Day 4. Today I cried

Hoje chorei,

e chorei porque vi a verdadeira pobreza.
Porque senti tristeza no mais profundo de mim.
porque me escondi quando o estômago já fazia barulho.

porque ESCONDI-ME para comer a sandes que levava na mala. 
Confesso que pensei duas vezes até que ponto a deveria comer e perante toda a realidade que vivia, se haveria sentido em fazê-lo.

porque há pessoas que comem até à exaustão,
porque há pessoas que comem o razoável,
porque ha pessoas que comem para serem saudáveis,
porque há pessoas que comem o indispensavel para aguentar o dia
porque há pessoas que comem um simplre iogurte ao almoço (nada mais há)
e porque ha pessoas que simplesmente NÃO COMEM.

Essas pessoas sao crianças,
Essas crianças estão comigo, essas crianças olham-me nos olhos, essas crianças falam-me e essas crianças, que sofrem, existem mesmo.
Eu juro que vi isso.


Hoje irritei-me,
e irritei-me pelas pessoas e pela situação,
porque me senti descontente com o que se passou.
Foram momentos dificeis apesar de suportáveis.
Mantenho-me forte,
Sempre pensei chorar, sempre esperei estes momentos menos belos,
e agora Vivo-os, aproveitando-os para crescer.

Hoje sinto que vivi muito,
hoje sinto que explorei caminhos, 

vi as paisagens mais bonitas e surpreendentes.
sorri,
dancei,
cantei,
tive conversas únicas, que valeram a pena
e ainda me senti Feliz.

E por fim, 
no fim deste dia cansado,
fiz descobertas,
tentei minimizar imperfeiçoes,
tentei mudar o errado para o certo,
tentei ajudar e transformar.

Espero que faça a diferença.

Como sempre pensei:
haveriam muitos desafios a enfrentar
haveriam muitas imagens para ver,
haveriam lágrimas para cair,
haveriam sonhos,
e momentos que valeriam a pena por tudo.


E POR esse TUDO
Hoje senti que cresci mais um pouco,
enquanto Homem, enquanto cidadã, cada vez mais forte.

Vila das Pombas, 6 agosto, 4.36am

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