Mega viagem 11º dia
5/1/18
Mais um acordar incrível, acordei às 6 da manhã com um rapaz, que estava a dormir no beliche ao lado do meu, a mexer em sacos, eu não sei o que é que os sacos tinham, mas esteve cerca de uma hora a mexer no raio dos sacos, uma hora!
Fui à casa de banho e estava um espanhol a fazer as suas necessidades de porta aberta, ele e o amigo estavam a gritar às 8 da manhã pelo hostel, todos os espanhóis que encontro têm mais ou menos o mesmo tipo de comportamento, acho mesmo que isto é uma coisa cultural deles.
Depois do espanhol, foi uma mulher e também deixou a porta aberta, estava a lavar os dentes e quase que me engasgava a rir com a Carolina. Não entendo, a porta está lá para alguma coisa, podiam fechá-la, digo eu.
Uma coisa na qual tenho vindo a reparar é que quanto menos apelativa é a cidade, melhor é o hostel, por exemplo, Copenhaga foi a melhor cidade a que fui durante esta mega viagem, no entanto, o hostel foi o pior em que já estive na vida, foi péssimo, já Bratislava foi a cidade menos cativante e teve o melhor hostel desta viagem e o mais barato. Apesar do comportamento das pessoas, este hostel é o que tem melhores condições.
Na noite anterior analizámos o mapa de Bratislava e como era minúsculo, fizemos isso em menos de 10 minutos, havia mesmo muito pouca coisa para ver, conseguíamos ver esta cidade numa tarde.
O primeiro sítio a que fomos foi o castelo, apesar da cidade ser minúscula, não encontrámos o caminho para lá à primeira, uma senhora começou a falar para nós, porque percebeu que éramos turistas e através de mímica disse-nos que estávamos a seguir o caminho errado e indicou-nos o caminho com vários gestos e sons estranhos, não sei como, mas eu lá entendi mais ou menos e fomos ter ao castelo.
Acho que é o monumento mais simbólico daqui, lá encontrámos uma loja de lembranças e comprámos logo a recordação de Bratislava, depois fomos para o ponto de encontro da free tour.
Faltavam 3 minutos para a hora de começo da excursão e não havia sinal de ninguém, fez-me lembrar Viena, só que aqui era impossível cometer erros, pois o papel onde vi a informação acerca da free tour incluía a imagem do local e uma seta a apontar para lá. Não apareceu ninguém e eu fui a net ver se a informação do papel estava correta, pelos vistos o papel estava desatualizado, a free tour era num outro local.
Fomos almoçar e decidimos que iríamos à free tour do dia seguinte. O almoço foi num restaurante que estava indicado como sendo de boa qualidade no nosso mapa, vi o menu e os preços eram todos de 15 euros para cima e só quando é o meu pai a pagar é que me dou ao luxo de pedir refeições dessa quantia monetária, portanto pedimos a sopa, era o mais barato e mesmo assim foi cara, foram 5 euros.
A sopa foi uma desilusão, era água com sabor a alho, dentro de um pão.
Já estava tão enjoada daquela sopa que não consegui comer mais e para nos saciarmos fomos a uma pastelaria onde os bolos eram caros até dizer chega, presumi que fossem mesmo bons, por aquele preço tinham que ser, o que levou à desilusão seguinte, o bolo não era nada de especial.
Primeiro de tudo, o atendimento naquela pastelaria foi espetacular, cheguei à caixa e pedi à rapariga que lá estava um dos bolos que estavam na vitrine, a resposta dela foi super educada, "nós temos serviço de mesa, por isso senta-te".
Segundo, veio um rapaz à minha mesa e perguntou-me que bolo é que eu queria, tive que me levantar porque ele não sabia qual bolo é que era, apesar de eu lhe ter dito o nome correto do bolo.
Terceiro, tive que pagar na hora, ou seja, mais uma vez tive que me levantar da mesa para ir pagar à caixa, pois eles não me traziam o multibanco à mesa.
Conclusão, tanta coisa acerca de eu ter que servida à mesa e não poder pedir ao balcão, para depois me fazerem andar a sentar e a levantar um monte de vezes, eu acho que era muito mais fácil a empregada ter-me dado logo o bolo que eu pedi, mas isto é só a minha humilde opinião.
Resumidamente, todo o meu almoço foi uma desilusão pegada.
Ainda ficamos algum tempo na pastelaria a rir-nos do preço que pagámos por aquela fatia de bolo e depois fomos às compras, precisávamos de comprar pão e atum para o nosso jantar, a refeição do estudante de Erasmus pobre em viagem.
A empregada que nos atendeu foi tão simpática que me ofuscou com tanta simpatia, olhou-me com cara de quem estava prestes a vomitar e passou o resto do tempo com cara de quem me estava a fazer um favor por me estar a atender, como se nem fosse a obrigação dela estar a fazer aquilo. Já nem quero ir fazer compras a outro lado, fiquei rendida à simpatia da senhora, agora só quero fazer compras ali.
Foi um dia super emocionante e produtivo, no fim das compras fomos para o hostel e assim terminou a nossa aventura por Bratislava, no dia seguinte continuaria.
Faltavam agora 22 dias para voltarmos a Portugal.
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