Budapeste

Sou aluna de Direito da Universidade Católica Portuguesa e fui à procura de uma oportunidade para conhecer pessoas novas, viver num país diferente e melhorar a minha capacidade de comunicar em inglês. Sendo de um curso tão restrito em termos de equivalências, apenas consegui fazer cadeiras opcionais, pelo que não usufruí dos benefícios de fazer cadeiras obrigatórias (e exigentes) lá. No entanto, foi isso que me permitiu aproveitar quase todo o tempo em saídas, visitas a outras cidades e convívio com portugueses que estavam lá também em Erasmus. A cidade é ótima para visitar, tem imensos sítios bonitos e interessantes (de interesse histórico até, já que foi palco da Segunda Guerra Mundial e por isso preserva muita cultura judia), para além de ter uma localização estratégica no centro da Europa, o que permite viajar a custos absurdamente baixos em comparação com Portugal. O custo de vida acaba por não ser muito diferente do português, no que toca a rendas e compras de supermercado (acho até que gastei mais dinheiro do que em qualquer altura em Portugal, porque acabava por andar mais tempo na rua e isso implica quase sempre gastar mais). As discotecas são incríveis, há sempre algum sítio aberto para o caso de surgirem planos de última hora, e nas festas organizadas pelo ErasmusBudapest as bebidas são muito baratos e o ambiente é ótimo, quase só de estudantes Erasmus. O ponto negativo mais evidente é, sem dúvida, a falta de empatia dos locais, incluindo a falta de esforço para perceberem inglês (mesmo em sítios como supermercados e hospitais - não aconselho a visita a hospitais públicos, é uma experiência a não repetir) que me deixou um pouco assustada no início.