Chegada à Roménia
Cheguei à Roménia no dia 27 de janeiro. Longa, longa viagem. De Porto a Lisboa e de Lisboa a Bucareste, no total fiz quase 8h de voo. Foi um dia muito cansativo. Mas sobrevivi.
A minha primeira impressão da Roménia não foi muito boa. Sabia que era um país mais pobre e com culturas e tradições diferentes e que por isso a minha adaptação poderia não ser assim tão fácil.
Apenas vim com um amigo meu. Somos apenas 2 a fazer Erasmus em Pitesti. Mas o meu namorado veio comigo na primeira semana. Afinal fazia anos no dia 30 (só estava aqui há 3 dias) então para passar este dia comigo e para me ajudar com a adaptação inicial ele fez-me uma surpresa e veio comigo.
Não tínhamos quase nada planeado quando chegamos a não ser ver casas. A faculdade aconselhou-nos a não ir para a residência e aconselharam-nos a arrendar uma casa. Assim, o nosso primeiro objetivo era arranjar casa, não podíamos ficar na rua.
Quando chegamos eram 5h da manhã. Não sabíamos muito bem para onde ir a esta hora. Decidimos alugar um carro e após isso fomos para o centro de Bucareste dar uma voltinha. Entre sair do avião, buscar as malas, alugar o carro, tomar o pequeno-almoço, chegamos perto das 8h ao centro de Bucareste e passeamos um bocadinho por lá para fazer tempo. Do pouco que conheci, gostei da cidade!
Mas dou-vos um conselho: Não aluguem nem conduzam em Bucareste! O pessoal aqui é completamente maluco a conduzir, é preciso ter imenso de cuidado! Eu não me metia noutra.
De seguida, fomos para Pitesti. Fizemos uma viagem de 1h30, aproximadamente 120km.
Quando chegamos fomos ver casas, queríamos desesperadamente arranjar casa, caso contrário não saberíamos o que fazer. Vimos apenas 2 casas. Uma rejeitou-nos porque só precisávamos para 3 meses e os donos queriam contrato a longo prazo. Mais um entrave! Tivemos muita dificuldade em arranjar casa por esse motivo, a maioria só queria contratos a longo prazo.
O pior depois aconteceu: Tentaram enganar-nos. Encontramo-nos com um agente de uma imobiliária que disse que tinha uma casa para irmos ver. Disse que era um T2 por 300€, 150€ de comissão para a agência, mais 200€ por mês em despesas. Dissemos imediatamente que não. 200€ era muito dinheiro para pagar em despesas. Nem no Porto que vivo com 4 pessoas pago um valor tão elevado. Mas o senhor e a sua mulher fizeram a questão de nos tentar convencer com a conversa do aquecimento, que iríamos ver que noutras casas podíamos pagar bem mais que esse valor.
O que eles não sabiam é que conheço uma rapariga romena. Liguei-lhe, expliquei-lhe a situação e ela disse que normalmente por mês são 70€ em contas. Ela falou com o tal senhor, não sei o que lhe disse, mas após isso o senhor pediu-nos desculpa e reconheceu que realmente era um valor demasiado elevado.
Acabamos o dia sem casa. Passei a minha primeira noite num hotel. Estava preocupadíssima. Ainda por cima com burlões destes que tentam enganar estrangeiros, quando nesta fase precisamos é de ajuda! Além disso, a cidade de Pitesti é uma cidade muito pequena, com pouco movimento, os edifícios e as ruas com mau aspeto. Estas foram as razões que não me fizeram ter uma boa impressão da Roménia.
O meu segundo dia, foi todo dedicado a ver casas. Só consegui alugar casa ao final do dia. Foi a combinação perfeita. O senhorio queria vender a casa num prazo de 6 meses e por isso só queria arrendar por curtos períodos. É uma pessoa jovem e que nos ajudou imenso. Tivemos muita sorte de o encontrar! A minha preocupação desapareceu e estava entusiasmada e ansiosa para continuar com esta grande aventura!
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