristo será celebrada. A única parte que é visível neste momento são alguns pináculos coloridos parecidos com os de Palau Guell, que Gaudí provavelmente teria apreciado. As torres são outro elemento importante em falta: o projeto original apresentava 17 torres bastante semelhantes entre si, além de uma, realmente notável, que deve chegar a uma altura de 170 metros. No entanto, apenas 8 deles foram construídos, sem ser, claro, o principal deles. Um desafio difícil, que, no entanto, foi realizado.

Novamente, as torres merecem mais atenção, já que seu número e distribuição estão longe de serem acidentais (lidando com Gaudí, isso não teria sido possível). As 12 torres localizadas nas três fachadas ficam (ou melhor, ficaram uma vez que apenas 8 delas foram concluídas) para os apóstolos, enquanto a torre mais alta claramente representa Cristo. Em torno dele, mais quatro torres (medindo cerca de 100 metros, como as dos apóstolos) simbolizarão os 4 evangelistas, e uma última que se elevará sobre os abside será o símbolo da Santa Maria.

Dada sua aversão notória pela linha reta, Gaudí deu às torres um contorno curvo característico. Diz-se que a fonte de inspiração para uma forma tão peculiar foram os picos peculiares da faixa da Montanha de Montserrat. Quanto às decorações, as torres existentes são caracterizadas por espetaculares pináculo decorados por finos mosaicos. Parece que, como uma resposta à observação de que ninguém teria sido capaz de ver uma decoração tão elaborada, Gaudi terá dito: "Os anjos os verão".

Essa observação curiosa (mas com bastante significado) leva-me de volta às observações pessoais que eu estava a falar no inicio. Vou me contentar em acrescentar apenas algumas coisas, caso contrário, esta entrada será tão interminável quanto a atual condição da Sagrada Família (embora muito menos interessante). Claro, todo mundo está livre para ir e visitar o templo da maneira que preferirem. Embora, uma compreensão completa do projeto original (que eu espero que se torne realidade dentro de algumas décadas) não é possível negligenciar o componente espiritual do lugar.

Chegando ao fim desta grande entrada (embora ainda houvesse muito a dizer sobre a cripta, as absides, o pequeno e interessante claustro chamado Claustre del Roser), eu gostaria de concluir com um paralelismo tirado da tradição bíblica. Eu gosto de pensar que, de facto, se a Torre de Babel foi construída com o objetivo de alcançar o céu, demonstrando dessa maneira o poder da humanidade, um extraordinário edifício como a Sagrada Família, padrões artísticos e arquitetónicos, visa aproximar a humanidade de Deus.