14 problemas a ultrapassar durante o teu ano no estrangeiro

O esforço é real

Há obviamente muitos outros obstáculos que terás de superar durante o ano estes são apenas alguns que eu pensei serem particularmente vulgares, pelo menos para mim foram. Não quero com isto dizer que não há um monte de coisas boas em ir um ano para o estrangeiro, mas ler essas coisas é muito menos interessante do que rir da minha incapacidade de apanhar o autocarro certo, não é? .

Perceber o que estás realmente a fazer

Acerta-te em cheio como um camião. Vais para fora durante meses, talvez até um ano, e não conheces nada nem ninguém no sítio para onde estás a ir. Talvez consigas falar a língua, sim, mas nada que te prepare a sério para o que aí vem.

Dizer adeus

Despedidas nunca são fáceis, especialmente quando a tua mãe começa a chorar ainda antes de teres posto a mala no carro. Eles podem aborrecer-te a maior parte do tempo, mas é difícil não sentir falta da família. Quer gostes de passar tempo com eles quer prefiras ser tu a tratar das tuas coisas de forma independente, é sempre uma situação complicada.

A primeira noite

Podes ser um herói absoluto e ter já feito amigos através do Facebook e outros grupos. Mas para a maioria de nós, é muito provável que a primeira noite nas novas redondezas seja a deitar cedo e comer um qualquer snack que tenhas encontrado. Posso dizer com segurança que a imagem acima é basicamente como eu passei a minha primeira noite no Brasil, só que com menos vinho e mais groselha. Eu não sou um raio de um maníaco.

A tua primeira conversa na língua de lá

Bem, se calhar "conversa" é um termo algo generoso.

A segunda

Pois, ainda não fazes ideia do que é que eles estão a falar.

À terceira é de vez?

Não vale a pena, desisto.

Como mencionei, talvez já fales a língua, mas a falar com nativos, especialmente para os perceber é muito mais difícil do que o teu exame de compreensão auditiva. O Google tradutor ou repetir o mesmo vídeo de 5 segundos 10 vezes também não te vai ajudar neste caso. E ainda que as coisas parecidas com a globalização, alterações climáticas e redes sociais são mais comuns num tópico de conversa num seminário da universidade, quando estás realmente lá no país, o mercado é menos livre, protestos organizados pelo Facebook e aquecimento global.

Tentar encontrar maneira de dar a volta

Não interessa quanto pagas por usar 3G e o Google Maps ao caminhar, irás sempre demorar algumas semanas até te conseguires orientar. Provavelmente nunca terás capacidade para dar indicações mas mais cedo ou mais tarde vais saber onde estás mesmo que estejas a caminhar sem rumo. Houve tantas vezes que uma caminhada de 5 minutos até à loja demorava 25 minutos... perderes-te faz parte da diversão, não é?

Domando a besta que é o transporte público

Podes ser o rei do metro de Londres ou o "expert" dos horários de autocarro, mas todo esse conhecimento que adquiris-te ao longo do tempo é agora inútil. Estás numa nova cidade, com novas rotas de autocarro e com um sistema de metropolitano diferente. Descobrir qual vai para que sítio, e quando é que vai, vai ser um dos grandes desafios com que te vais deparar ao longo do tempo. Não deixes que isso te faça ir abaixo. Se tiveres de sair em 7 paragens diferentes para descobrires qual é a que fica mais perto de onde vives, força (sim, isto aconteceu-me mesmo).

Odiar algo que te é novo

Estás a abraçar uma nova cultura, explorando a cidade, fazendo amigos e falando a língua. Estás também a experimentar mil e uma coisas novas, a maioria sendo coisas que gostas, portanto decides fazer por ti próprio. Depois isto acontece. É não só improvável que tenhas disponíveis os utensílios de cozinha mais sofisticados, como até ter um forno que funcione é quase um luxo na maioria dos casos. Os microondas são perigosos e se gostas tanto da comida local, não compres ingredientes e mistures durante meia hora e rezes. Vai antes ao sítio onde provaste o prato pela primeira vez e come lá. No final de contas, ir comer fora é muito mais barato (e menos stressante) do que ter de lidar com um utensílio de cozinha a explodir.

Menosprezar a meteorologia por completo...

Se fores a Murcia em Março, não tragas 4 casacos diferentes...

Ou sobrestimá-la completamente

Isto é bastante baseado em experiência pessoal. Assegura-te de que fazes alguma pesquisa antes de partires... uma longa pesquisa. Eu fui para o Brasil no início deste ano, e como era o Brasil eu nem pensei em levar nenhuma camisola de qualquer tipo. O Brasil é sempre quente, certo? Têm imensas praia, certo? Pois, mas durante o inverno na parte do sul, 'frio de rachar' não faz sequer jus ao que passei. Lembro-me de uma noite em particular em que eu estava de facto a ostentar seis camadas (apesar de não serem seis camisolas como aparece na imagem. Como disse... não trouxe nenhuma).

"Lamento, a Netflix ainda não chegou a esta parte do mundo"

Sim vai haver mil e uma coisas para fazer, imensas festas para ir, etc. Mas ninguém acha que vais fazer isso todos os dias, ou mesmo que pudesses, seria provavelmente um bocado absurdo. Há, obviamente, algumas noites em que não te vai apetecer fazer nada do que ver intensivamente 20 episódios da última série da Netflix, apenas até descobrires que ainda não chegou lá. Este vai ser um dos maiores choques culturais mas há maneira de o ultrapassar.

HMA é uma excelente solução, mas se não estiveres disposto a pagar um bocado de dinheiro por esse privilégio, poderás sempre optar por apanhar 500 vírus de um site de streaming.

Dizer adeus 2. 0

Depois de meses de perseverança e de tentar mais do que nunca fazer amigos, encontras finalmente um grupo de pessoas de todos os cantos do mundo com quem te dás bem. Viveste os melhores momentos com eles e agora chega tudo ao fim. O que o torna mais difícil é a dura realidade de que provavelmente nunca mais os irás ver de novo e começas a perguntar-te se fazer amigos em primeira instância valeu a pena. Claro que valeu, mas isso por si só torna ainda mais difícil a emotiva despedida.

Voltar a Inglaterra

Voltar a Inglaterra e ouvir de novo inglês em vez de *inserir língua que andaste a aprender* é uma sensação incrível. Embora vás perceber naturalmente tudo o que for dito, trocar de novo para a tua língua nativa após tanto tempo quase sem a usares vai ser muito mais estranho do que imaginas. Além disso, as pequenas coisas que aprendeste no estrangeiro poderão começar a fazer-se notar de vez em quando na tua língua nativa. Como podes imaginar, dizer "ei cara, tudo bom? " quando realmente queres dizer "alright mate? " ("tudo bem meu? ") é não apenas confuso para o ouvinte mas também te faz parecer um pouco estranho.

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