Vida citadina: uma casualidade única de estranhos!

Já está mais frio e as montanhas já estão cheias de neve. Do meu apartamento pode-se ver à distância, a rodearam a cidade como se fossem gigantes. Deve ser lindo aqui. Então é altura de explorar, tirar o meu snowboard da arrumação e ir fazer sky numa das encostas da montanha.

As luzes da cidade de Vancouver agora deram-me uma sensação de casa. Sozinha numa cidade já não me sinto assim tão sozinha. Mesmo quando as pequenas luzinhas são distantes, a casa que estão a metros de distância. Milhares de pessoas na mesma cidade, a lerem livros, a fazerem sexo, a discutirem e a rirem-se. Todas na sua própria união, umas em cima das outras, literalmente. Todas as camas, umas em cima das outras. Todas estas emoções num só apartamento. É fascinante. Se pudéssemos ver a energia, existiria coloridas radiações dançando por cima do edifício, a iluminar o céu.

Vida citadina: uma casualidade única de estranhos!

Uma cidade é um sítio vibrante, onde muitas vidas se juntam.Como é que todas estas pessoas chegaram ao mesmo lugar? As suas histórias de vida, de algum modo acabam todas no mesmo lugar, em Vancouver. Momentaneamente, claro, porque as pessoas estão sempre a mover-se de um lugar para o outro. Através de terminar relações, euforia de sentimentos, cansaço, orgulho, é interessante que as pessoas possam viver juntas e que tenham tantas emoções, é interessante que os focos de ódio imenso entre pessoas não sejam uma ocorrência diária (pelo menos não nos dias de hoje em Vancouver). E resulta, porque as pessoas estão condicionalidades a viverem com as regras básicas da sociedade, criado através do tempo para canalizar essas emoções.

Inconscientemente, nunca gritamos demasiado alto no autocarro, não damos peidos enquanto falamos com desconhecidos e todos pagamos o bilhete de autocarro todas as manhãs para o nosso trabalho. Temos uma atitude boa ("goody-goddy") por alguma razão; é um instinto básico de sobrevivência. Desde que consigamos evitar conflitos, aprendemos que assim estamos seguros. Para além de que, na nossa sociedade, é visto como algo bastante positivo quando mantens a calma. Dá-te um estatuto elevado. Esta ideia é eterna para o ser humano; se não tivéssemos aprendido estas regras básicas, estaríamos a gritar uns com os outros e a cidade estaria cheia de lixo, como se fossemos todos uma cambada de porcos não domesticados.

E esta é a razão pela qual 610. 000 pessoas conseguem viver em comunhão em Vancouver, sem haver demasiados confrontos. As pessoas são como ovelhas, e todos vamos na mesma direção. Alguns gostam de manter a cabeça levantada, e de falharem ou de serem sucedidos.

Todas estas pessoas, nos seus pequenos cubículos, nos seus grandes palácios e casas, todas a tentarem fazerem algo. Com a nossa banalidade, somos de algum modo uma única combinação de genes. E é isso que nos torna pessoas originais. Mas é isso que também nos torna únicos, sermos únicos na nossa unidade.

Para continuar...

Créditos da imagem: VirtualReality, Pixabay.


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