Termas de Budapeste: Széchenyi vs Gellért

Publicado por flag-pt Maria Matos — há 5 anos

Blogue: Viagens durante Erasmus
Etiquetas: flag-hu Blogue Erasmus Budapeste, Budapeste, Hungria

Ir às termas é uma atividade obrigatória em Budapeste, afinal, é uma das tradições da Hungria e vale muito a pena experimentar. Antes do meu Erasmus em Budapeste, nunca tinha ido a nenhumas termas, portanto não tenho qualquer tipo de comparação. Apesar de existirem inúmeras termas diferentes na cidade, eu só experimentei as duas mais conhecidas. Hoje vou explicar como funcionam as termas e qual a melhor entre as duas mais conhecidas: Széchenyi e Gellért.

Primeira vez nas termas?

A primeira vez que fui também não fazia a mínima do que esperar! Agora já sei o que levar: uma mochila com fato-de-banho, toalha, chinelos, touca (não é obrigatório) e uma muda de roupa. Cada local tem as suas regras específicas, mas normalmente as termas estão abertas desde as 8 da manhã às 22h, custam aproximadamente 15 euros e algumas têm piscinas reservadas a mulheres ou a homens ou piscinas onde só se pode nadar se usarem toucas. Se não tiverem fato-de-banho ou chinelos, podem alugar no local, mas o preço é um bocado caro. Quando chegam ao local, pagam o bilhete, é vos dada uma pulseira que dá acesso ao interior e depois nos balneários podem trocar de roupa e guardar as vossas coisas num cacifo, gratuitamente. E depois é só aproveitar a experiência!

Széchenyi ou Gellért?

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Fonte: Pixabay

Széchenyi: as termas mais conhecidas de Budapeste! São as maiores da Europa. Situam-se no meio de Városliget, um parque público. Existe uma paragem de metro mesmo em frente ao local. O edifício foi construído em 1913 e tem uma arquitetura impressionante, um edifício amarelo com um interior que tem uma área de 6,220 metros quadrados. Atualmente tem 3 piscinas exteriores e 15 interiores. No passado havia uma distinção de sexos, ou seja, em certos dias só podia ser frequentado por homens e outros por mulheres. Hoje em dia, essa distinção já não existe. Cada piscina tem uma certa temperatura e supostamente há uma “ordem” que deve ser respeitada para entrar em cada piscina, mas eu confesso que nunca liguei muito a essa recomendação. A arquitetura das piscinas interiores não é nada de especial, parece apenas um balneário gigante. A primeira vez que lá entrei estranhei o cheiro tão forte, mas disseram-me que é o cheiro normal das águas termais. As termas atraem muitos turistas, sempre que fui estavam cheias, mas também depende da hora e do dia da semana, e mesmo assim são tão grandes que há sempre espaço para todos. Confesso que reparei que as piscinas interiores não eram assim muito “limpas”, mas tendo em conta a quantidade de gente que visita o local, e o facto de fazerem lá as famosas festas SPARTY, não ajuda muito. Acho que quem vai às termas tem de abrir a mente e não ser nojentinho, senão não dá. Também existem saunas e banho turco. Mas o melhor de Széchenyi é sem dúvida a sua gigante piscina exterior. É uma experiência surreal se forem ao final do dia e estiverem tipo -7 graus no exterior e a nevar e vocês dentro de uma piscina de 37º graus com vapor por todo o lado. A água é super relaxante e vê-se muitos casais de namorados (sabe-se lá a fazer o quê!). Também existem outras piscinas no exterior mas onde só pode entrar quem tiver touca. Eu vim a estas termas pelo menos 5 vezes e adorei todas as vezes! Acho que a melhor altura para ir é no Inverno e ao fim do dia para apanharem a noite também. Se são fãs de festas, não deixem de experimentar as famosas SPARTY, uma festa gigante que acontece todos os sábados à noite nestas termas – álcool e muita diversão prometidos!

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Fonte: Pixabay

Gellért: as primeiras termas que fui foi Gellért. Construídas em 1918 dentro do hotel com o mesmo nome, Hotel Gellért. O hotel e as termas têm uma decoração bem mais “clássica” do que Széchenyi e são, em geral, mais tranquilas. Ao contrário das primeiras, é o interior que vale mais a pena do que o exterior, pois a arquitetura é muito bonita, com mosaicos, colunas e pinturas. No entanto, também tem uma piscina exterior que tem uma paisagem bonita pois está inserida no meio dos edifícios. Quando lá fui estavam temperaturas negativas, a nevar literalmente à nossa volta, e nós tranquilos dentro das piscinas a ferver. Havia lá um tanque de água gelada onde mergulhámos para depois entrarmos diretamente na piscina quente – uma experiência surreal, pois o impacto no corpo é gigante! Quanto a limpeza, acho o mesmo de Széchenyi: não são 100% limpas devido à quantidade de pessoas que lá passam, mas não dá para pensar nisso. E não soube de nenhuma história de pessoas que tivessem apanhado doenças ou algo parecido.

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Então, Széchenyi ou Gellért? Se só têm tempo para ir a um local, penso que as termas de Széchenyi têm mais impacto pela sua piscina exterior. Quando os meus amigos e família me visitaram em Budapeste foi aqui que os trouxe e eles adoraram a experiência. Portanto, esta é a minha recomendação! Bons banhos!


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