Como foi o meu processo (2016-2017 : Escola Superior de Comunicação Social)

Publicado por flag- Catarina Mendes — há 5 anos

Blogue: Budapest e amigos
Etiquetas: Conselhos Erasmus

Existem várias razões para nos queremos aventurar numa experiência Erasmus. Desde que mudei de curso (em 2015), e percebi que teria de ficar mais um ano a fazer seis cadeiras, soube que queria aproveitar um semestre a realizar este projeto. Em novembro de 2016, comecei a informar-me junto da minha coordenadora de curso sobre as minhas opções, para ter a certeza de que ia ter a possibilidade de aprender aquilo que realmente queria - marketing. Deixo-vos aqui, então, as fases pelas quais passei.

Parte I: A escolha dos países

Eu sabia que queria ficar num país da europa central. Por várias razões: o custo de vida, a beleza dos lugares, a diferença cultural e a facilidade de viajar. Por isso, o que fiz:

  1. Eliminar  os países que não queria da lista de acordos bilaterais (os acordos que a minha Escola tem com universidades internacionais).
  2. Começar a falar com pessoas que já tinham estado nos países da minha lista para perceber a sua experiência: pontos positivos e negativos, as suas recomendações..

Fiquei assim com duas possíbilidades mais em mente: Ljubljana (na Eslovénia) e Budapest (na Hungria). 

Parte II: A pesquisa

Para nos candidatarmos ao programa Erasmus+, temos de ter três opções de universidades. Devido ao número de ECTS que tinha, sabia que existia uma grande probabilidade de ser colocada na minha primeira opção. Por isso, marquei uma reunião com a minha coordenadora de Erasmus (que depende do curso) e analisámos em conjunto as opções que já tinha pré-selecionado. É uma grande ajuda recorrer à nossa coordenada ou ao nosso coordenador porque, em princípio, vai conseguir falar-nos das experiências de outros alunos passados que não conhecemos. A minha coordenadora, profª Ana Cristina, foi mais do que cinco estrelas. Ao analisarmos a opção de Ljubljana, percebemos que a oferta curricular não se enquadrava com aquilo que eu pretendia e, por essa razão, eliminei a opção eslovena. Nos sites das escolas, normalmente podemos encontrar a oferta para os alunos de Erasmus, o que ajuda imenso na hora de escolher as nossas opções. Pesquisamos pela opção de Budapest e achámos um documento excel com todas as cadeiras que eu poderia escolher (tanto para o semestre de autono, como para o de primavera). Acabou por se tornar na minha primeira opção.

Tendo já decidido a que faculdade ia concorrer, as outras duas opções foram mais por uma questão de gosto pelos conteúdos lecionados. Algo que eu fiz, mas não aconselho, é colocarem como opção uma escola para a qual nunca ninguém na vossa faculdade foi. Isto porque existem imensas burocracias que podem condicionar, ou até mesmo condenar, a vossa experiência. A minha segunda opção foi uma cidade na Lituânia (que parecia bastante moderna, e tinha cadeiras fantásticas!) e a terceira opção foi em Madrid, Universidad Rey Ruan Carlos (para ficar perto de casa, no caso de algum contratempo).

Parte III: Da candidatura à colocação

Na minha Escola, a candidatura pode ser submetida até quase ao final de janeiro (mas esse período pode variar de ano para ano). Como pessoa exemplar que sou, só a entreguei no último dia. Para mim, foi necessário entregar o formulário de candidatura, alguns documentos e uma carta de motivação (nada temam, são apenas as vossas motivações que vos levam a querer estudar no estrangeiro). 

Os primeiros resultados chegaram ao nosso e-mail em Abril. Eu fiquei colocada na minha primeira opção: Budapest. Algo que normalmente os alunos não sabem, se não forem às sessões de esclarecimento ou não pesquisarem no site da escola, é que se não gostares da opção em que ficaste colocado ou simplesmente a quiseres trocar, tens outra oportunidade para tentar outra universidade. São enviados novos documentos com o número de vagas por preencher e depois só tens de aguardar para saber se alguém desistiu daquela opção que querias tanto. Para ficares colocado numa opção, tens de ter uma média superior à dos outros candidatos. Essa média tem vários parametros, como por exemplo o número de créditos realizados, a tua média de curso, etc. 

Parte IV: Leaning Agreement

Após a confirmação por parte do gabinente responsável e da instituição que te vai receber, vais desenvolver, com o teu coordenador Erasmus, o Learning Agreement (L.A.). Isto é o teu plano de estudos no estrangeiro. Aqui, o que é necessário ter em atenção é o número de créditos por área científica que necessitas de realizar. Convém que tudo esteja certo para que não tenhas de realizar nenhum exame, quando chegares de novo a Portugal. No meu caso, como só precisava de 15 ECTS na área ciêntifica de Publicidade e Marketing, coloquei uma cadeira extra porque os conteúdos me interessavam. 

Após o preenchimento do L.A., temos de o assinar, juntamente com o nosso coordenador Erasmus e o coordenador Erasmus da instituição que nos vai receber. Só quando receberes o documento assinado pelo coordenador estrangeiro é que o tens completo. 

Parte V: Teste de línguas, Procuração e Bolsa Erasmus +

Esta parte é a mais burocrática. Cada escola tem o seu procedimento, e eu vou falar do meu caso. 

O teste de línguas - Teste OLS - permite que consigamos saber o nosso nível a determinado idioma. Dependendo do local onde foste colocado, poderás ter um nível mínimo e/ou realizar este teste a mais de duas línguas (inglês e espanhol, por exemplo). Não é um teste complicado. É online e podes ter pausas quando acabas um tópico (escrita, audição, gramática, interpretação, etc). 

A procuração é um documento em que dás autorização a certa pessoa para que esta trate do teu processo na tua ausência (desloca-se à escola por ti, assina documentos, etc). 

Relativamente à bolsa, esta depende do número de candidatos, mas normalmente todos têm bolsa erasmus +. A quantia é definida em função do país de acolhimento e do ínicio e final do período de estudos. Por exemplo, como o nível de vida na Hungria é dos mais baixos, foi estabelecido 200€ por mês; já em Itália, o valor pode chegar aos 400€. O objetivo da bolsa é proporcionar uma ajuda e não cobrir os custos totais que terás. Mantém isso na tua cabeça.

Parte VI: Contrato ERASMUS +

Findados os pedidos de documentos, terás de assinar o teu contrato ERASMUS+, onde constam todas as informações que te falei anteriormente. Lá consta o teu Learning Agreement, o teu período de estudos, o valor total da tua bolsa e todas as tuas informações pessoais. Após isto, estás pronto ou pronta para viver a tua aventura!

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Lago Balaton visto do avião.

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Rio Danúbio, Parlamento e Chain Bridge vistos da Ponte Margaret.

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Eu no alto da Citadella.

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A Liberty Bridge, com o Hotel Géllert ao fundo.


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