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Favelas no Rio!


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Favelas, verdades e mentiras!

Traduzido por flag-pt Rita Cruz — há 5 anos

Texto original por flag-es Maria Fernandez

As Favelas no Rio de Janeiro:

Quantas verdades e mentiras existem sobre as Favelas no Brasil? Esses lugares perigosos onde todos andam com armas e onde um turista nem deveria mostrar a sua cara. Nem tudo é como o filme "Cidade de Deus", e, como sempre, não devemos generalizar. Não digo que é o sítio mais seguro do Rio, claro que não é, mas posso garantir-vos que os rumores que existem conferem-lhe uma fama equivocada.

Favelas, verdades e mentiras!

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O porque do nome:

Estes bairros marginais, geralmente localizadas em torno das cidades, apesar de alguns até estarem mesmo dentro da cidade, são conhecidos como favelas, a palavra portuguesa para bairro de chabola (barracas), por estabelecerem o primeiro assentamento, num monte onde existiam plantas chamadas "faveleiras", tornando-se popular nos anos vinte. O que começou por chamar-se "morro da favela" (montes de favelas) hoje em dia é usado quase como sinónimo de chabola.

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Quando é que é considerado favela?

Para que um local seja considerado favela é necessário ter alguns requisitos, ter algumas caraterísticas. Um dos táxis que nos acompanhou pela rota pela cidade, levou-nos a uma, onde comentou-nos o seguinte (talvez possa me ter escapado alguma coisa, mas os mais interessados poderão completar esta informação se procurarem na internet):

  1. O aglomerado de casas deve constituir-se com mais de 50 casas.
  2. Devem ser casas "humildes", o tipo de casa deve recordar um ambiente mais “rústico”.
  3. São terrenos desorganizados, não existem ruas nem números, por isso não existem direções postais.
  4. Os serviços públicos como um centro de saúde, ou, o acesso à eletricidade são escassos, e até em alguns casos são inexistentes (característica que hoje em dia é pouco realista).

Apesar de por fora parecerem casas mais precárias (devido ao aspeto das suas fachadas, humildes), a maioria até te surpreendem, porque no seu interior têm grandes comodidades: máquinas de lavar a roupa, televisões de plasma, internet... é também muito bonito subir até a uma colina e ver a vista das favelas, por entre as montanhas, onde cada casa tem uma antena satélite. Algumas das favelas, hoje em dia, até têm cibercafés e estabelecimentos de comida rápida (fast food).

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Onde estão?

Há favelas em quase todas as grandes cidades do Brasil, apesar de a grande maioria ter começado em São Paulo (o que não surpreende devido à sua extensão) e depois no Rio de Janeiro. O IPP (Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos) ter afirmado, que no ano de 2009, no RIo de Janeiro, haviam 968 favelas. Estas populações apresentam dados de crescimento muito elevados, porque, em comparação a 2004, houve um crescimento de mais de 200 favelas. E isto é algo estranho, porque nem todas são o cerne de grupos de criminosos, senão apenas bairros mais humildes que oferecem um nível de vida mais acessível.

Em todas as cidades existem bairros marginais, mas é de destacar o seu perigo, e por terem um cógido interno sobre o que é bom e mau, e sobre quem é que se deverá temer. Por exemplo, na Argentina, também existem exatamente os mesmos bairros que no Brasil, mas são conhecidos pelo nome de "villas".

No Brasil, a Favela da Rocinha é a mais famosa porque aparece em diferentes filmes, como a "Cidade de Deus" e também por ser a mais populosa, quase com 70. 000 habitantes.

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Criminalidade e Perigo:

Normalmente os grupos de bandidos e delinquentes alojam-se nestas zonas que estão, na sua maioria, à margem da Lei. Não é que eles elejam estes sítios, mas sim porque é necessário ter em conta o contexto em que vivem: um sítio onde uma pessoa foi criada, unicamente, com crimes e violência ao seu redor, é normal que sigam o mesmo caminho,

Porém, isto é uma generalização da opinião popular que existe sobre as favelas. É verdade que isto existe, mas nem sequer é o mais comum. A maioria dos empregados dos hosteis nos quais ficámos a dormir, ou as pessoas com que falámos na cidade, vivem em favelas, porque os alojamentos são muitos mais baratos aqui, do que noutras localidades do Rio. Por exemplo, uma renda média, por uma apartamento para três pessoas em Copacabana ronda os 600 euros por pessoa (sendo importante referir, que se isto já é um preço elevado para Espanha, então imaginem para o Rio - onde o nível de vida faz com que 600 euros sejam um valor muito superior ao do meu país).

Nós fomos visitar um hostel que estava nos arredores da favela. Apesar de não estar no centro, era muito mais barato e sem dúvida estava tão bem ou até melhor do que o hostel onde tínhamos ficado. A entrada era um pouco precária, mas por dentro parecia um edifício completamente diferente e com uma vista fantástica para a praia.

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As favelas e o turista - tipos de favelas no Rio:

No Rio de Janeiro podemos diferenciar, facilmente, dois tipos: as que estão pacificadas, ou seja, a polícia tomou o controlo e conseguiu construir um posto de polícia para prevenir novos ataques de violência. Depois as não pacificadas, onde não recomendável aos turistas irem, porque é uma zona perigosa, e para além do mais que o mesmo não conhece. Nas paredes de muitas casas, pode-se ver os buracos feitos por balas de tiroteios entre a polícia e os traficantes.

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Dependendo da atitude que tenhas, e também dependendo da favela à qual vais, as pessoas podem passar por ti e nem te ligar nenhuma, ou por outro lado, podem ser muito amáveis. Nós fomos visitar duas favelas: a Favela da Rocinha, no dia em que fizemos uma visita guiada no táxi pela cidade, um taxista que era carioca, e que nos fez a visita pela cidade, e levou-nos a conhecer um pouco do ambiente de favela, contou-nos a sua história e levou-nos a comer, num sítio fantástico, onde pedimos um arroz com brócolos, algo que nunca tinha provado, e neste local dava para ver grande parte da favela.

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Por outro lado, nas visitas guiadas organizadas, visitámos a Favela de Santa Marta, uma favela pacificada e onde as pessoas que íamos encontrando olhavam sempre para nós com um sorriso. Nós nem sentimos insegurança nenhuma.

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Visita por Santa Marta, a favela do Michael Jackson:

De aqui em diante, irei detalhar um pouco melhor sobre a visita guiada que fizemos pela Favela de Santa Marta. Esta favela está situada entre os bairros das "Laranjeiras" e de "Botafogo", mais concretamente na colina de Dona Marta.

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Esta comunidade é famosa por ser o local onde foi gravado o videoclip da canção do "They Don’t Care About Us" de Michael Jackson em 1996, onde um dos chefes dos cartéis de drogas teve que dar consentimento para este vídeo ser filmado. Esta favela também recebeu a visita da Madonna, da Alicia Keys, da Beyoncé e foi onde gravaram diferentes cenas do filme "Velozes e Furiosos 5: Operação Rio" (Fast and Furious).

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Atualmente este local encontra-se sobre protestos para evitar o desalojamento da parte de cima da favela. As autoridades dizem que é para a sua segurança, porque pode acontecer, facilmente, o desabamento de terras, devido às chuvas abundantes, e poderá arrasar as precárias casas.

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Santa Marta é uma favela pacificada, onde se encontra a primeira Unidade de Polícia Pacificadora da cidade (UPP), e é a responsável administradora por assegurar-se que os pontos de venda de droga foram eliminados.

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Recentemente inaugurou-se um elevador para facilitar a mobilidade das pessoas que vivem no local, já que o desnível ao longo da favela é acentuado. A sua função é a equivalente a um autocarro urbano, que vai parando em diferentes casas.

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Para poder aceder é recomendável ir com um guia, onde se paga uns 100 reais por pessoa (cerca de 30 euros), e até com almoço incluído numa das casas da zona. Os habitantes locais estão bastante implícitos na atividade turística (porque parte dos benefícios destas visitas guiadas revertem a seu favor), e se esforçam por explicar a sua vida diária e até te mostram a sua casa, onde comprovámos que muitos deles têm Wi-Fi, televisões LCD e serviço de parabólica para poderem ver o futebol europeu.

O mais desagradável deste tema é que o esgoto (o saneamento) é aberto, o que junto com o calor e com a humidade existente, criam um cheiro insuportável.

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Se queres tirar uma fotografia com um local, o normal é dar-lhe entre uns 3 a 5 reais.

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A favela que fomos visitar, foi para poder dar-nos um exemplo das muitas que existem, dos diferentes programas de inserção laboral e dos diversos tipos de reabilitação da comunidade.

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Cada um tem de saber onde se mete - para mim, ir com um guia foi algo imprescindível, devido a todo o conhecimento que se recebe em relação à vida quotidiana das pessoas. O melhor é perguntar, porque se não quiseres pagar, existem algumas favelas onde podes aceder livremente, sem a necessidade de teres de correr riscos. Pergunta e desfruta!

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