Dia 9 | Zagreb - a capital (rápida visita)!!
Os últimos dias com a Madoka! Pequena visita pelo centro histórico da capital e tempo de dizer "Ssyounara". Com este artigo eu termino as minhas aventuras croata-japonesas, com Lions Club, tanto no Japão como na Croácia no verão de 2016.
Dia 9 - Zagreb - A visita pela capital!
Viagem de autocarro para Zagreb:
Levou-nos cerca de 3 horas e algo para chegarmos à principal estação de autocarros de Zagreb. A diversão tinha acabado de começar na zona perto de Vodice. A Madoka e eu sentámo-nos, mas no início não deu para ficarmos juntos (mas foi durante apenas 20 ou 30 minutos). Eu sentei-me ao pé de um estudante da ilha de Murter, e à nossa frente havia esta avó bastante barulhenta que falava muito alto, e que era tão aborrecida a falar sobre o seu dia a dia e as suas atividades. O rapaz que estava ao meu lado disse-me que ela já vinha a falar desde Šibenik. Mas, felizmente, ela saiu um pouco antes de chegarmos à estação que tem conexão com a ilha de Murter e outros sítios. Assim que nos vimos livres deles (tanto a avó com o outro estudante) eu disse a Madoka para se sentar ao pé de mim.
De repente fiquei com receio, porque achei que tinha deixado a comida e a bebida na cozinha da nossa casa, mas felizmente vi que tinha trazido a comida comigo. Foram uns assustadores 30 segundos no autocarro.
Íamos vendo a paisagem a mudar, assim abandonando a típica vista da Dalmácia e começávamo-mos a aproximar das montanhas, onde a "mudança de clima e de vegetação" era notável. Fizemos uma paragem de uma hora, para que pudéssemos ir à casa de banho e também comer algo.
Pouco tempo depois a Madoka adormeceu. Eu estava a ouvir música e os meus olhos também começaram a querer fechar-se, o que fez com que a viagem passa-se mais depressa. Estava muito calor, mas os bancos do autocarro eram confortáveis. E também tive sorte por ter trazido uma garrafa de água para me ir refrescando de vez em quando.
Depois não houve mais momentos divertidos no autocarro. Afinal de contas, este não era um autocarro regional, e nós tínhamos deixado as regiões mais "amenas". De repente apercebemo-nos que a paisagem era mais verde e que já nos estávamos a aproximar dos Lagos de Plitvice e também de Karlovac. Depois já falta menos de uma hora e meia até Zagreb.
Para saltar toda a parte aborrecida, nós chegámos por volta das 12h30 a Zagreb. Edifícios e ruas familiares! A Madoka também já se tinha despertado. E uns minutos depois já tínhamos chegado à estação.
Em Zagreb! Ir para casa e encontrar-me com os meus avós para almoçar de novo:
Ugh, o que eu comecei mesmo a odiar foi a Estação de Autocarros. É provavelmente um dos edifícios mais feios em Zagreb. E é mesmo uma pena. Espero que o reconstruam e que façam um edifício novo. Sempre tive vergonha de quando os estrangeiros chegam aqui e vêem o edifício.
Visto que tínhamos imensas coisas connosco, não queria arriscar, e comprei o bilhete do elétrico para mim e para ela. Eu disse-lhe como dizer em croata que queria comprar um bilhete e ela foi até à loja "TISAK" e disse ao senhor "Jedna karta tramvaj, molim! " (um bilhete de elétrico, por favor! ) ahahah, e o senhor sorriu.
Demorámos cerca de 15 minutos até ao nosso bairro. Deixámos as malas e as mochilas e fomos até Jarun para ver os meus avós e para almoçarmos com eles. Afinal de contas eu tinha planeado uma visita pela cidade, para vermos o máximo que pudéssemos nas três horas que tínhamos antes de escurecer.
Indo primeiro para o centro da cidade. Zagreb a meio de agosto:
Depois de almoçarmos, outra vez, fomos até ao centro da cidade, usando o 17 Borongaj. Eu queria ter a certeza de que visitávamos todas as coisas importantes na parte antiga da cidade. E também tentei pensar em coisas que ela pudesse gostar de ver, mais ou menos, e também porque tudo o que ela fosse ver seria muito diferente do Japão.
Falando da cidade em si, e da situação no Verão em Zagreb, que ainda estava um pouco vazia. Se estiveres a planear visitar a cidade em julho, ou especialmente a meio de julho até meio de agosto, irás ver que alguns lugares durante o dia e até mesmo durante a noite que se parece com uma cidade fantasma. A razão pela qual isto acontece é que a maioria dos cidadãos têm de trabalhar durante o verão, até ao fim de julho e agosto. Mais ou menos 2 ou 3 semanas durante este tempo. Mas isso também inclui os estudantes do secundário e da Universidade. Para os do secundário, as férias de verão na Croácia começam a meio de junho e depois eles têm, mais ou menos, 2 meses e meio até o novo ano escolar iniciar, em setembro. Os estudantes da Universidade normalmente terminam as aulas a meio de junho, e depois têm 25 a 30 dias de exames. Os exames do segunda fase começam no final de agosto e duram até ao final de setembro, no geral. E é por isso que a cidade pode parecer vazia. Os estudantes também costumam ir para o campo ou para a costa, e muitos vivem noutras regiões da Croácia, e apenas estudam em Zagreb, e os adultos que trabalham aqui, usam o seu tempo livre para tentarem "fugir" da cidade.
Pessoalmente, não tenho a certeza se gosto ou não de Zagreb meio vazia. É um pouco estranho andar no meio da praça principal, e estar tão vazia. Todo o centro da cidade se parece como um cemitério, à exceção de quando há festivais aqui. Os últimos anos eu tentei passar mais tempo em Zagreb, no mês de agosto, porque normalmente vou para a costa (penso que o meu recorde foi de 2 meses e talvez até um pouco mais... que aconteceu depois do meu primeiro ano de secundário, que tinha terminado em 2009... e durante esse verão eu apenas passei 8 dias aqui. )
Dražen Petrović e FC Zagreb:
Saímos do elétrico na estação de 'Studentski centar'. Pensei que seria bom se lhe mostra-se as coisas por ali. Primeiro atravessámos a rua e fomos para debaixo da Torre Cibona. Cibona é um clube de basquetebol. Eles têm uma estátua de famosos jogadores de basquetebol de Šibenik (contra um que é da costa, se te lembras das histórias sobre os homens do desporto) - Dražen Petrović. Depois fomos mais para o oeste, até chegarmos à ponte da auto-estrada, e passámos por debaixo da ponte, para o outro lado. Havia este grafite de uma equipa de basquetebol, Dinamo Zagreb. E depois deu para vermos, rapidamente, o estádio de FC Zagreb (não é aquele que é popular e bom em Dinamo. ) Demorámos cerca de 2 a 3 minutos a chegar, estava bastante vazio, e deu apenas para espreitarmos sob a rede. Ok, mas regressando à estação do elétrico.
Museu Técnico e o Cento de Estudantes de Zagreb:
Voltando ao cruzamento da grande e longa rua Savska e da estrada que conduziu à parte ocidental da cidade, decidimos dirigir-se ao norte e ao centro da cidade. À nossa esquerda tínhamos o Museu Técnico. Entramos no jardim, mas, infelizmente, não tivemos tempo para realmente visitar a maioria dos museus. Na entrada há um velho vagão de comboio e uma estação de CityBike. Existem várias estátuas de importantes figuras históricas que contribuíram para o mundo da invenção e da ciência. E podes também encontrar uma enorme âncora ao lado dos portões de entrada do edifício.
Voltamos para a estrada e cruzamos para o outro lado. Queria mostrar-lhe um pouco do Centro estudantil. A entrada do Savska foi aberta e vimos muitos outros estudantes aqui, então entramos no quintal e fizemos todos juntos um círculo. SC é um lugar popular, que tem um cinema e um salão para cerca de mil pessoas, há alguns restaurantes para estudantes, incluindo um restaurante de comida rápida (fast food) e também uma confeitaria. Durante o semestre, pode ter imensas pessoas, e, provavelmente, terás de esperar até 20 minutos na fila e depois podes ter alguns problemas para encontrar uma mesa livre. Há também outros quartos e quarteirões, como um chamado Student Servis, que é onde vais com o teu contrato. Pessoalmente, eu odeio este lugar e acredito que não sou o único, uma vez que alguns dos funcionários que ali trabalham são muito arrogantes e até deveriam ser expulsos.
Depois de visitar o Centro de Estudantes, voltamos à rua Savska, passamos pelos inúmeros cafés e a segunda ponte ferroviária que corta a rua a uns quase 90 graus.
Mudança repentina na paisagem urbana:
Uma vez que passamos pela ponte ferroviária, a arquitetura mudou de repente. Isto é o que eu chamo um autêntico portal entre o antigo bairro histórico de Zagreb e aquele que foi construído depois da Primeira Guerra Mundial, e especialmente, após a Segunda Guerra Mundial. A arquitetura e o estilo que vimos é muito semelhante ao que encontrarás em todos os outros lugares do antigo Império Austro-Húngaro.
Decidi que deveríamos sair do comboio, na estação de "Rooseveltov trg", para que pudéssemos passar pelos outros edifícios importantes e pontos de referência de Zagreb a caminho da praça principal.
À nossa esquerda era agora o Museu Mimara e por trás era onde estava a minha Faculdade de Arquitetura. Mas nós não fomos à Faculdade. Seguimos a rua e as linhas de eléctrico para o outro lado.
Estávamos agora na Praça de Marshall Tito. À nossa esquerda estava o Museu de Artes e Ofícios, juntamente com a Escola de Artes Aplicadas e Design. Mais ou menos, toda a Praça parecia bastante unificado com o estilo arquitetónico, à exceção de um lugar novo que há. Este novo sítio é a nova e moderna Academia de Música que é simplesmente excepcional devido à sua fachada. Mas acho que não há assim tantos fãs deste lugar, em Zagreb. Tem um telhado um pouco feio, mas que me faz lembrar um arco-íris. E destrói totalmente a experiência e o sentimento de quando o vês a partir do miradouro da parte velha da cidade. No meio da praça existem alguns símbolos de Zagreb - o Teatro Nacional da Croácia que sempre irá chamar a tua atenção quando vieres visitá-lo. Fomos até á entrada principal para tirar algumas fotografias. Há também uma escultura que se chama: "O poço da vida", do escultor Ivan Meštrović, mesmo em frente ao teatro. Além disso, no norte do prédio do outro lado da estrada, há o prédio principal da Universidade de Zagreb - a Faculdade de Direito. Existem mais dois prédios para estudantes de direito aqui perto. Do lado oeste do teatro há um café bastante popular chamado "Kazališna kavana". Nós fomos tirar algumas fotos da fachada principal da Universidade e subimos as escadas para ver se as portas estavam abertas. Infelizmente, a entrada já estava fechada.
A história por detrás do Teatro Nacional:
O Teatro Nacional foi construído em 1890 e foi feito mesmo num curto período de tempo. Era para ser aberto no dia em que o imperador austríaco Franz Joseph chegou a Zagreb. Mas durante esse período houve fortes tensões entre croatas e húngaros. Os húngaros tinham, na época, a vantagem na política e queriam fazer uma pequena surpresa. Mas era uma situação desconfortável para os croatas. O plano seria eles trazerem areia húngara para a principal estação ferroviária de Zagreb, porque assim, quando o imperador chega-se o primeiro passo que daria seria sobre "terra húngara", e não croata. Claro, assim tornou-se impossível evitar os conflitos nas ruas. As bandeiras húngaras estavam a ser queimadas, houve uma luta entre os adeptos croatas e os adeptos húngaros, algumas pessoas foram prejudicadas e algumas até chegaram a morrer. Mas, no final, o Imperador chegou à grande abertura do teatro e tudo acabou por estar bem.
Ilica - A rua mais longa em Zagreb:
Continuámos a caminhar em direção ao norte da cidade. Fomos pela Rua Frankopanska, onde vimos a minha Universidade de Design então paramos aí. Eu queria mostrar-lhe um pouco do lugar onde eu estudo e algumas das coisas que faço. A sala de exposições estava fechada, mas vimos o cartaz de Mladen, um dos amigos de Šibenik e Split, e tirámos uma selfie em frente a ele.
Estávamos indo agora para a Rua Ilica - a rua mais longa em Zagreb, e a Rua que vai até à praça principal. No nosso caminho, mostrei à Madoka alguns dos bares mais populares na rua, onde as pessoas da minha Faculdade de Design, vão sempre sair, quando temos uma pausa ou antes de termos de estudar para os exames. Um deles é o Cafe Zrinski. Na rua Dalmatinska, que fica a 10 metros da minha Faculdade, há também outro bar muito famoso que se chama Cafe Bar 13, mas nós também lhe chamamos de "Trinaestica". Aqui, podes beber um café com leite por apenas de 9 kuna (mais ou menos 1, 3 Euros) e o empregado, um homem mais velho, também é muito amigável, e isso é muito importante para mim, porque assim sentes-te sempre muito mais confortável. Não gosto nada quando os empregados fazem comentários ou tentam ser engraçados (ou até mesmo estúpidos... ) com o que tu acabas-te de pedir. Para mim isso é o pior e, sinceramente, só me apetece dizer, "-Mas afinal quem é que paga aqui? Sou eu ou você? " (E até mesmo com asneiras! ). A segunda coisa que não gosto nada é quando eles tentam que te vás logo embora quando já terminas-te de beber a tua bebida. Felizmente, a maioria dos cafés na Croácia e em Zagreb (tanto quanto eu sei) não são assim, porque podes ficar sentado durante umas 2 ou 3 horas, e durante esse tempo apenas teres pedido um café e nada mais. Ninguém se queixa.
Mas vamos continuar com a visita, a Rua Ilica. É uma caminhada de 4 a 5 minutos até chegares à Praça principal - Trg bana Josipa Jelačića. Mas tens de ir na direção da direita, porque caso contrário, já estás a ir para a direção errada e estás a ir para a parte ocidental da cidade. Eu poderia escrever imenso sobre a Rua Ilica, desde os seus segredos, a sua história e até a sua geografia... É a rua mais longa em Zagreb tendo o comprimento de quase 6 quilómetros! E isto é muito mais do que a estrada principal e a avenida que atravessa Novi Zagreb (desde a ponte ocidental, onde passa o eléctrico sobre o rio, até a última no lado leste). Também é muito antigo e relaciona-se muito com a parte histórica da cidade e do bairro mais antigo.
Mas vou apenas dizer o que se encontra a um raio de 500 metros, em ambos os lados. Se fores para a esquerda (o leste), irás encontrar vários padarias, uma loja de utensílios de arte chamada Prosvjeta (um pouco caro, mas claro que faz parte, e a arte e os alunos de design precisam deles) e do outro lado é a passagem para Swanky Bar e Hostel. Recentemente tornou-se bastante popular, não só entre os locais (e os estudantes de design), mas também entre os estrangeiros. Tanto pelo seu interior, como pelo seu exterior. Pessoalmente, sempre que o tempo permitia eu optava por ficar no exterior. Assim que passares pelo bar, até ao outro lado, onde há um pátio, tens de subir as escadas de pedra e depois irás encontrar um espaço muito bem decorado. Eles improvisaram com algumas cadeiras e mesas de madeira, como por exemplo, usaram barris para as pessoas se poderem sentar. Os empregados aqui também são muito amigáveis.
Perto deste local, há um mercado no Britanski trg (a Praça Britânica). Todos os sábados pela manhã, há um mercado de velharias onde podes encontrar de tudo e mais alguma coisa. Estamos a falar do maior mercado de velharias na cidade de Zagreb (e talvez nesta parte da Europa?! ) Fica em Hrelič, na parte nova de Zagreb, a cerca de 20 minutos a pé da estação de eléctrico Zapruđe e da ponte.
Logo depois de passares o Britanski trg, irás ver a Rua Kačićeva que vai na direção da Faculdade de Arquitetura e também de muitas outras faculdades que existem na mesma área. A dois minutos depois de Britanski trg encontrarás a Academia de Artes Aplicadas (um dos dois prédios que existem na cidade). E aqui, eu aconselhava a regressarem de volto ao caminho que leva até à praça principal.
Mesmo no cruzamento entre Frankopanska-ilica, há uma loja de Konzum e do outro lado da estrada, está a passagem que te levará até ao grande parque (que vai dar a Tuškanec) e ao Hemnigway club & bar. Se fores estudante Erasmus, provavelmente, virás aqui, pelo menos uma vez na tua vida, porque a ESN Zagreb organiza aqui sempre algum evento.
No caminho para a praça principal, também existe a grande loja de Kraš (fábrica de chocolate), onde podes encontrar diferentes tipos de chocolate. Ao lado fica a Vincek, que é uma confeitaria, e uma das melhores da cidade e que conta com uma longa tradição.
Rua Tomićeva e o Ascensor debaixo da Torre Lotrščak:
Mas desta vez não fomos na direção da praça principal :P Porque? A meio do caminho, é onde podes encontrar a confeitaria de Vincek, e é onde está a Rua Tomićeva. E se fores um turista ou um local, irás sempre vai parar ou olhar em direção a Tomićeva. Porque é uma rua muito curta (dá para ver o seu final, quase que se pode dizer que é uma rua cega), e é está o ascensor que se chama 'uspinjača'. E na parte de cima, irás ver a torre de Lotrščak.
Sempre que vou com os amigos ou com excursões de estrangeiros (ou croatas que não são de Zagreb) a visitar o centro da cidade, eu levo-os sempre a este sítio. E isso significa subir as escadas até chegar à torre e ao lindo miradouro ou, então, começar desde a parte de baixo e terminar em Ilica (ou Vincek! ). O ascensor levar-te-á numa curta viagem, e apenas tens de pagar algumas kunas (e durante as férias de inverno é gratuito! ) E há escadas em ambos os lados. Há também um pequeno túnel debaixo do ascensor que conecta os dois caminhos da escada e onde, nas suas paredes, tem imensas diversas mensagens. Se tiveres tempo, passa por aqui e presta atenção à parede. O resto da viagem é um pouco cansativa, especialmente as últimas escadas que te levam à estrada do outro lado, e depois em direção à praça principal. E o outro lado (a cerca de 20 metros) vai dar diretamente à torre, à entrada do ascensor, ao passeio de Strossmayers e ao lindo miradouro sob a cidade de Zagreb.
Debaixo e sob a Torre Lotrščak:
Lotrščak [Lotar-ščak] é um dos grandes marcos de Zagreb e quase sempre está incluído naqueles pacotes de viagens, assim como o ascensor. De todos os monumentos, do sistema de fortificação, este é uma das partes que está melhor conservadas em Zagreb. Hoje em dia, a torre é, principalmente, famosa porque continua ainda a disparar do canhão, através de uma janela, todos os dias ao meio dia. O canhão é conhecido como Grički top (O canhão de Grič). Por isso, se estiveres pelo centro às 12 horas, e especialmente, perto da zona da torre, não fiques assustado (ou pelo menos não tenhas um ataque cardíaco), porque vais ouvir um som de "explosão". Mas ao menos já saberás que horas são. :) Há também um sino no topo (e se pagares entrada podes ir visitá-lo).
O nome provêm da função que costumava desempenhar, porque foi "o sino para avisar que os ladrões e bandidos estavam a chegar". Como haviam muros em volta da cidade, o sino era que os cidadãos fossem avisados em caso de ataque ou problemas com bandidos. Em relação ao canhão, está no 2º ou 3º andar (e pode vê-lo do lado de fora na janela), a lenda diz que foi graças ao sino que Zagreb se salvou dos turcos, aquando da sua ocupação. Um dos líderes do exército turco estava a almoçar na sua tenda, mesmo do outro lado do rio Sava, quando ouviu o tiro do canhão. A bala, inesperada, do canhão atingiu a sede turca e a tenda, e chegou a matar o galo que estava a ser preparado para o paxá. Os turcos começaram a fugir e (claro... ) nunca regressaram, desistido assim de conquistar Zagreb. Então... obrigado, Senhor Deputado Cannon, que de acordo com a lenda, se não houvesse bala de canhão, poderíamos hoje em dia estar todos em Zagreb a falar turco. ahaha
Eu decidi levar a Madoka ao topo da torre (que tem no total cerca de 30 metros de altura! ). Assim ela poderia como é que Zagreb se parece de cima e vista da parte alta da cidade. Mas, antes disso, paramos um pouco no miradouro (onde há uma cerca com uma máquina para usares como binóculos, mas tens de pagar para ver... ). Aqui eu mostrei-lhe o caminho que tínhamos feito, de onde viemos, onde estava a nova parte de Zagreb e onde viviam os meus avós. Nunca é aborrecido estar ali, a esperar pelo momento irritante quando reparas no telhado da nova Academia de Música...
Mas vamos subir à Torre!
Depois de entrar, há uma pequena loja de lembranças e é neste sítio onde tens de comprar os bilhetes para subir à torre. Custa cerca de 20 kunas (mais ou menos 2, 8 euros), por pessoa, e não tem desconto para estudantes (acredito que se apenas custa-se 10 kuna, haveria 10x mais pessoas... mas acho que já fazem de propósito para evitarem isso, acho). Tens diferentes andares para visitar. Há escadas que vão em espiral até o topo da torre e há muitas janelas, que ao longo do caminho dá para ires reparando como as pessoas na cidade vão parecendo cada vez mais pequenas.
Em cada andar há uma espécie de galeria, são modestas, mas têm vários posteres e até têm alguns factos interessantes sobre o local e sobre a história, estão em croata e em inglês. No terceiro andar, é onde está o canhão, mas não é permitido entrar ou tocar neste sítio. Está cercado e trancado com uma espécie de quarto de vidro e apenas o homem que dispara o canhão ao meio-dia tem as chaves. Há janelas em cada andar para quase todos os lado, mas as mais interessantes são aquelas que estão viradas para a rua que dá para a torre, e que vai até a Praça de São Marcos e a que vai em direção ao sul - a vista sobre Zagreb.
Finalmente, o último andar provavelmente é o melhor. Ou devo dizer a plataforma? O espaço e as escadas aqui são mais estreitas (são de madeira) e levam-te até ao último andar e podes ver a galeria e o sino que mencionei e nesta plataforma podes ter uma vista de 360 °. Ficámos aqui por alguns minutos. Foi a minha segunda vez no topo desta torre e além de estar a explicar tudo à Madoka, deu também para voltar a apreciar novamente a vista. E ainda estávamos perseguindo e aproveitando os últimos raios solares, então tudo parecia um pouco dourado. Acho que ainda tínhamos cerca de uma hora e meio antes do pôr-do-sol do sol e do anoitecer.
O que podes ver por aqui?
Em direção a norte, podes ver a igreja de São Marcus (Marko), a Casa do Parlamento e a Casa Governamental. Também irás reparar que há muita vegetação e as encostas com as casas, que vão em direção às encostas da montanha Medvednica, que protege Zagreb do lado norte. A parte nova da cidade e os edifícios mais antigos foram, tecnicamente, construídos nas encostas de Medvednica (claro que longe do topo). Na parte de NW é onde está a catedral, o parque Ribnjak e a colina com o centro desportivo e recreativo de 'Šalata'. E um pouco mais longe fica o fantástico edifício do observatório astronómico.
Ao lado da catedral, há mais algumas igrejas e também o arranha-céu (Miradouro de Zagreb) na praça principal (que não dá para ver por causa dos prédios). Indo mais para sul, podes ver o quão grande Zagreb realmente é. É muito larga, estendendo-se para o leste e para o oeste. A parte mais estreita é entre a entrada da cidade e o rio. Fica a cerca de 3, 5 km entre a torre e o dique do rio. Mas é mais do que o dobro da distância até o fim, no oeste e no leste. Zagreb é a cidade central da Europa, o que significa que os arranha-céus não fazem parte da tradição. À exceção daquele que está na praça principal e de ainda alguns outros que formam o centro na zona comercial. Podes ver também o ascensor em frente, e Ilica com os seus comboios que vão para a esquerda e para a direita. Além disso, vês toda a vegetação do parque Zrinjevac e um pouco da Principal estação de comboios. Muito mais longe vê-se a parte nova de Zagreb e os seus arranha-céus. Para o oeste, dá principalmente para se ver árvores e florestas ao longo de Strossmayer e Tuškanec. Não me lembro muito sobre esta parte porque, geralmente, não vou muito para estes lados, por isso acabo por não prestar muita atenção.
Depois de tirar muitas fotografias, decidimos descer. Através da janela eu vi uma menina vestida com a típica roupa croata do norte (padrões de vermelho e branco), eu fui-lhe pedir para tirar uma fotografia com a Madoka. Ela concordou e, em apenas uma fotografia, captámos o Japão, Vodice e Zagreb, três em um. A Madoka estava vestindo a camisola que tínhamos comprado em Vodice, e foi muito divertido ver isso na capital.
A Praça de S. Marco:
A próxima coisa que eu queria mostrar-lhe era a Praça de São Marco, chamada de "Markov trg"). E é onde está a Igreja com o mesmo nome e com o telhado colorido, também onde está o Parlamento croata (Sabor) e o Governo croata. Pode-se dizer que este é o lugar que todos não gostam ou até mesmo odeiam na Croácia, ahaha, se é que me entendes.
No caminho, irás atravessar a Rua Katarinina, onde à tua direita está a praça de Katarina e a Igreja de S. Katarina (Cathrine). Ao lado está a Galeria de Klovićevi dvori e um jardim onde, no verão há cinema ao ar livre. Também tens umas escadas que descem até à Rua Radićeva e até à praça principal.
Mas desta vez não fomos por ali. Fomos em direção ao centro administrativo, tens de passar pela Ćirilometodska ulica. Há três coisas importantes para prestar atenção. Podes visitar o célebre e famoso, altamente classificado, Museu das Relações Terminadas. Pessoalmente, eu nunca visitei, então não posso te contar a minha experiência pessoal, mas dizem que é muito interessante e que vale muito a pena ver em Zagreb. Do outro lado da rua, encontrarás o Museu de Arte Naval da Croácia que representa um dos movimentos de renome mundial da arte, que vai de encontro ao futurismo, cubismo, arte nouveu e muitos outros. Representa, respectivamente, a arte dos artistas croatas do norte. Mas acho que, na Croácia, infelizmente, já não é algo assim tão promovido, como acontece com muitas outras coisas... E ao lado do Museu fica a Câmara Municipal, que eu já visitei, mas nem te vais dar conta do que é. O mais importante mesmo é visitar os dois museus que mencionei.
E, finalmente, na praça de São Marco! Provavelmente, tirarás imensas fotografias da igreja. Há algumas histórias interessantes sobre este lugar. A igreja é um dos mais antigos edifícios/monumentos de Zagreb e remonta ao século XIII, de acordo cm os registos. Mas vamos ver quais são as tuas primeiras impressões. Existe um enorme pórtico (vê a imagem seguinte), pois praticamente todas as igrejas têm os mesmos elementos do estilo românico, renascentista e barroco. No telhado podes ver dois emblemas. O do lado esquerdo é o brasão de Triuine do Reino da Croácia, da Eslavônia e da Dalmatia. O do lado direito é o emblema da cidade de Zagreb. Referindo uma história interessante, foi que uma novela e um filme, sobre a revolta camponesa de croatas e de eslovenos, que sucedeu no século XVI. Após os primeiros sucessos contra os senhores feudais, o exército dos camponeses foi derrotado, e o seu líder - Matija Gubec - foi trazido acorrentado para a Praça de São Marcos, e de seguida, condenado à morte, colocando a coroa de fogo a sua cabeça. Ele é visto como um dos heróis nacionais.
Depois de tirar fotografias, virámos pela rua à direita através de Kamenita ulica (Rua de Pedra) até chegar a Kamenita vrata (Portão de Pedra).
A história de Kamenita vrata
Kamenita vrata é um dos monumentos e edifícios mais bem conservados da velha cidade de Zagreb. Hoje em dia serve como passagem, mas antes costumava servir como parte do sistema de defesa e eram as muralhas da cidade na época medieval. Provavelmente, foi construído no século XIV, o que os faz com que tenha cerca de 700 anos de idade. Hoje podes encontrar uma pintura de Maria, e muitos azulejos na parede com mensagens agradecendo, e irás ver pessoas a rezar. Vou contar outra história que explica o mistério.
Houve onze enormes incêndios em Zagreb, no ano de 1731 e, precisamente neste lugar, tudo ardeu, à exceto da imagem de Maria que ficou intacta. Desde então, ela se tornou a protetora de Zagreb.
Depois de sair do Portão de Pedra, fomos em direção às escadas e fizemos um círculo para entrar na Rua Radićeva, que nos leva até a praça principal.
Rua Tkalča e a Praça Principal de ban Jelačić:
Enquanto estávamos a andar pela rua, em direção à praça principal, passamos pela Rua Krvavi (a ponte sangrenta) que liga a Rua Radićeva com a rua Tkalčićeva (Tkalča). E há uma história por detrás deste nome, como provavelmente já te apercebes-te. Antigamente, existiam dois núcleos históricos de Zagreb, com duas colinas e dois estabelecimentos. Um o Gradec, que era habitada pelos comerciantes e cidadãos. Outro o Kaptol, que era onde vivia o padre e os catedráticos. Uma vez houve uma luta entre eles, que durou imenso tempo, e quando as coisas começaram a ficar mais sérias, houve uma briga na ponte sobre o riacho que estava dividindo essas duas pequenas cidades. E aí sangue foi derramado.
Eu queria mostrar à Madoka Tkalča, pois é muito parecida à parte antiga de Zagreb, com algumas casas antigas, que estão bem preservadas, e edifícios residenciais, que transformam o local num sítio do século passado. É uma das ruas mais populares de Zagreb, onde podes ir sair para tomar uma bebida, tens discotecas ou se quiseres onde podes ir ao cinema. Infelizmente, enquanto estava a escrever este artigo, descobri que o cinema tinha fechado...
No lugar onde a maioria das ruas de Krvavi passam pela Rua Tkalča, podes encontrar um ovo gigante pintado, que representa, uma das obras da Arte Naive Croata. Fazendo uma rápida visita a Tkalča, fomos até à Praça Principal.
Os edifícios aqui em torno da praça principal são dos mais altos do centro e lembrar-te-ão um pouco de Viena, onde tudo é apenas 1 ou 2 andares mais alto do que em Zagreb.
No final da rua Tkalča, irás ver a praça principal à tua direita. À tua esquerda ficam as escadas que dão para o mercado e para a sua parte superior. Chama-se Dolac e é um dos símbolos de Zagreb. É um dos maiores mercados do centro e do país. Durante o horário de funcionamento, podes ver muitos guarda-chuvas vermelhos e, por cima, todos se parecem com os tradicionais guarda-chuvas Šestine (também um dos símbolos de Zagreb).
O sol estava quase atrás dos edifícios, e se durante esta altura estiveres na praça principal, não podes perder as cores com que os edifícios ao teu redor ficavam. No meio da praça, está a estátua da proibição (vice-rei) Josip Jelačić, que está virada para sul. Há uma história sobre este sítio - visto que a proibição Jelačić tem muito a haver com história, e ele é considerado um dos heróis nacionais, então era uma figura muito importante no século XIX. Devido às lutas com os húngaros (situação política da altura), as estátuas foram posteriormente colocadas apontando para a direção da Hungria, ou seja, o norte. Mais tarde, a estátua foi retirada da praça durante a Jugoslávia e, depois dos anos 90, foi trazida de volta à praça principal, mas desta vez virada para sul.
A partir da praça principal, podes ir para 6 direções/ruas diferentes. Três dessas direções, tu já conheces - Ilica, Radićeva e Tkalča de onde viemos. As restantes direções dão para a rua Praška, que também tem uma linha de eléctrico, que vai para o sul e para a principal estação ferroviária (Glavni kolodvor), que irei explicar a seguir. A outra direção é a Rua Jurišićeva que vai para o leste, também de comboio. E a última direção levar-te-á à catedral ou à Praça da Europa.
Catedral de Zagreb:
Fomos pelo caminho que nos levava até a Catedral. Primeiro terás de subir um pouco e isso demora cerca de 3 a 4 minutos desde o centro da Praça principal até a praça em frente à Catedral. A primeira coisa que vais reparar na esquina, é o modelo da cidade velha e do centro de Zagreb, de Gradec e Kaptol e dos arredores. Se fores fã de modelos (ou "maketa" como diríamos) então eu recomendo a que faças uma pausa e pares por alguns minutos. É um modelo magnífico e tem muitos detalhes. Ouvi dizer que houve alguém da minha Escola de Design que participou na realização deste projeto. Há também uma bola de metal na esquina, com inscrições em diferentes línguas, todas a dizer a palavra "bem vindo".
Continuando a ir em frente, passamos pela Rua que dá para Dolac e para o restaurante grego. E agora, finalmente, já estás em frente à catedral!
Provavelmente irás reparar em algumas bandeiras que representam o Vaticano e outra coisa também (se bem me lembro). Exceto pela enorme catedral, onde há paredes que sobreviveram desde a era medieval e que te fazem lembrar o estilo românico e renascentista, especialmente devido à forma do topo das torres.
A Catedral de Zagreb tem duas torres que ainda estão em construção. A verdade é que elas estão em construção desde que o grande terremoto atingiu Zagreb, no final do século XIX, quando a metade da cidade estava em ruínas e a Catedral teve que ser reconstruída (o nome do arquiteto austríaco, que é algo de extrema importância, é Herman Bolle). Inicialmente a igreja era românica e do estilo renascentista, sendo muito diferente antes de se ter dado esta catástrofe. As suas origens e padrões eram da época medieval. Também já foi destruída quando os hunos/mongóis com a Atila invadiram a Europa e chegaram até Zagreb (mas foram parados na costa). Após o terremoto, o arquiteto decidiu refazer a Catedral em estilo neogótico, porque era uma tendência popular há 100 anos atrás (neogótico, neo-barroco... ). Esta catedral é também o prédio mais alto da Croácia com mais de 100 metros de altura.
Há um enorme portal, mas quando quis mostrar à Madoka o seu interior, disseram-me que não era possível porque os portões estavam fechados. O melhor é verificares online quando as portas da catedral estão abertas para poderes visitar. A entrada é gratuita. Eu fui lá algumas semanas depois, com outro amigo e, na verdade, já nem me lembrava que a última vez que tinha entrado tinha sido à mais de 6 ou 7 anos, se não mesmo 10 anos atrás, ahahah. No seu interior, encontrarás um texto na parede direita onde está o enorme roteiro glagolítico e muitas outras esculturas. No final da nave é onde está o túmulo do arcebispo Stepinac.
Mas quem é que quer saber disso agora?! Em frente à Catedral há também uma fonte ou um poço com uma coluna alta e uma escultura dourada de Maria no topo dessa mesma coluna.
Por Opatovina e por Dolack, em direção à Praça Principal:
Fomos só durante um bocadinho e passamos pelo Teatro Komedija até chegar à Rua Opatovina. Depois do Teatro podes encontrar o café da Casa Tolkiens, que, claro, está decorado com os decorações sobre o mundo de Tolkien. Posteriormente fomos em direção a Dolac, onde há lojas nos dois lados, principalmente lojas de lembranças. O mercado já estava fechado e não havia nada para ver, além das estátuas de Petrica Kerempuh. Ele é o principal contador de histórias de Balads de Petrica Kerempuh, onde ele conta as dificuldades e os problemas que os croatas tiveram ao longo da história, fala sobre as regiões do Norte, e é a obra-prima de Miroslav Krleža e é um dos clássicos do século XX.
Parque Zrinjevac:
Ainda havia um pouco de sol, provavelmente menos de uma hora até chegar a noite e a escuridão. Então, eu queria ir rapidamente visitar a Rua Praška que dava para o Parque Zrinjevac e para a Estação Ferroviária Principal.
Zrinjevac é um dos lugares do centro que tens mesmo de visitar em Zagreb. Parece bonito durante todas as estações, e especialmente na primavera e no verão, é um dos meus lugares preferidos para ficar sentado na relva com os meus amigos ou então sozinho. Podes encontrar imensos jovens que se encontram ali, algumas vezes bebendo (o que mais poderia ser?! ) e tocando guitarra. Há uma fonte no meio do jardim, assim como um pavilhão, onde ao longo do ano são realizados inúmeros concertos. No inverno é um lugar bastante popular, devido às imensas pequenas barraquinhas de madeira que vendem comida e bebida, durante os feriados, e que têm música ao vivo, convidando-te a dançar.
Praça do Rei Tomislav e a Principal Estação de Comboios:
Demoras no máximo cerca de 7 a 8 minutos, desde a praça principal até à estação principal. Depois há uma zona verde no caminho por ai. Zrinjevac é na verdade o início de uma zona urbana (ainda não terminada), que se chama "a ferradura", e que inclui diferentes parques (Zrinjevac, Praça do Rei Tomislav, Jardim Botânico e a zona do Teatro Nacional) e essa é a forma que se vê de cima. O nome deste projeto é "ferradura Lenucci". No caminho para a Praça do Rei Tomislav irás passar pela Academia Croata das Ciências e das Artes e depois verás um terreno rebaixado (sob o nível da estrada) com mais fontes e bancos para se sentar. Esta é a zona ao redor da praça do Rei Tomislav e é muito popular no verão, porque é onde muitos estudantes e turistas se deitam na relva e nas debaixo das sombras das árvores.
Aqui está a estátua do Rei Tomislav (primeiro rei croata, do ano de 925, que uniu o Reino da Croácia, desde o sul de Sava, com a região da Pannonia e a Eslovénia moderna). Do outro lado da estrada está a principal estação ferroviária (Glavni kolodvor) que foi construída no século XIX e é um dos exemplos típicos do estilo austro-húngaro.
Se olhares para o teu lado direito, irás ver o hotel Esplanade, que também tem cerca de 100 anos e que é considerado um dos hotéis de elite. Na verdade, foi construído com um propósito específico. Como está localizado perto da estação ferroviária, seria para receber os diplomatas estrangeiros e importantes convidados políticos que chegariam à estação de Zagreb. Claro, depois de tantas décadas isso mudou. Agora pode ser um dos hotéis mais caros (para os nossos padrões) em Zagreb. Eu nunca estive em nenhum dos quartos, mas tive a oportunidade de entrar pela porta principal já por duas vezes este ano, quando meus amigos estrangeiros estavam de visita a Zagreb.
Falando sobre a "Ferradura de Lenucci's", logo a seguir ao Hotel Esplanade, há o Jardim Botânico de Zagreb, que está fechado durante o inverno e aberto para os visitantes a partir da primavera. A passares por ele, passarás também pelo Arquivo do Estado e depois chegarás à Rua Vodnikova e a partir dai também à rua Savska.
Se bem te lembras, há algum tempo escrevi sobre meio minuto a mudança súbita na paisagem urbana - se atravessarmos a estação ferroviária principal, atualmente, reparamos que a arquitetura antiga desapareceu de repente e que agora vemos a arquitetura do realismo social, o que provavelmente não te irá impressionar.
Regressando a casa para jantar com os meus avós e preparar-nos para amanhã:
Apanhámos o comboio e fomos até casa dos meus avós, que fica perto de Jarun, agora já com fome, e quando chegámos ali tinhamos o nosso delicioso jantar. Chegou o momento de voltar para a parte nova de Zagreb, para o nosso apartamento, para arrumar as coisas e para a Madoka se prepara para amanhã, pois era o seu último dia em Zagreb, e agora ela ir para a Eslovénia, durante 10 dias, onde ia ficar com um família anfitriã.
Infelizmente, não houve tempo suficiente para visitar o Jarun ou o Maksimir, mas em apenas numa tarde e noite, cerca de 3 horas, conseguimos ver quase tudo no centro e na parte nova da cidade, e conseguimos não estar a morrer de exaustão, porque também estava imenso calor. Deixamos tudo isso para a próxima vez. :-)
Altura de dizer "sayounara":
E aqui vamos nós. Depois do pequeno almoço, regressámos a casa dos meus avós para almoçar. Deixamos todas as malas na nossa casa, porque não queríamos estar com preocupações de as carregar de um lado para o outro. E ainda queríamos ter tempo de tirar algumas fotografias e depois poderíamos sair sem pressas, não querendo perder o autocarro.
Voltámos ao apartamento, para buscar as coisas, e depois fomos para a linda estação de autocarros. O autocarro chegou 15 minutos antes, confirmei com o motorista se estava tudo bem, e pedi-lhe para avisar a Madoka qual era a estação certa para sair, não indo ela sair na errada. Esperava-lhe uma viagem de cerca de 3 a 4 horas (não é muito tempo, para algumas pessoas pode ser uma grande chatice, ahaha). Altura de dizer "arigatou gozaimashita" e "sayounara". Tirar a última selfie em frente ao autocarro e foi isso.
Tivemos uns impressionantes 10 dias e espero que ela tenha gostado da viagem pela Croácia, mais precisamente pela costa da Dalmácia, dos lugares importantes e, no final, da capital. Aprendi muito e fiz também novos amigos.
Obrigado por terem lido!
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