10 Artigos a comprar nos saldos de Inverno em Milão!
Tal como escrevi no post anterior, Milão é uma cidade que borbulha estilo e é povoada de individuos que se preocupam bastante com a sua aparência. Os saldos são, portanto, um acontecimento de suma importância na cidade, ocorrendo duas vezes por ano.
Os saldos de Inverno iniciam - ou pelo menos este ano iniciaram (2017) - a 5 de Janeiro, ao contrário do que acontece em Portugal, que mesmo antes da Passagem de Ano já existem artigos em saldos - se não me engano inciam por volta do dia 28 de Dezembro -, o que dá sempre jeito caso ainda não haja conjunto para a última noite do ano.
Contudo, quando começam, os saldos são a sério. As promoções são boas e nada tímidas e as pessoas não se privam, acorrendo às ruas e pululando de loja em loja, o que resulta numa grande acumulação de sacos e num pequeno buraquinho na carteira.
No entanto, para quem estuda em Milão, está de Erasmus ou não tem uma carteira tão fortunada como o tradicional cidadão, nem sempre é fácil encontrar os melhor achados. Com alguma procura e com algum trabalho é possível, claro.
O Inverno em Milão é bastante mais rigoroso do que em Portugal - em Lisboa, que é o meu caso mais próximo de comparação. Para todos aqueles, que como eu, substimaram o frio e não vieram devidamente equipados com artigos de frio suficientes e de boa qualidade, esta altura é a altura ideal para ir às lojas e abastecer-se com estes produtos por preços bem mais baratos e sem, por isso, comprometer a qualidade.
Eis alguns artigos que acho que vale mesmo a pena esperar pelos saldos para comprar e fazer algumas alterações no guarda-roupa.
1 - Gorros
O frio aperta em Milão. Para evitar doenças indesejadas - e especialmente, para aqueles como eu que são bastante sensíveis no que aos ouvidos diz respeito - nada como um gorro. Agora, não é qualquer gorro que vale a pena. É fundamental verificar algumas características antes de fazer qualquer compra. É, por exemplo, fundamental que este seja feito de um material que seja realmente quente e isolante, para que o vento e restantes agressores atmosféricos sejam verdadeiramente combatidos.
Nada como um de lã ou de qualquer outro material - os que são apropriados para a neve também são uma excelente escolha. É igualmente importante verificar se este tem o tamanho adequado ao nosso perímetro encefálico - sim, os gorros não são todos de tamanho único, geralmente variam entre o S e o L; se tapa as orelhas e a nuca. Enfim, se é confortável acima de bonito.
Muitos destes artigos são bastante caros antes dos saldos, já que são um artigo da estação e que a maior parte das pessoas só compra mesmo nesta altura. Podem encontrar preços tão surpreendentes como menos 50 % e ainda imensa escolha no que aos padrões, cores e formatos diz respeito.
2 - Chapéu
Uma opção mais estilosa do que o gorro - na minha opinião. Geralmente as raparigas tendem a arriscar mais neste artigo do que os rapazes, mas é um artigo que ode ser um excelente amigo no que ao combate ao frio diz respeito. O chapéu clássico de aba curta, em preto ou cores escuras saturadas, é uma peça intemporal e essencial no guarda-roupa de um verdadeiro milanês ou milanesa.
Ao contrário do gorro, é um artigo que torna os conjuntos gerlamente mais formais ou mais work-approppriate. Também deve ser, se possível, sempre de lã e numa cor que seja fácil de condizer com a maior parte da roupa. Nada de extravagante.
No que aos chapéus diz respeito, é mais difícil encontar muitas e variadas opções em altura de saldos. Talvez neste caso lojas de fast fashion não sejam a melhor o sítio para procurar, já que nestes artigos existe muita oferta de pouca qualidade. É muito diferente ter um chaéu de feltro e um chapéu de lã. Neste caso, a lã compensa muito mais, apesar de ser bem mais caro, vai durar muita mais tempo e ser muit mais quente. Nada pior do que um chaéu de feltro que começa a ficar gasto e "coçado" ao fim de pouco tempo.
Em Milão, existem lojas de comércio tradicional que são especializadas neste tipo de artigos, onde a qualidade é garantida. Nada como dar um "olhinho" pois os preços nestas alturas promocionais podem compensar e viabilizar uma compra que se bem pensada pode ser para a vida.
3 - Cachecóis
Continuamos em artigos do frio, mas como ja sublinhei várias vezes, o frio aperta durante os meses de Janeiro e Fevereiro aqui em Milão e tudo o que se possa encontrar para prevenir o frio, é ideal.
Lã e versões polares são boas ideias em todo o caso. Esta é também um maneira de "apimentar" o conjunto e transformar todos os dias o mesmo casaco de Inverno. Escolha à para todos os gostos: desde lisos, a listrados e nos padrões mais variados. Outras versões que variam destas são as golas e as protecções térmicas para o pescoço, sendo as primeiras mais estilosas e as segundas mais funcionais.
Eu opto por ter dois ou três bons cachecóis, em cores básicas que possam combinar com qualquer tio de roupa. Um integralmente preto ou cinzento escuro fica sempre bem e evitam lavagens muito frequentes, já que a sujidade ou ossíveis nódoas vão passar ao lado.
Os italianos do Norte não prescindem dos seus cachecóis, especialmente porque nesta altura do ano, andar de bicicleta e não apanhar uma valente constipação, exige um, em redor de todo o pescoço e meio da cara, deixando os olhos apenas à vista.
Nestes saldos, investi num, com um padrão mesclado em tons de preto e branco: não podia ter feito melhor opção!
4 - Luvas
Outro item que nunca usava em Portugal, a não ser na aldeia Natal do meu pai, perto da Serra da Estrela, onde faz frio que o justifique.
Em Milão, nesta altura do ano, é impossível estar mais do que alguns minutos no exterior sem um par de umas. Quem não tem, enfia as mão nos bolsos e reza para não ter de as tirar em breve. Sem luvas, as mãos ficam gretadas, secas e sem sensibilidade.
Este foi um investimento que levei algum tempo a fazer, mas mal o fiz, agora neste período dos saldos, comprei logo dois pares - um em pele com lã por dentro e outro em moletão e feltro com pelinho nos pulsos, ambos em preto - e fiz bem em esperar - apesar de também ter passado uns dias a pôr as mãos dentro dos bolsos, regelada - pois, fora deste período do Inverno, não se vendem luvas. Assim, os preços baixam muito, estando praticamente a metade do preço, pois as lojas querem despachar o stock disponível da colecção do Inverno em questão.
Luvas de acrílico, apesar de baratas - vendidas em algumas bancas de rua a 3 € - são um investimento curto, pois rapidamente imborbotam, se tornam "feias" e não isolam quando o frio se torna mais pesado. Algumas lojas vendem pares térmicos ou para a neve; para Milão acho exagerado, mas térmicos são sempre úteis.
5 - Calças de Ganga Mom Fit
Ou qualquer outro modelo, caracteristicamente italiano - as à boca de sino também são uma boa opção. Falo de modelos mais larguinhos, ao contrário das famosas skinny jeans, pois estes permitem ser mais facilmente adaptados à estação em questão. E perguntam vocês: "Como?". Fácil: com ou sem collants, com ou sem meias de lã até ao joelho.
Ainda não comprei um único par de calças porque mesmo antes de vir me lembrei de colocar um par na mala. Assim, durante o primeiro mês, usei-as e agora, no período de Inverno, continuo a fazê-lo, com tudo o que puder quentinho or baixo, sem parecer um "saco de batatas".
Por Milão, especialmente as senhoras, tâm calças de todo o tipo, imperando, por vezes um estilo meio masculino, que rompe com o domínio das skinny. São calças práticas que a meu ver só têm vantagens, por poderem ser reinventadas e usadas em várias ocasiões - são ainda mais ráticas do que as skinny para andar de bicicleta.
6 - Camisolas Térmicas
Nada como ir a uma loja de desporto para esta! O estilo milanês de Inverno poderia ser descrito como estar o mais quente e confortável possível mas em estilo. Para evitar empilhar camisolas e camisolas umas em cima das outras até estar completamente isolado do frio, nada como uma camada fina interior que condense todo esse trabalho e nos permita uma camada mais fina por cima.
Tal como as camisolas, também há leggings, que funcionam quase como uma segunda pele, muito fina, num material respirável, que funciona quase como uma base para aquilo que vem por cima.
A parte boa é que bastam apenas dois conjuntos básicos, numa cor escura, como o preço, para ver a situação resolvida. Estas peças são extremamente funcionais e funcionam igualmente como pijama, em caso de viagem e bagagem limitada.
7 - Bandana de Lã
Outro substituto dos chapéus e dos gorros, mas em versão mais estilosa. Tapar, só tapa as orelhas, mas se for de um bom material, funciona da mesma maneira e é tão ou mais eficaz que os restantes.
É muito usado pelas raparigas e jovens mulheres aqui por Milão. É uma peça barata e que pode dar alguma alegria a um conjunto mais básico e monocromático de Inverno. Pessoalmente, não tenho nenhuma em Milão, mas tive uma em Lisboa e apesar de não a utilizar muitas vezes devido à sua cor, gostava imenso do efeito e voltaria a comprar.
Para além do mais, é uma peça que não ocupará praticamente nenhum espaço e que não terá de ficar para trás no final do período de Erasmus. Igualmente compacta para ir dentro da mala ou de um bolso, em caso de necessidade não esperada de nos protejermos do frio.
8 - Collants
Na sequência de pontos anteriores, claro, Os collants são uma peça unisexo - sim, rapazes, nada como usarem também para ser manterem quentes. Existem nas mais variadas cores e feitios, desde os mais básicos a alguns com desenhos e padrões mais complexos.
A oferta é mais que muita tanto em lojas de fast fashion como nos mercados que estão espalhados pela cidade. As italianas gostam de por vezes torná-los no centro das atenções e usar cores mais garridas, como laranjas, amarelos torrados e verdes tropa, combinados com outras peças mais neutras.
Por vezes, fico espantada como com temperaturas bem próximas do zero, vejo collants fininhos, transparentes, de densidade 20. Dá-me logo um arrepiozinho de frio, só de ver.
Os collants, para todos os efeitos, são uma excelente ferramenta, não só para dar um toque novo aos conjuntos num guarda-roupa de Erasmus mais limitado e uma excelente ferramenta de combate contra o frio.
9 - Meias
Se tivesse de escolher uma peça de roupa ou acessório que de certa forma fosse o porta-estandarte da moda milanesa seriam as meias. A arte de vestir o tornozelo tem muito que se lhe diga aqui por estes lados. É dada muita atenção a este pormenor, o que é, no mínimo, sui generis.
Existe, por tanto, muita oferta e muito onde nos inspirarmos - no street style, claro. Geralmente as escolhas são vibrantes, coloridas e não desprestigiam o frio. Escolher lã, mais uma vez, de modo a que esta parte do corpo não regele.
Brilhos e pequenos padrões podem ser boas ideias. Eu compro as minhas em feiras e em lojas locais onde tenho menos probabilidade de encontrar alguém com um a ar similar e, para além do mais, contribuo para a economia local.
10 - Peças caras
Os amantes das grandes marcas de luxo, mas cujas carteiras não são assim tão recheadas, têm nesta altura do ano a oportunidade de comprar a peça dos seus sonhos por um preço muito mais módico e não tão assustador como os 3 ou mais dígitos que costumamos ver nestas etiquetas.
Gucci, Pradas e afins, não são de todo acessíveis, muito menos pertencentes à cultura dos saldos, mas nada como estar atento, pois nunca se sabe quando é que a mala intemporal querida há já muito anos vai finalmente ficar acessível.
Como conclusão, é muito importante lembrar que, acima de tudo, é fundamental ser estratégico e comprar de uma maneira responsável e reflectida. Não só para facilitar a nossa vida - ninguém quer quilos e quilos de roupa para arrumar, lavar e passar a ferro - como também devemos ser sensíveis à preservação do meio ambiente e dos ecossistemas. Apostar em segunda mão ou em peças com uma produção consciente, é a melhor forma de o fazer. Boas compras para todos.
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