Free Tour Budapeste

Esta excursão foi acerca dos judeus da Húngria. Segundo a guia turística, os judeus foram os primeiros a chegar à atual Húngria, só depois chegou o povo húngaro, foram trazidos como escravos dos romanos, pois aquele território tinha-lhes pertencido outrora.

Mais tarde o povo húngaro instalou-se na Húngria, chegaram a ter uma breve invasão dos mongóis, foram também invadidos pelos otomanos, devido a essas invasões o rei construiu o Palácio Real do outro lado da ponte, o lado de Buda, construíndo um muro à volta para que os judeus não pudessem passar, estavam por isso confinados ao lado de Peste, onde podiam viver, mas não podiam possuir propriedades.

(símbolo do muro que separava os judeus dos húngaros)

Os húngaros precisavam dos judeus nas finanças, economia e afins, pois eles sempre dominaram essas áreas. Com a invasão dos otomanos a sua vida melhorou, pois tinham direitos iguais aos húngaros, visto que os otomanos não queriam saber de mais nada, a não ser a taxa a ser paga por todo o povo que vivia na Húngria.

Por fim conseguiram sair do domínio otomano e o século XIX foi uma época de ouro para os judeus, pois podiam ter as suas próprias propriedades, negócios, até podiam ir para a universidade, 40% dos alunos universitários eram judeus.

(local onde viviam os judeus)

Foi permitida a prática da religião judaica, por isso foi contruída uma sinagoga, no entanto contrataram um arquiteto italiano cristão, que nada sabia acerca de sinagogas, por isso ele foi até Jerusalém em busca de inspiração, viu muitas mesquitas lá, por isso concluiu que fossem sinagogas, portanto construiu uma sinagoga com a aparência de uma mesquita.

A aparência de mesquita não foi o único erro cometido, possuia também um orgão lá dentro, elemento típico da igreja católica, muitas mais falhas foram cometidas.

Toda esta época dourada terminou por volta do fim da primeira Guerra Mundial. A Húngria pertencia aos países perdedores, isso fez com que aumentasse o nacionalismo e com isso o ódio aos judeus que tinham lutado pelo país durante a guerra.

A Húngria uniu-se à Alemanha que partilhava dos mesmos ideais e durante a segunda Guerra Mundial começaram a ser deportados os judeus para campos de concentração. Os que ainda não tinham sido deportados foram enviados para uma zona da cidade de Budapeste que foi transformada num gueto. Chegavam a viver 25 pessoas na mesma casa, não tinham direito a medicamentos, a comida era racionada ao máximo e encontravam-se no inverno mais frio do século, sem condições de sobrevivência.

Muitos morreram nas ruas e por lá os seus corpos ficaram, outros foram obrigados a a fazer a "marcha da morte", consistia em caminharem até um campo de concentração na Alemanha, sem comida, sem água e durante o inverno, só com as roupas que tinham no corpo, acabaram todos por morrer.

Mais uns milheres de judeus foram colocados em frente ao Parlamento, alinhados 4 a 4, davam um tiro no que estava à frente, o que faria com que os três que estavam atrás caissem ao rio gelado, era uma forma de poupar balas e caso sobrevivessem à água gelada do rio, no inverno mais frio do século, seriam alvejados.

A crueldade a que o povo judeu foi sujeito é indescritível.

Quando os soviéticos conseguiram expulsar os nazis da Húngria, enterraram todos os corpos edos judeus, que foram encontrando pelas ruas, dentro da primeira sinagoga que foi construída na cidade. Isso é algo impensável, os judeus enterram os mortos o mais longe possível das sinagogas, porém os soviéticos não sabiam.

(cemitério dentro da sinagoga)

Alterar os restos mortais, agora, das pessoas seria demasiado complicado, pois teriam que ser transportados para território sagrado, ou seja, Jerusalém, visto que são demasiados corpos, tal não irá acontecer.

(em memória a todas as vítimas do holocausto, foi construída esta árvore, em cada folha está o nome de uma vítima.)