Capítulo 13 - Pi-kings

Publicado por flag-ch Stéfanie Teixeira — há 5 anos

Blogue: Diário de Bordo
Etiquetas: Geral

Se falei dos mentores e de tudo aquilo que eles, juntamente com toda a equipa conseguiram produzir durante todas as atividades, está agora na hora de falar dos que foram como eu, dos meus companheiros.

Os meus verdadeiros companheiros de equipa nas primeiras semanas foram os que vestiram comigo um t-shirt e um ouverall, aqueles que riram até doer a barriga e que fizeram coisas insanas comigo.

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Formamos um belo de um grupo, formamos de coração e para sempre memorável: os pi-kings!

A Escandinávia tem grande ligação à era dos vikings e foi-nos pedido que honrássemos isso enquanto representássemos o grupo de estudantes internacionais, nas demais tarefas que íamos ter contra os outros grupos da nossa guild.

Éramos pessoas de todo o lado, com diferentes backgrounds, uns que só queriam festas, outros que queriam conhecer pessoas, outros mais competitivos que outros. Como em todos os grupos havia de tudo, mas felizmente havia que colocasse sempre ordem naquilo.

Alemães, holandeses, belgas, australianos, suíços, austríacos, americanos, italianos, espanhóis, portugueses, franceses, austríacos, colombianos, taiwaneses e obvio, portugueses.

Foram todas as estas, cada uma delas à sua maneira, que marcou todo o meu percurso, porque mesmo que dentro de um grupo tão grande seja praticamente impossível as pessoas se darem de igual modo, cada um teve alguma coisa diferente.

Nas semanas de introdução era extremamente fácil encontrarmo-nos, dada a quantidade de atividades que estavam agendadas e sem aulas ainda, não tínhamos mais nada para fazer daí que estivéssemos juntos.

Obviamente haviam aqueles que apareciam para tudo porque essa era a maneira mais fácil de se conviver e fazer conhecidos que por ventura depois se tornariam amigos, criam-se situações que fazem as pessoas aproximar-se.

Fosse entre nós, fosse depois nas atividades conjuntas com os ‘caloiros’ suecos, foi grande parte nestas semanas com estas atividades que grupos mais pequenos e mais chegados se formaram.

Desde festas a tarefas de competição, tenho hoje umas quantas pessoas que guardo nas minhas melhores memórias desta experiência.

Enumera-las seria-me demasiado difícil e não lhes conseguiria fazer jus pelo acompanhamento, pela hospitalidade, pelo relato das experiências em si que aos poucos, post a post, se deverá perceber eu guardo cada um deles de uma maneira extremamente carinhosa.

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Eram pessoas como eu, a embarcar numa experiência com um fim definido, com a ideia que era a experiência de uma vida, que seria para aproveitar naquela hora e naquele sitio porque nunca mais na vida se iria repetir.

Mesmo com exame de sueco as nove da manhã, na noite anterior propõem-nos um mergulho no lago da faculdade e sem hesitar, sem se pensar que era perto da meia noite, uma pessoa vai, uma pessoa ri de si própria, olha para o lado e vê esse riso espelhado.

Íamos a barbeques, sem exagero, três vezes por semana e mesmo todos estando fartos de hot-dogs, estávamos juntos, era comida grátis então permanecíamos.

Haviam festas de variadíssimos temas com os dress codes mais estranhos, mas juntávamo-nos e íamos.

Porque não? Não estaríamos de modo nenhum sozinhos, tínhamos uns aos outros. Tivemo-nos sempre, até nas aulas mais aborrecidas estava por lá uma cara familiar.

De todas as vezes que olho para fotos, algum deles aparece, algum deles está associado a essa experiência e dá agora aquele aperto de nostalgia, dá agora aquela vontade de reviver, de vestir o ouverall, de partir para uma festa em plena tarde de domingo ou de fazer pre-party as oito da noite.

Havia então variados grupos dentro de nós, sem que fossem definidos, porque haviam os religiosamente presentes às quartas-feiras na VG mas que sempre convidavam toda a gente, os amantes de sushi que faziam questão de fazer uma invasão ao restaurante, ou aqueles que só davam spam no grupo do whatsapp com fotos vergonhosas das pessoas.

Eram dignos de um post e pêras, de um livro inteiro para descrever o que nos foi possível viver nestes cinco meses, mas quanto mais uma pessoa quer, menos uma pessoa consegue, está tudo tão em nós, tão em memórias particulares associadas a cada um de vocês que um agradecimento parece pouco e ao mesmo tempo sem sentido.

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Foi uma coisa que vivemos juntos, que está marcado e escrito por cada um de vós na minha bandeira, nas minhas mais vergonhosas fotografias.

O Erasmus vale por tudo, pelo crescimento pessoal, pelo conhecimento de uma nova cultura e de um novo país, pelo descobrir de mais coisas na vida, mas muito também pelas pessoas que conhecemos.

Mesmo que poucos de vocês tenham a oportunidade de ler este texto, eu não podia estar a fazer publicações sobre o meu Erasmus e da minha experiência sem vos mencionar, sem vos apresentar, não fossem vocês a companhia mais assídua que tive e nestes cinco meses.

Obrigada por terem tornado a minha experiência mais rica, mais divertida e sem sombra de dúvida mais disparatada em vários aspetos.

Obrigada aos parvos e idiotas dos rapazes e às majestosas, ainda que em inferioridade, raparigas que completavam este grupo.

Seguimos agora todos nós caminhos distintos e separados, mas acredito piamente, que com vários de vocês eu não vou perder o contacto tão facilmente, e é neste momento a única coisa que me alegra e me deixa uma réstia de felicidade no meio da nostalgia de não vos ver num futuro próximo.

Aos pi-kings, TACK!

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