O que ver em Malta

Olá mais uma vez!

Hoje quero falar-vos da minha viagem a Malta. Este arquipélago é composto por três ilhas: a principal chamada Malta e outras duas ilhas mais pequenas, Gozo e Comino.

Tivemos a sorte de poder visitar as três lhas, já que a nossa viagem durou cerca de cinco dias. Mesmo assim, tenho a dizer que ficaram coisas por visitar, apesar destas três ilhas não serem demasiado grandes, têm muito que oferecer.

Neste post vou falar de Malta, a ilha mais famosa e também a mais povoada das três. De facto, é um dos países da União Europeia com maior densidade populacional. À visita desta ilha dedicamos quatro dias.

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Há muitas curiosidades sobre este país. A primeira, uma que me dei conta quando saímos do aeroporto e apanhamos um táxi até ao nosso apartamento e que me chamou muito à atenção, é que neste país conduz-se pela esquerda. Eu nunca tinha estado em Inglaterra e, por exemplo, pareceu-me muito estranho porque era a primeira vez que ia num carro e via como entravam nas rotundas em sentido contrário (ao que estou habituada).

Para além disso, fiquei com a impressão que conduzem bastante à loucos e lembrou-me da minha viagem a Roma e Florença, quando fiquei surpreendida como as pessoas conduziam.

Malta foi uma colónia britânica durante quase dois séculos, até ao ano 1964, daí o inglês (juntamente com o maltês) ser o idioma oficial. Esta influência pode notar-se perfeitamente também na sua arquitetura, onde saltam à vista as varandas dos edifícios.

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Outra coisa que este país tem e que atrai especialmente os turistas, é o seu bom clima já que, ao ser um país pertencente à União Europeia e situado mais a sul, beneficia de um clima estupendo com muitas horas de sol.

Isso mesmo, pode chegar a ser conveniente em meses como julho e agosto, na altura de visitar a ilha. Nós fomos em maio e a verdade é que considero uma boa época para viajar para Malta, pois irão usufruir de bom tempo, sem calor excessivo, e a ilha ainda não estará sobrelotada de turistas.

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Para deslocação, aconselho utilizar os transportes públicos, já que, embora não sejam muito rápidos, há bastante frequência e diferentes linhas que levam praticamente a todos os cantos da ilha. Também se pode alugar carro, mas a ilha é bastante pequena como mencionei, sendo assim, de autocarro não se demora demasiado tempo a chegar a pontos diferentes da ilha.

Ficamos hospedados na zona de St Julians por um preço muito baixo, num apartamento que encontramos no Booking. Éramos quinze amigos no total, por essa razão, dividimo-nos em dois apartamentos bastante grandes que estavam um em frente ao outro. Vou falar-vos primeiro desta parte da cidade.

St Julians

Esta zona da ilha encontra-se a norte da capital, La Valleta, da qual vos falarei depois. St Julians junto com Paceville são os lugares de excelência relativamente à vida noturna e comercial de Malta.

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É certo que não considero esta zona a mais bonita da ilha, mas está bem localizada para te deslocares pela ilha e conta com bastantes alojamentos, restaurantes, etc.

Além disso, nós queríamos saber como era a vida noturna de Malta, e para isso necessitávamos de alojamento num lugar que nos permitisse voltar a pé ao apartamento, já que à noite só funcionam os transportes públicos.

Sair à noite em Paceville

Como mencionei, aqui em Paceville é onde se concentram num espaço não demasiado grande, todas as discotecas, pubs, restaurantes, etc. É por esta mesma razão que esta é a parte da ilha com mais ambiente. Além do mais, o bom é que não só há gente jovem a sair à noite, mas também podes encontrar gente de todas as idades e todo o tipo de locais com música para todos os gostos.

Recordo que passamos a noite a saltar de discoteca em discoteca e que praticamente todos os lugares eram grátis, o que foi uma vantagem.

Passear pelo porto piscatório

Mas isto não é o único que St Julians pode oferecer, também se pode contar com um bonito porto piscatório, rodeado por grandes hotéis de luxo e outras construções.

Nós costumávamos ir a um restaurante chamado Surfside Bar que estava junta à costa e tinha uma vista de luxo. Além da comida ser deliciosa e também tinha ofertas de coquetéis para desfrutar de uma bebida refrescante enquanto se usufruía da vista.

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Também desde lá, era possível descer até ao mar e dar um mergulho. Para tal, há poucas praias, já que é uma zona rochosa, desse modo, não é ideal levar uns escarpins. Também recomendo ter cuidado, porque quando fomos ao mar, estava bastante bravo e não era seguro entrar com as ondas a rebentar com tanta força.

Ficamos a apanhar sol perto de umas pequenas piscinas naturais onde, de vez em quando, nos refrescávamos.

Se procuram uma praia com areia, podem ir à St George Bay, apesar da areia ser artificial.

O património cultural

Isto não é tudo, apesar de ter dito que esta zona não se destaca especialmente pelo seu património cultural, ainda existem alguns cantos que vale a pena visitar, que contrastam com o resto dos edifícios da cidade, como a Igreja da Nossa Senhora do Monte Carmelo, a mais importante desta zona. Para a encontrar basta caminhar ao longo do passeio marítimo.

Também recomendo visitar a Torre de St Julians, um pouco depois da Igreja, já que se trata de uma importante torre defensiva. Outro edifício importante é o Palácio de Spinola, que atualmente é a sede da Assembleia Parlamentária do Mediterrâneo.

Os arredores

Muito perto de St Julians encontra-se Silema, que se destaca principalmente pelo seu porto marítimo, donde se obtém umas boas vistas da capital maltesa La Valleta. Portanto, tanto St Julians como Silema estão perto da capital, uma cidade que não podem perder por nada deste mundo.

Desde St Julians pode apanhar-se um autocarro que vos leva diretamente à capital, em cerca de 30 ou 40 minutos. Enquanto que partindo de Silema demora menos tempo, cerca de 20 ou 30 minutos e também há a possibilidade de ir de ferry, embora com menos frequência.

Tal que, cuidado ao voltar, pois quando nós acabamos de visitar a cidade e nos dirigimos de novo a estação de autocarros para voltar ao nosso apartamento em St Julians, encontramos uma fila enorme. Por sorte, apesar de não podermos entrar no primeiro autocarro, passado 10 minutos passou outro e, apesar de apertados, pudemos entrar.

La Valleta

Vou então falar-vos da cidade de La Valleta. Embora seja a capital, não é demasiado grande e pode ser percorrida perfeitamente em alguma horas, de facto, nela apenas residem 8.500 pessoas.

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Chama a atenção, pois está completamente amuralhada, já que devido à sua localização no mar Mediterrâneo, Malta sempre foi um lugar estratégico e, pela mesma razão, tinha que se defender dos inimigos.

Esta cidade foi declarada Património da Humanidade pela Unesco em 1980 e é perfeita para passear e perder-se pelas suas muitas ruas estreitas, cheias de varandas pitorescas que tanto caracterizam este país.

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Aliás, ao caminhar por ela, vão se surpreender com a quantidade de praças, igrejas, palácios e estátuas que encontrarão pelo caminho. Não se podem esquecer da sua rua principal, A República.

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A cidade conta com muitas atrações, mas não podem perder a Catedral de São João, pois tem um interior impressionante e alberga quadros muito importantes de Caravaggio. Para além disto, é uma cidade muito animada e tem um monte de praças onde se pode parar para tomar um café.

Antes de sair da cidade, subimos a uma espécie de telhado na costa, onde pude observar estás vistas.

Popeye Village

Na nossa visita a Malta visitamos esta pequena aldeia fictícia onde foi feito o filme do Popeye em 1980. Encontra-se na zona norte da ilha de Malta e como podem imaginar, foi criada especificamente para a filmagem deste filme.

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Atualmente é utilizada para realizar diferentes atividades destinadas tanto a crianças como adultos, é como uma espécie de parque temático.

Tem que se pagar 15€ para entrar e a verdade é que, apesar de gostarmos do lugar e nos divertirmos (e ainda ficava situado numa zona de águas turquesa muito bonitas, onde aproveitamos para tomar um banho, etc. ) o preço parecem-me excessivo para aquilo que é.

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Recomendo a visita para quem tiver bastante tempo, mas se só têm uns dias concretos para visitar a ilha, na minha opinião é melhor dedicar o tempo a explorar a ilha a fundo e descobrir bem o seu património cultural e natural.

Marsaxlokk

Esta aldeia costeira a sul de Malta caracteriza-se pelo seu porto, onde chega a maior parte do peixe que se consome em toda a ilha. De facto, é a pesca a marca desta aldeia, sem dúvida, pois está repleta de barcos de pesca típicos do país chamados Iuzzu que se caracterizam pelas suas cores e também conta com numerosos restaurantes, onde podem provar o peixe.

Perto desta aldeia enconta-se o próximo lugar de que quero falar, portanto, pode ser uma boa ideia para planear a vossa rota e visitar durante a manhã Marsaxlokk e a seguir passar a tarde em Peter’s Pool.

Peter’s Pool

Como vos expliquei quando falei da zona de St Julians, Malta não é um país que se caracteriza pela sua quantidade de praias de areia, já que grande parte da sua costa é rochosa. No entanto, as que tem são lindas, de águas transparentes e turquesa e areia dourada ou até vermelha em alguns casos.

No entanto, ás vezes não é preciso praia para desfrutar de um bom dia na Costa e no mar. Peter’s Pool é um bom exemplo já que se trata de uma zona de banho sem areia e é possível apanhar sol, atirar-se à água no buraco que fazem as rochas, como se formassem um U. Se não te atreves, podes simplesmente desfrutar do lugar e as suas águas cristalinas e observar as pessoas a mergulhar, é todo um espetáculo.

Há outras cidades e cantos da ilha maior de Malta que vale a pena visitar como Rabat e Mdina, o Blue Grotto, um lugar lindo. Porém, nós nos dias seguintes da nossa viagem dedicamo-nos a conhecer as ilhas de Gozo e Comino, das quais vos falarei no meu próximo post.

Mais uma vez, espero que tenham gostado e como sempre, obrigada por lerem.


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