Museu do Terror "Gulag"
Sala do museu dedicada ao Gulag
Tudo o que aconteceu aos prisioneiros húngaros instalou-se nas campanhas de limpeza étnica, internação e aquisição de trabalho forçado iniciadas nos anos vinte e continuaram durante a guerra na Europa.
Levaram a população húngara em duas fases. Primerio colocaram a população civil a fazer trabalhos forçados.
A segunda fase surgiu como uma resolução, chegou a 16 de dezembro de 1944 pelo órgão central da União Soviética, o Comité de Defesa do Estado. A resolução divulgou a mobilização de cidadãos alemães válidos, mas afetou toda a sociedade húngara. Documentos disponíveis comprovam que as autoridades soviéticas locais tinham que tomar um certo número de prisioneiros. Assim, nas áreas onde não havia residentes alemães, eles levaram pessoas com nomes parecidos aos dos alemães e eventualmente pessoas com nomes húngaros. Para preencher a cota, eles mobilizaram freqüentemente adolescentes menores de 18 anos e até mesmo homens com mais de 60 anos. Havia deportações em massa na Subcarpatia, na Transilvania e na Eslováquia. Considerações políticas também desempenharam um papel importante nas deportações. Os órgãos de segurança do Estado soviético removeram todos os que consideravam potencialmente perigosos para uma aquisição comunista. Foi assim que os ex-líderes políticos, ministros, deputados, embaixadores, oficiais do exército, sacerdotes e professores acabaram nas prisões soviéticas e nos campos de trabalho forçado. Raoul Wallenberg, o diplomata sueco, que salvou a vida de milhares de judeus, foi levado para a União Soviética. De acordo com documentos húngaros e soviéticos, cerca de 130-180 mil ex-cidadãos húngaros acabaram no cativeiro soviético.
Raoul Wallenberg
(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0d/Raoul_Wallenberg.jpg)
Os cidadãos húngaros abduzidos foram levados pela primeira vez para centros de acolhimento na Húngria, depois para treinar em campos em Máramarossziget Foksányi, Brassó e Temesvár. Esses campos estavavam sob terríveis condições e muitos dos prisioneiros morreram. Aqueles que sobreviveram foram transportados em camiões de gado outro dos milhares de campos que constituíam o enorme gulag soviético.
(https://abrilmundoestranho.files.wordpress.com/2016/08/574f50b20e21634575082360mmw_gulag_03.png)
O sistema de concentração soviética e campos de trabalho foi organizado em 1919 com o objetivo de segregar, punir e utilizar o trabalho de todos aqueles que o regime soviético considerava inimigos. Gulag representa a administração central dos campos, mas na linguagem comum é usado para definir os campos de concentração soviéticos em geral.
Muitas pessoas morreram ao longo das décadas nos campos gulag. Houve anos em que a cota de execuções ordenadas pelas autoridades soviéticas, as condições desumanas, as 10-12 horas de trabalho árduo, a fome e o clima gelado, fez com que morressem milhões. Os prisioneiros trabalhavam em minas, em construções rodoviárias e ferroviárias em más condições, com a comida racionada e vestuário inadequado.
A guerra serviu como uma boa oportunidade da União Soviética para reabastecer as suas reservas de mão-de-obra por trabalhadores forçados importados dos territórios ocupados pelo Exército Vermelho. Os prisioneiros húngaros foram dispersos em mais de mil campos diferentes. No decorrer do seu transporte, bem como devido às miseráveis condições de trabalho e de vida, cerca de 300 mil húngaros perderam a vida.
Os tribunais militares soviéticos sentenciaram vários milhares de cidadãos húngaros à morte ou a vários anos de prisão, na linguagem soviética significava trabalho forçado corretivo. No caso dos que foram executados, não houve investigação, nenhuma direção para evidência, apenas o veredicto que foi realizado sem demora. Os sobreviventes conseguiram sair da União Soviética no início da década de cinquenta. Muitos deles, no entanto, não foram autorizados a retornar às suas famílias, mesmo após terminarem a sua punição. Na fronteira da Húngria, eles foram parados pelo AVH, alguns deles foram internados, outros foram autorizados a prosseguir para casa e esses foram obrigados a manter o segredo. Tiveram que permanecer em silêncio até a mudança de regime.
O último prisioneiro de guerra húngaro, András Toma, voltou da Russia no ano 2000.
András Toma no regresso à Húngria
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