5 Ideias para matar saudades de casa em Erasmus!

Publicado por flag-pt Ana Carolina Helena — há 4 anos

Blogue: Dolce Milano
Etiquetas: Conselhos Erasmus

O Erasmus é um período de enorme enriquecimento académico mas também um grande desafio pessoal. É provavelmente para a grande maioria dos alunos a primeira vez que se vivem tantos meses longe da família. Nos primeiro tempos, com tantos desafios e actividades que nos ocupam o tempo, as saudades passam mais despercebidas, mas uma vez fixada a rotina, nem sempre é fácil aguentá-las. Nada que alguns miminhos não possam ajudar a "fixar" esse problema. Eis aqui algumas ideias para continuar "presente" na vida que deixámos para trás e "matar" a necessidade de consolo nos momentos mais tristes e durante os desafios mais difíceis - sim, porque Erasmus não são só maravilhas!

1 - Skypar com frequência

Esta é um tanto ou quanto óbvia mas, claro, extremamente útil. O Skype permite ver e ouvir os nossos entes mais queridos em tempo real. É uma boa forma de manter o contacto diário e não deixar de partilhar os momentos mais importantes do nosso quotidiano. Tem ainda a possibilidade de fazer uma chamada de grupo - o que extremamente útil para fazer uma reunião cibernáutica com os restantes colegas nos restantes destinos de Erasmus, por exemplo.

Não esquecer também, que o Skype tem outras possibilidades que podem ser muito úteis. O sistema de chat permite deixar pequenas lembranças que podem fazer alguém do outro lado acordar com um sorriso. Deixar uma mensagem versão vídeo também é uma excelente opção em caso de dificuldade em compatibilizar horários para conversar.

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2 - Escrever cartas

Um método tradicional mas que na minha opinião não deve ser esquecido de todo já que é uma maneira muito mais pessoal de mandar as nossas memórias àqueles de quem mais gostamos. Eu, por exemplo, desde que estou de Erasmus comprometi-me comigo própria a escrever uma carta todas as semanas à minha família e a uma amiga próxima. Mostra empenho e carinho por aqueles de quem gostamos mas que não estão fisicamente perto. Nem todos os dias são de alegria, como disse, por isso, enquanto se prepara estas pequenas lembranças, partilha-se, mesmo que à distância um pequeno momento com quem está do outro lado, mesmo não estando fisicamente perto.

As cartas têm também outra vantagem: são físicas, vão ficar. No dia em que voltar para casa, a minha mãe tê-las-á todas guardadas e serão, também para mim, um bela memória daquilo que vivi, experimentei e senti durante estes meses.

Uma opção às cartas, ideal para quem está com tempo contado ou para aqueles que não são muito bons a expressar-se através da escrita, são os postais. Logo no início, mal cheguei a Milão, fui comprar um postais - diferentes para todos, consoante os gostos e os interesses - e enviei com uma breve mensagem. As capas são bonitas e há até quem me tenha dito que estão agora a decorar a cozinha, presas com um iman ao frigorífico da cozinha.

Para quem gosta, outra boa sugetão é também coleccioná-los e guardá-los numa pequena caixinha ou utilizá-los para decorar o quarto de intercâmbio, que tende a ser sempre tão frio e impessoal. No fim, são memórias que não coupam muito espaço, são facilmente guardadas na mala e transportadas para Portugal.

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3 - Preparar lembranças

Outra excelente ideia é preparar, ao longo do semestre, um pequeno cabaz com objectos simbólicos e icónicos deste período, para levar de volta aquando da reunião familiar e com os amigos. Lembrarmo-nos dos nossos e trazer um pequeno chocolate daquela terriola que até fica perto do sítio em que estamos a fazer de Erasmus para levar no Natal é um momento de lembrança saudosa e, pelo menos para mim, reconfortante.

Por exemplo, tenho um colega a fazer Erasmus em Bologna e que até vejo com alguma frequência por estarmos em cidades próximas. Da última vez que cá esteve em casa, em Milão, estava de partida para Lisboa para uns dias com a família e os amigos no nosso querido Portugal. Perguntou-me qual era a especialidade gastronómica típica de Milão e eu respondi-lhe em conformidade. O meu colega queria saber porque desde Setembro - altura em que começou esta bela aventura em Itália - tem coleccionado um pequeno objecto ou especialidade gastronómica típica de cada cidade porque tem passado para criar um cabaz para os tios e oferecer no Natal. Trazer um pouco do Erasmus à família e amigos e fazê-los também "viajar" nas nossas memórias e aventuras.

4 - Fazer algo que se costumava fazer junto

Outra coisa que descobri que também me ajuda a "matar" saudades é não deixar de fazer actividades que costumava fazer com pessoas muito queridas como a minha mãe e um ou outro amigo mais próximo, mesmo que sozinha.

É um momento de evasão, de relaxamento de toda a pressão de tanta informação nova e solicitações constantes. Eu, por exemplo, gostava imenso de ir à praia no Inverno com a minha mãe e só ficar a ver o mar e as ondas a rebentar na areia. É uma memória bonita que tenho com ela e que guardo sempre no coração quando dela estou longe. Aqui em Milão, não há mar - e se ele me faz falta - mas existe o Navigli, a maior mancha de água próxima do centro da cidade. Assim, quando me sinto mais em baixo ou com saudades da minha mãe, levanto-me cedo e mesmo antes das aulas, vou até lá, sento-me no cais e fico a observar, a ler um livro ou a tomar qualquer coisa. Sinto uma melancolia boa!

5 - Sair da zona de conforto

Se é bom recordar, também é fundamental não ficar preso ao que ficou para trás. A experiência de Erasmus não se volta a repetir - como grande maioria das experiências na nossa vida - e é uma grande chance de nos reinventarmos e de adquirimos novas competências.

Claro que será necessário sair muitas vezes da zona de conforto, forçar uma conversa numa língua que nos é estranha e na qual ainda não nos snetimos confortáveis, mas no fim tudo vale a pena, por uma experiência mais completa, sem remorsos. Uma experiência que abraçámos totalmente. Conheço muitos casos de estudantes cuja cabeça ficou em Portugal, que constantemente comparam a sua vida no país de origem com a actual - geralmente em destrimento da segunda... As diferentes experiências e etapas da nossa vida devem ser encaradas como complementares. Geralmente não há pior e melhor, só diferente. Uma mudança de perspectiva torna, geralmente, uma experiência que à partida em parece muito promissora, numa experiência irresistível, que todos os dias nos desafia e nos faz ser pessoas melhores, mais completas e mais "ricas".


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