100 Expressões Idiomáticas Portuguesas! #Parte1
O português é uma língua, que apesar de não muito falada na Europa (mas sendo a 6º mais falada a nível Mundial), é riquíssima histórica e culturalmente, e vale a pena aprender durante o período de Erasmus! A gramática é um tanto difícil, mas o esforço inicial vale a pena. Falar e compreender é o primeiro passo e será relativamente fácil para quem tem como língua materna outra língua latina (Nomeadamente: Castelhano -conhecido como Espanhol-, Francês, Italiano e Romeno).
A boa notícia é que os portugueses tendem a ser muito simpáticos e a ficar extremamente contentes se alguém começa a aprender a sua língua.
Falar a língua local ajuda muito a socializar e nas interacções do dia-a-dia - estou de momento em Erasmus em Milão e faço os possíveis para falar sempre italiano e continuar a estudá-lo para melhorar.
Como o Português é falado em 10 países e territórios espalhados pelo mundo (sendo o mais numeroso o Brasil, e possivelmente o mais curioso Macau, na China) existem inúmeras variações da língua e das suas expressões, algumas mais abrangentes que outras. Esta lista foca-se principalmente nas expressões do país de origem da língua, Portugal, mas estas são, obviamente, também usadas noutros locais.
O português é também uma língua muito divertida e cheia de expressões idiomáticas que muitas vezes são um tanto difíceis de apanhar: aqui está uma lista dos melhores.
1 - "Meter o Rossio na Betesga";
Esta é uma expressão tipicamente Lisboeta. A Betesga é a rua mais curta da cidade (com apenas 10 metros) e o Rossio uma grande praça. Utiliza-se quando se quer dizer que um sítio é muito pequeno para o número de objectos ou pessoas que se quer pôr lá dentro, por exemplo.
2 - "Torcer o nariz";
Esta vem geralmente acompanhada pelo gesto que sugere. Significa que não se concorda com uma ideia ou que já se sabe à partida que não se estará muito aberto a ela.
3 - "No tempo da outra senhora"; / "No tempo da Maria Cachucha";
Ambas designam coisas que são muito antigas, tão antigas que já não se pode precisar exactamente quando foram feitas ou sucederam. Outra expressão semelhante que também se pode utilizar é "Mais velho que a Sé de Braga", (Com o início da sua construção no século XI).
Cachucha é uma dança Espanhola criada no início de 1800. "Era normalmente dançada a solo por uma mulher, acompanhada de castanholas. Começava num movimento lento, que ia acelerando, até terminar num vivo volteio.
Maria Purificação da Silva (1900-1960) popularmente conhecida por Maria Cachucha, trabalhava no Matadouro Municipal e causava admiração a forma como ela desempenhava tal profissão. Nessa época a única em Portugal que matava bois, com uma destreza impressionante.
Forte como um touro, bigode, cigarro nos lábios, lenço amarrado à cabeça e vestida de mulher, foi assim que os jornalistas a encontraram. " - Fonte: Toluna
4 - "Diz o roto ao nú! ";
Baseada num conto de crianças, expressa a pouca moralidade do acusador respectivamente ao acusado. Se por acaso alguém critica uma outra pessoas mas a sua conduta respectivamente a esse comportamento também não é a melhor, utiliza-se este "dizer" para fazer notar a falta de moral de quem acusa.
5 - "Chover a potes";
Esta quer dizer literalmente que está a chover muito. Como se potes cheios de água estivessem, literalmente, a ser despejados sobre nós, em períodos de chuva abundante. Usa-se apenas quando a situação está mesmo muito crítica.
6 - "Nunca mais é Sábado";
Esta é para pessoas impacientes! Geralmente aplica-se quando algo está a levar muito tempo até suceder ou quando se está enfastiado e se quer que o tempo passe um pouco mais rápido.
7 - "Tirar o cavalinho da chuva";
Expressão possivelmente de origem Brasileira. No século XIX, quando uma visita era breve, o cavalo era deixado ao relento em frente à casa do anfitrião e se se fosse demorar, colocava o cavalo num local protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa e passou-se a usar o diminutivo "cavalinho". - Fonte: Significados BR
É muito usado actualmente em tom irónico. Aplica-se quando uma pessoa já está entusiasmada com uma ideia que tem e positiva em relação à resposta de uma terceira pessoa mas essa está completamente em desacordo. Por exemplo, se um rapaz insinuar que já fez uma reserva num restaurante para marcar um encontro e a rapariga não estiver interessada pode usar esta expressão. Também se usa muito com as crianças quando eles querem fazer qualquer coisas que ainda não é para a sua idade ou sem grande noção da realidade.
8 - "Ficar a ver navios";
Quando se espera muito por uma coisa, mas depois algo acontece e a missão fracassa. Expressa uma acção passiva, como se em vez e ter apanhado o barco se ficasse desiludido a vê-los passar sentado no porto.
9 - "É a banha da cobra";
Visa dizer que é uma aldrabice, um engano. A banha da cobra foi um produto vendido em tempos em Portugal em feiras e mercados e prometia tratar uma panóplia de problemas de saúde, apesar de não ter nenhuma comprovação laboratorial. Normalmente usado quando alguém tenta vender algo como verdadeiro, seja este uma ideia um objecto.
10 - "Coisas do arco da velha! ";
"É sabido que por volta do século XIX, a expressão "arco da velha" servia para descrever o arco-íris, algo que já não é tão comum nos dias de hoje. Uma das explicações por trás dessa expressão é que essa denominação foi criada graças à história bíblica de Noé, quando depois do dilúvio, Deus criou o arco-íris para demonstrar a sua aliança com o ser humano, e que não voltaria a enviar outro dilúvio dessa magnitude. Assim, na expressão "do arco da velha", o termo "velha" representa a velha aliança que Deus formou com o Homem. Por esse motivo o arco-íris também é conhecido como arco-da-aliança.
Uma explicação alternativa para a origem desta expressão é que originalmente ela seria "arca da velha" e não "arco da velha". Isto porque senhoras de certa idade tinham o hábito de guardar coisas incríveis e espantosas nas suas arcas. " - Fonte: Significados BR
Basicamente, usa-se quando uma situação relatada não faz sentido nenhum e demonstra alguma falta de noção por parte de quem a praticou. Também se pode utilizar para enfatizar uma situação rocambolesca e pouco justificada, ou algo fantástico e espantoso.
11 - "À grande e à francesa";
Quando se quer fazer as coisas em grande, com muita pompa e circunstância, costuma-se aplicar esta expressão. Expressa também o novo riquismo bacoco, em que o que importa é mostrar o dinheiro que se tem, exibindo-o.
12 - "Nariz empinado! ";
Outra que também pode vir acompanhada do gesto (tocando com a ponta do dedo indicador várias vezes por baixo da ponta do nariz). Utiliza-se para falar de pessoas que estão muito convencidas de que têm sempre razão e que querem sempre pôr em prática as suas ideias, não ouvindo a dos outros mesmo que sejam mais conscientes e preferíveis.
13 - "Quem tem boca vai a Roma! ";
Esta é muito engraçada e reveladora do espírito português. Hoje em dia temos Internet nos nossos smartphones, o que já não nos obriga a ter de fazer tantas perguntas aos locais se precisamos de alguma indicação. Significa que uma pessoa faladora, disposta a ter a coragem de perguntar pelas informações que precisa, será muito melhor sucedida que outra que não faça e tenha uma atitude mais passiva.
Utiliza-se muito quando alguém está sem jeito e pede se podemos fazer mais isto ou aquilo por elas. Esta é uma boa resposta para as chamar à atenção para a necessidade de serem mais activas na resolução dos seus próprios problemas.
14 - "É uma agulha num palheiro";
Uma agulha é um objecto mesmo muito pequeno. Imagine-se o que seria ter de o encontrar no meio de um palheiro. A ideia aqui é que algo é extremamente improvável de acontecer e que seria preciso um grande momento de sorte para sair bem sucedido. Pode ainda utilizar-se quando temos poucas pistas para resolver uma situação.
15 - "Lágrimas de crocodilo";
Não sei porquê mas em Portugal diz-se que as lágrimas são de crocodilo quando a pessoa parece fingir a sua tristeza ou quando o outro não acredita na sinceridade dos seus sentimentos. É uma expressão forte!
16 - "Está daqui! "
Esta é para a comida e é acompanhada de um gesto que em Portugal usamos para dizer que a comida está muito boa e saborosa. (Puxando levemente o lóbulo de uma orelha). É utilizável em casos em que a refeição que nos é oferecida está mesmo muito bem confeccionada e é um gesto de agradecimento e reconhecimento ao mesmo tempo.
17 - "Memória de elefante";
Outra de que nunca ouvi falar que tenha paralelo numa outra língua. "Memória de elefante" quer dizer que a pessoa tem uma memória muito poderosa, capaz de se lembrar dos mais ínfimos detalhes muito tempo depois. É quase uma interjeição em forma de palavra, usada para evidenciar características muito raras e surpreendentes.
18 - "À noite todos os gatos são pardos";
Esta expressão é uma das minhas favoritas e apela à cautela. Refere-se aos gatos de rua, que durante a noite parecem todos da mesma cor, só se vendo os olhos ou os dentes. Usa-se para chamar a atenção das pessoas sobre outras pessoas ou situações que podem ser perigosas por não estarmos a tomar as respectivas previdências e por estarmos a ignorar indícios evidentes de que algo pode estar ou vir a correr mal.
19 - "À sombra da bananeira";
Vinda directamente dos regimes tropicais (estou a brincar, não sei ao certo onde é que esta expressão tem origem), surge em casos em que a pessoa é mesmo muito preguiçosa e não tem vontade de trabalhar, nem para o seu próprio bem. Tem um forte cunho pejorativo e é usada em casos mesmo muito evidentes.
20 - "Nasceste com o rabo virado para a lua";
Talvez ligada ás antigas crenças relacionadas com as fases da lua, que acreditavam que a sorte e o destino de uma pessoa eram determinados pela altura do ciclo em que nasciam, esta é uma expressão muito divertida.
Supostamente as pessoas que nasceram com o rabo virado para a lua são pessoas sortudas, que mesmo sendo desorganizadas, pouco trabalhadoras ou afins, têm sempre sorte na vida. É quase utilizada para descrever uma situação injusta de favorecimento divino!
21 - "Bater as botas";
Esta é uma forma de dizer que a pessoa morreu, sem usar as palavras em si. É uma expressão que não é muito delicada, que não se utiliza em momento de perda junto dos familiares e dos amigos. É uma expressão popular, usada principalmente com calão, em conversas informais com pessoas com as quais nos sentimos confortáveis.
22 - "Bater o dente";
Compreender esta basta pensar no gesto. Pode ter dois significados: ou estar com muito, muito medo ou estar com muito, muito frio. O significado depende sempre do contexto e da situação em que é utilizado.
23 - "Cabeça na lua";
Ou menos utilizado "Cabeça nas nuvens". Descreve uma pessoa desatenta, que apesar de estar fisicamente no local não está ciente daquilo que se passa. Retrata também uma pessoa que nunca sabe que dia é, se esquece dos seus afazeres e não é muito eficiente.
24 - "Olho clínico";
Supostamente os médicos devem ser muito atentos ao detalhe e treinados para não deixar passar um único indício de uma possível doença. Assim, diz-se que alguém tem "olho clínico" se é muito atenta ao pormenor ou não deixa nada por investigar.
25 - "Dar com o nariz na porta";
Só de imaginar visualmente, esta torna-se divertida! Usa-se quando uma loja ou um serviço está quase para fechar ou por acaso a pessoa não se lembra que este se encontra fechado. Também se pode usar com residências privadas, quando os residentes não abrem a porta, ou quem os procura não os encontra em casa.
26 - "Engolir sapos";
A origem da expressão popular “engolir sapos” deu-se por uma das histórias escritas na Bíblia: As pragas do Egipto. Uma das pragas constituía da invasão de milhares de rãs, por todo o território egípcio. Durante a preparação e ingestão de alimentos, lá estavam os anfíbios. Os animais não apenas invadiam os ambientes – cozinhas, quartos, banheiros -, como também os pratos dos habitantes do reino. Daí a expressão: “Engolir sapos”, ou seja, suportar situações desagradáveis sem qualquer manifestação.
Neste caso caso significa que nos abstemos de dizer aquilo que gostaríamos de dizer por alguma condicionante maior ou que assim o parece.
27 - "Dor de cotovelo";
Usada de forma muito corrente, "dor de cotovelo" foi convencionada como sendo a dor dos invejosos. Se por acaso alguém desdenha dos frutos do trabalho de uma putra pessoa, diz-se que está com "dor de cotovelo. Talvez por ser uma dor muito chata e peculiar, mas persistente.
28 - "Dar o braço a torcer";
Permitir que nos torçam o braço visa expressar que cedemos a uma opção que inicialmente não era a nossa. Supondo que alguém tem uma postura muito fixa e teimosa em relação a uma qualquer questão.
29 - "Quem anda à chuva, molha-se! ";
Esta é uma das minhas favoritas! Quer dizer que todas as acções têm consequências e que, no fim, é necessário lidar com elas. Quem age sem pensar primeiro tem tendência para não gostar do que se sucede. "Molhar-se neste caso está associado a uma consequência má.
30 - "Chegar a roupa ao pêlo";
Outra muito "portuguesa", quando se ameaça alguém de "se lhe chegar a roupa ao pêlo", ameaça-se de violência física subtilmente. É sinal que uma das partes está a ficar extremamente descontente e que qualquer outro passo em falso pode causar problemas maiores para a parte oposta.
Às vezes é usado em tom de brincadeira, mas sempre irónico. É necessário está muito atento e compreender o contexto para perceber com que intenção é dito.
31 - "Dia D" / "Hora H";
Duas expressões que querem dizer "É hoje o dia! " ou "É esta a hora! ". Indica confiança e que a pessoa acredita que algo de bom acontecerá naquele momento. Se alguém disser "Chegaste mesmo na Hora H! ", também quer dizer que se chegou mesmo no momento exacto ou na hora pretendida. É tão improvável chegar num momento exacto, que esse momento tende a ser ressaltado.
32 - "Caçar no ar";
Quem caça no ar, não apanha nada. Pessoas que "caçam no ar" são frequentemente consideradas sonhadoras e pouco realistas ou cientes das suas qualidades. São consideradas um pouco tontas e ingénuas. A expressão também se usa quando uma pessoas vai demasiado longe nos seus planos e estes se tornam demasiado megalómanos.
33 - "Serve-te a carapuça";
"Serviu-te a carapuça? " é uma pequena pergunta irónica que se faz quando se sabe que a pessoas reconheceu um dos seus erros num exemplo dado ou em algo que tenha sido mencionado propositadamente sem determinar exactamente a quem se dirigia.
34 - "Fazer um negócio da China";
Interjeição utilizada quando um negócio parece bom demais para ser verdade, de tão vantajoso ou rentável. Associa-se à China negócios rápidos e de retorno rápido, por neste momento terem capacidade económica para os fazer. A expressão começou a ser muito utiliza quando uma série de lojas chinesas proliferaram por todo o país à cerca de 10/15 anos e ficou para a história da língua.
35 - "Rés-vés Campo de Ourique! ";
Outra que remonta à história da cidade de Lisboa. Campo de Ourique é um bairro lisboeta já na colina, um pouco afastado do centro histórico original da cidade. A 1 de Novembro de 1755, quando houve o famoso e tão terrível terramoto em Lisboa, as pessoas fugiram como puderam para as zonas mais altas da cidade. Os habitantes de Campo de Ourique chegaram a tremer com a aproximação das águas do maremoto que se seguiu mas tiveram a sorte de esta se ficar pelos limites do bairro, deixando toda a gente a salvo.
A história ficou na memória dos portugueses e maioritariamente dos lisboetas e ainda é hoje utilizada para descrever situações que não aconteceram por pouco, ressalvando a sorte que alguém tem.
36 - "Ferver em pouca água";
Não sei exactamente a origem desta mas pressuponho que se deva à observação do quotidiano. Quem "ferve em pouca água", é uma pessoa irritadiça, que não tem muita paciência e que não aceita situações desfavoráveis.
37 - "Muitos anos a virar frangos";
Esta não é propriamente a expressão mais polida de sempre mas é muito utilizada em tom de brincadeira para ressaltar que já se é muito bom numa determinada actividade por a fazer há anos (ou há muito tempo).
38 - "Ver tudo cor-de-rosa";
Cor-de-rosa é actualmente associado a coisas boas e gentis. Hoje em dia é uma cor feminina, apesar de no passado o rosa e o azul terem as conotações de género opostas (azul para meninas, rosa para meninos). Esta expressão provavelmente vem do Inglês "through rose-tinted glasses" (através de óculos de lente cor-de-rosa) e tem exactamente o mesmo significado. É um modo de ver o mundo de um ponto de vista indevidamente alegre, optimista ou favorável. É pensado que tal associação existe devido ao facto que ter pele rosada ser considerado saudável, em contraste com a palidez de doença.
https://english.stackexchange.com/questions/257566/origin-of-rose-tinted-glasses
39 - "Chegar a pimenta ao nariz";
A pimenta faz-nos espirrar e esta expressão é usada para descrever o momento em que alguém se começa a enervar ou irritar por algum motivo ou com alguém. É sinal para aliviar a conversa pois as coisas poderão não estar a ir no caminho certo.
40 - "Línguas de perguntador";
Esta é uma resposta muito comum que se dá às crianças, em tom de brincadeira, quando, estas perguntam muito insistentemente "O que é que é o jantar? ". Também se utiliza na brincadeira num tom jocoso entre adultos se alguém demonstra grande impaciência em relação à refeição. Implica que o cozinheiro irá servir a língua de quem pergunta pela comida.
41 - "Paninhos quentes";
"Tratar alguém com paninhos quentes" significa tratar alguém com condescendência, por esta ser incapaz de lidar com as consequência de uma qualquer situação. É uma expressão corriqueira e que geralmente é usada por uma terceira pessoa que acusa alguém de numa qualquer situação quotidiana tratar a outra como se fosse uma criança ou a protege de forma irracional das consequências dos seus actos.
42 - "Ter uma pedra no lugar do coração! ";
Outra cujo significado é bastante visual. Uma pedra é pesada e dura, sendo assim associada a pessoas frias e que não se emocionam com facilidade. Usa-se muito frequentemente com pessoas que não demonstram empatia nos seus relatos e acções.
43 - "O gato comeu-te a língua";
Quem não tem língua, não pode falar. É uma expressão divertida que se aplica quando alguém, que até costuma ser bastante falador e social, está estranhamente calado, retraído e fechado no seu mundo, sem razão aparente.
44 - "Não chegar aos calcanhares";
Esta é mázinha. Quando alguém diz que "não lhes chegamos aos calcanhares" significa que, segundo o seu juízo, não estamos ao mesmo nível num qualquer campo, dependendo do sentido da conversa. Demonstra que alguém se sente superior por algum motivo, tendo ou não razão.
45 - Perdido por cem, perdido por mil";
Esta expressão é usada frequentemente por quem muito se desculpa. É perfeita quando alguém está para cometer um erro, e não se quer sentir mal. Seja num jogo de sorte (como literalmente alude) ou no quotidiano, as pessoas podem usar esta expressão quando já cometeram um erro, e decidem cometer então mais uns quantos. Por exemplo, se alguém acidentalmente come um doce enquanto estão de dieta, podem usar esta expressão e logo depois comer um bolo inteiro. Se se aposta e se perde cem euros, porque não apostar mais e perder mil?
46 - "Quem vê caras, não vê corações";
Igualmente muito presente nas conversas do dia-a-dia, expressa que nem sempre as pessoas que são mais bonitas, bem-falantes e vistosas são aquelas mais genuína, com melhores intenções e mais bondosas. Uma outra expressão irmã desta e que também pode ser utilizada é: "Não se deve julgar um livro pela sua capa".
47 - "Meter a pata na poça";
O que é que acontece quando se mete um pé numa poça? Exacto, molhamos-nos! Quando alguém "mete a pata na poça" está a fazer asneira. É uma expressão para apontar erros e falhanços.
48 - "Partir o côco a rir";
Um coco é um fruto bastante rijo e difícil de partir. Requer alguma prática, perícia e um golpe certeiro. A expressão usa-se quando alguém ri tanto que perde o controlo de tanto rir.
49 - "Pensar na morte da bezerra";
Há diversas origens possíveis para esta expressão, mas a mais simples é que a bezerra é considerada simplesmente um animal de quinta, não um de estimação. Logo, quando se mata este animal, não é considerado nada de anormal. Por isso quando alguém tem um ar distraído, vazio e não presta atenção a ninguém que lhe fale diz-se que está a pensar na morte da bezerra.
50 - "Está para nascer um burro";
Para terminar esta parte - com outra expressão inspirada no mundo animal - esta expressão usa-se quando alguém diz que irá fazer algo fora do normal, e não é fácil acreditar que tal irá mesmo suceder. Como, por exemplo, uma pessoa muito preguiçosa dizer que vai arrumar o quarto. .
Galeria de fotos
Conteúdo disponível noutras línguas
- Italiano: 100 modi di dire portoghesi! #Parte1
- Español: 100 Expresiones Idiomáticas Portuguesas! #Parte1
- English: 100 Portuguese Idioms! #Part1
- Polski: 100 Portugalskich Idiomów! #Część1
Queres ter o teu próprio blogue Erasmus?
Se estás a viver uma experiência no estrangeiro, és um viajante ávido ou queres dar a conhecer a cidade onde vives... cria o teu próprio blogue e partilha as tuas aventuras!
Quero criar o meu próprio blogue Erasmus! →
Comentários (0 comentários)