Capítulo 9- Sessões de boas-vindas

Publicado por flag-ch Stéfanie Teixeira — há 6 anos

Blogue: Diário de Bordo
Etiquetas: Geral

Depois de comparecermos ao Arrival Day e de nos instalarmos na nossa nova casa, tivemos que ir ao SUSA 11 para, posteriormente, irmos a uma primeira sessão de boas vindas por parte da Lunds Universitet.

Foi a segunda vez que entrei no edifício mais parecido ao estilo de Hogwarts que eu já vi, em pessoa, e ainda hoje é o dia que digo ‘o edifício do Harry Potter’.

Capítulo 9- Sessões de boas-vindas

(Fonte: http://www.accentmagasin.se/tag/af-borgen-2/)

Essa sessão ainda hoje tem muito que se lhe diga porque foi precisamente nesse dia que eu, do nada, estou a passar por uma mesa, durante o ‘fika’ e oiço alguém dizer, num tom um bocado mais alto que o que era suposto ‘Não Pedro, não como mais, já chega’.

Para quem não sabe, um ‘fika’ é basicamente o que os suecos chamam à hora do lanche, quando se toma um chá ou um café com leite e se come qualquer coisa doce enquanto se convive com as pessoas e se está no chill.

Foi naquele momento, depois de me ter dado o clique 'são portugueses', que decidi que devia fazer algo para abordar os compatriotas que ali estavam. A minha ideia passou por dizer à Filipa para irmos atrás deles e falarmos português entre nós que, assim, eles iriam meter conversa connosco. Assim foi e, sem qualquer planeamento, começou a tão caricata amizade com a Bia e o Saltão.

Curioso que, logo nessa noite, enquanto estávamos a tentar marcar um jantar com várias pessoas, acabámos os quatro a jantar em nossa casa, e eu pensava que eles eram namorados. Escusado será dizer que anteontem quando me despedi dela, mesmo que ela viva em Portugal, custou-me imenso e passou-me pela cabeça um ‘ainda bem que naquele dia ela se fez ouvir e nós fomos falar com eles’. Podem julgar que não, mas 5 meses passam a voar numa experiência deste tipo e, de todas as amizades que fiz, mesmo tentando equacionar fazer tudo com o tempo que tinha, tenho pena de não ter passado mais com eles.

No dia seguinte tínhamos que, obrigatoriamente, comparecer em mais uma sessão de boas vindas. Desta vez providenciada pela Lunds Tenkniska Högskola (LTH) e que tinha como princípio base apresentarem-nos as entidades competentes da cidade e alguns aspetos culturais sobre a Suécia em geral.

Para não variar, e como seria de prever, quando vemos na publicação que a sessão seria no Kårhuset, o espanto pelo nome foi grande, mas encontrar o edifício também foi deveras engraçado, como foi procurar tudo o resto naquelas semanas iniciais, tal como seria de esperar.

Capítulo 9- Sessões de boas-vindas

(Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/63/Karhuset_lth.jpg)

Aquele local foi, nas primeiras semanas, onde acabámos por ir várias vezes pois era onde se encontrava o International Office e toda a papelada necessária teve que ser tratada lá. Ao contrário de muitos serviços em Portugal este local não podia, de modo nenhum, trabalhar de forma mais eficiente e profissional. A Andréa e a Elna são, sem dúvida, umas santas e a simpatia em pessoa, com uma disponibilidade tremenda. Outra das vantagens é o facto de a Andréa ser brasileira e vai na volta começa a falar connosco em português, foi de rir.

Nessa sessão de apresentação, apesar de termos chegado uns minutos atrasadas devido ao facto de não encontrarmos o local, não perdemos nada porque ainda se estavam a apresentar os membros da direção da universidade. Após isso falaram entidades que nos poderiam vir a ser úteis durante a nossa estadia aqui, responsável dos bombeiros, enfermeira, pastor, psicóloga e ainda da polícia. Todos eles com conselhos para o nosso período de Erasmus bem como avisos do que poderia ou não ser permitido fazer aqui.

Passaram, numa segunda parte dessa palestra, uma sessão cultural sobre a Suécia, passaram pela música, pela literatura e ainda pela promoção do desporto universitário. Posteriormente viemos todos a ter a oportunidade de estarmos a apoiar a nossa equipa, tentando cantar os cânticos de apoio em sueco, com um senhor que lá se encontrava. Ainda hoje não sei exatamente o que tentei cantar, mas sei que deveras não correu muito bem.

Foi-nos entregue, logo à chegada do Kårhuset, um dossiê com o nosso nome, número de identificação e numa oura linha dizia GUILD: K.

Sem mais nenhuma informação o que restava era esperar para ver o que era uma guild ou para que servia.

Daí que apareceram umas quantas pessoas com letras gigantes na mão, presa a um pau. Havia um A, um E, um I, um F, um D, um V, um W, um M um ID, um, A1, um K.

Capítulo 9- Sessões de boas-vindas

Foi então que, olhando para o lado, pude reparar que a rapariga que estava junto a mim tinha, no seu dossiê que havia sido entregue anteriormente, a letra E e consegui perceber que ali seríamos divididos, mas ainda sem qualquer ideia para o quê.

O mais hilariante disto é quando olho para a pessoa que está a segurar um gigante K amarelo e verde, não era nem mais nem menos que o rapaz que encontramos na primeira noite no Mc Donald’s, só que desta vez, apesar de ainda manter o ar de viking com aquela barba gigante, tinha vestida uma t-shirt verde e um macacão amarelo.

Aí começou a aventura dos pi-kings, aí começaram oficialmente as festas e as semanas de introdução por parte dos mentores da LTH.


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