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A minha experiência Erasmus em Riga, Letónia

Traduzido por flag-pt Nuno vanZeller — há 9 anos

Texto original por flag-es Cirenia Cire

0 Etiquetas: flag-lv Experiências Erasmus Riga, Riga, Letónia


Por que escolheste ir para Riga, Letónia?

Porque queria vive ruma experiência muito mais diferente que a que viveria se fosse para países parecidos com a Espanha, e porque queria melhorar o meu inglês, conhecer pessoas, viajar...

Não concordo com o que outra opinião disse sobre a pobreza. É verdade que pode haver muitos preconceitos, mas assim que sais um pouco do centro dás-te conta da grande diferença que há entre a gente que tem dinheiro ali e a que não tem. É uma pena ter que se dar conta que algumas coisas são mesmo verdade.

Quanto tempo dura a bolsa? Quanto dinheiro recebes como ajuda?

No meu caso, o contrato era de 9 meses e portanto deram-me dinheiro para esse tempo. Na minha universidade, a UGR (Granada) dão uns 600€/mês no mínimo a todos os Erasmus e mais 300 (o sea, 900€) aos Erasmus que tenham sido bolseiros no ano académico anterior. Esse dinheiro só se dá aos que vão de Erasmus pela primeira vez.

Como é o ambiente estudantil em Riga?

Na universidade onde fui (Baltijas Psiholoģijas un Menedžmenta Augstskola) faziam muitas atividades, como festas de São Valentim e por aí adiante, e por isso o ambiente era ótimo, mas tudo sempre em russo visto que é o idioma em que se lecionam as aulas ali. Quanto à cidade estudantil, pode-se dizer que há estudantes por lá, e nota-se bastante, visto que as pessoas de outras vilas e cidades vão para lá estudar, de uma forma geral.

Recomendarias a cidade e a Universidade de Riga a outros estudantes?

Claro! Riga é muito diferente de Espanha. A arquitetura, a gente, a comida, o clima… e merece a pena ser vivida! Têm uns edifícios bonitos numa zona onde são todos concretamente do estilo art noveau da época da segunda guerra mundial. As igrejas e catedrais são muito diferentes das que se vêm por aqui e, pelo meu ponto de vista, são lindíssimas. As pessoas podem parecer muito bruscas (e em alguns casos realmente são), mas também são muito acolhedoras, e ao te verem esforçar para falar o idioma delas (mesmo que seja só "hola" e "gracias"), são muito mais amáveis e ficam mais predispostos. Inclusive gente que não fala inglês ajuda-te no que pode (já agora, o nível de inglês das pessoas ali costuma ser melhor que em Espanha, portanto não costuma haver problema nesse aspeto). E o clima... Bem, é uma experiência espetacular passar por cima do rio congelado! A solução para lidar com estas temperaturas baixas é vestir roupa e calçado adequado!

Que tal é a comida do país?

Eu pessoalmente gostava muito. No início tinha muitas saudades da comida espanhola, mas há que dar uma oportunidade à comida local. Usam muitos molhos, muitas batatas e carne. Ah, e como há muitas macieiras por ali é normal que um letão conhecido te dê algumas maçãs um dia qualquer. As panquecas também são muito comuns (com doce ou salgadas, ficam ótimas).

Como encontraste alojamento?

Tive muita sorte ao responder a um anúncio de uma rapariga no Facebook que estava à procura de uma colega de quarto, porque a coisa resultou muito bem e não houve nenhuma fraude, felizmente.

Como são os preços a nível de alojamento? E os preços em geral?

O alojamento, comparado com Granada por exemplo, é mais barato. Eu pagava uns 120 €/mês e estava na zona mais cara da cidade. Outros amigos meus pagavam menos de 100 € noutras zonas, perto do ou mesmo no centro. Os preços em algumas coisas são muito parecidos com Espanha (os supermercados, tirando os produtos espanhóis que te custam os olhos da cara), jantar fora ou ir ao café costuma sair mais barato, e a roupa, sapatos e livros estão mais caros, exceto talvez a música, que, além de mais, se pode ir à ópera por um mínimo de 4 euros e um máximo de uns 30 (no máximo mesmo, se bem me lembro... ). O transporte, por outro lado, custa 1€ por viagem, mas há títulos de transporte que fazem com que saiam mais baratas.

Como é o idioma? Frequentaste algum curso de língua na Universidade?

Não frequentei nenhum curso. Do idioma aprendi quatro palavras básicas que na verdade acabas por aprender pelo uso frequente, mas é um pouco complicado. Mas sim, o gabinete Erasmus da minha universidade ofereceu-me a participação num curso EILC (curso de idiomas minoritários europeus) um mês antes de começarem as aulas, que penso que oferecem a todos os estudantes também.

Qual é a forma mais económica de chegar a Riga a partir da tua cidade?

Eu saí de Alicante. Há várias opções, mas as menos "complicadas" são Alicante-Londres-Riga (com Ryanair, se bem me lembro), ou Alicante-Düsseldorf-Riga (Air Berlín-Air Baltic). A mais económica em teoria seria a Ryanair, mas com a Air Berlín, quando ia, ia melhor por causa da questão do peso das malas e porque no transbordo não tinha que ir buscar as malas todas e andar durante todo o tempo do transbordo carregado com elas. Tanto quanto sei, há voos diretos para Riga desde Madrid e Barcelona.

Que sítios recomendas para sair à noite em Riga?

O French Bar é o típico do pessoal de Erasmus, que no ano passado mudou de dono e já não me lembro se também lhe mudaram o nome. De forma geral, o centro é bastante bom para sair. Durante o inverno pode-se ir até à pista de gelo ao ar livre, por exemplo.

E para comer em Riga? Podes citar os teus sítios favoritos?

  • LIDO: restaurante de comida típica letã. Há muitos espalhados pela cidade mas eu recomendo o que está mais longe do centro, "o LIDO grande" que era como eu e os meus amigos lhe chamávamos. Era onde também se encontrava a pista de gelo, e ao ser maior também tem mais pratos diferentes. Os preços estão porreiros, se bem que foram aumentados à volta de Abril-Maio, se bem me lembro.
  • Cili-Pica: cadeia de restaurantes letã que também tem vários estabelecimentos espalhados pela cidade. A comida e a relação qualidade/preço estão bem feitas, ainda que muitas vezes se negavam a servir-nos toda a comida que pedíamos porque, segundo o que nos foi dito pelos empregados, era demasiada (a gente considerava isto com muito sentido de humor, pois víamos que os letões quase nem comiam… não eram como nós, pelo menos), e também há que ter em conta a hora em que se vai para lá se é para ir jantar.
  • Double-Coffe: é uma cadeia de cafés ao estilo Starbucks, mas com comidas e coisas mais consistentes. Não recomendo as bebidas alcoólicas de lá, mas recomendo tudo o resto. Os preços estão de acordo com a qualidade, e é barato.
  • O japonês que está na praça da Catedral (Doma Laukums) cujo nome já não me recordo faz a melhor sopa de miso que alguma vez provei. E também há um estabelecimento muito pequeno com um cozinheiro na porta onde fazem umas panquecas geniais.

E em termos de visitas culturais?

Oferece muitas possibilidades. Os miradouros, as igrejas, as catedrais, os edifícios, a ópera, o canal com os seus parques, os concertos... Se me pusesse em detalhes sobre tudo o que se pode fazer/visitar e desfrutar nesta cidade, nunca mais acabava!

Tens algum conselho que queiras dar a futuros estudantes em Riga?

Comprem roupa adequada para o Inverno, sobretudo calçado, se não quiserem ficar com os dedos dos pés congelados! E tenham em conta que tem de se fazer a autorização de residência antes, já que os meus amigos e eu não fazíamos ideia, visto que ninguém parecia saber de nada, e tivemos que a fazer à última hora (se bem que a gente esteve “ilegal” durante algum tempo e não nos aconteceu nada…mas mais vale prevenir do que remediar). E viagem muito! Podem ir até a Estocolmo, à Lituânia, à Estónia e à Finlândia por 5 tostões (como se dizia antes).



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