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Quem é que disse que não podes ir de Tuk Tuk para Vientiane?

Traduzido por flag-pt Rita Cruz — há 7 anos

Texto original por flag-gb Ben White

0 Etiquetas: flag-la Experiências Erasmus Vientiane, Vientiane, Laos


Visto que já passou algum tempo desde que escrevi o meu último artigo, agora parece-me a altura ideal para atualizar. Enquanto estou a escrever isto são duas da manhã, e estou a 7 horas de uma viagem de autocarro de 30 horas até à capital Vietnamita, Hanoir, porque agora estou na cidade de Laos.

Laos foi um choque cultural para mim, especialmente depois de ter vindo da Tailândia, que é muito atrativa e com locais muito bonitos para os turistas. E é bastante evidente que o crescimento dos turistas ocidentais que visitam o país tem vindo a afetar a sustentabilidade da população local. Casas de hóspedes têm vindo a prosperar em quase todas as cidades e vilas e até alguns habitantes locais têm vindo a hospedar os turistas quem vêm todos os dias, o que foi destruindo as tradições locais e a cultura em geralmente, e essa era a razão que levava as pessoas a viajar para Laos. Embora seja raro, é algo que está muito presente, mas ao mesmo tempo, não é muito difícil evitar e escapar a isso.

Depois da experiência em Gibbon, nós marcamos uma das mais conhecidas e "must do" (algo que não podemos deixar de fazer) em Laos, andar de barco no Rio Mekong. Tendo estudado Geografia a um nível muito elevado, e agora indo para a Universidade estudar Geografia, eu fiquei maravilhado com os caminhos que estavam por entre as montanhas e todas as outras caraterísticas do rio, onde rapidamente, as paisagens passaram a ser para mim muito mais interessantes!

Quem é que disse que não podes ir de Tuk Tuk para Vientiane?

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Nós chegámos a Luang Prabang depois de uma longa viagem de dois dias pelo Rio Mekong, e durante o caminho tivemos uma paragem numa ilha piscatória, conhecida como Pak Beng. Luang Prabang é uma cidade muito antiga e o ritmo lento que eles têm ajudou muito a lidar com o calor. Durante o dia, podemos ver Monges a andar pelas ruas, entrando e saindo dos Templos que estão por toda a parte na cidade, segurando em guarda chuvas para se protegerem do sol intensivo durante o dia. No entanto, durante a noite, a cidade ganha vida e abrem os Mercados Noturnos. É uma experiência aos sentidos, com todos aqueles cheiros e as barracas de comida, a beleza do trabalho têxtil, os sabores das comidas cheios de especiarias e o barulho do mercado movimentado.

A parti de Luang Prabang continuámos o nosso caminho até Phonsovan, o local dos famosos "Plain of Jars" (que consiste num local cultural e arqueológico com megalíticos).

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A viagem foi numa pequena carrinha muito desconfortável, andando em torno dos precários altos penhascos do norte montanhoso, sempre a alta velocidade em todas as curvas - no então as paisagens compensaram pela viagem desconfortável. O dia a seguir à nossa chegada em Phonsovan, nós alugámos bicicletas e fomos visitar a cidade durante esse dia. Como a maioria das pessoas não costuma fazer esta viagem, então parecia que éramos os únicos ocidentais a fazer esta visita, e em alguns sítios tínhamos o local só para nós. O sítio dos megalíticos foi incrível, todo a história dos antigos funerais para os corpos cremados de antigos Reis e Imperadores, e alguns destes megalíticos chegam a ter 1, 50 metros de altura e de 1 metro de largura. Há mais de dois mil anos atrás os largos blocos usados para fazer as pirâmides, e o transporte das pedras gigantes, foram um feito muito grande.

Vang Vieng foi a nossa próxima paragem na nossa viagem, e esta cidade é conhecida por ser o lugar de festa dos viajantes. Todos os dias, por volta das 14 horas, centenas de pessoas dirigem-se para o rio, para o seu primeiro bar, e pelo caminho até à cidade vão seguindo os bares que encontram, enquanto flutuam pelo rio num tubo de borracha. Os bares têm escorregas, baloiços de cordas, rappel slide e muitos outros jogos, onde "beer pong" e "flip cup" são os jogos preferidos.

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Durante a noite os bares na cidade abrem e a festa continua até ser de manhã. Apesar de esta ser uma semana fantástica, depois de seis noites na cidade as festas tomaram conta de nós, e à sétima noite, numa decisão de última hora decidimos ir embora. No entanto, quando decidimos que queríamos ir embora, todos os autocarros já tinham partido, o que nos deixou com apenas uma opção, tuk tuk. Com todos os donos dos bares a rirem-se de nós, pela nossa decisão, nós partimos para uma viagem de quatro horas e meia em direção à capital do sul, Vientiane. Ao principio pensámos que íamos ter o Tuk Tuk só para nós, mas como os Monges têm direito a viagens grátis, rapidamente alguns se juntaram a nós. Apesar de não ser a melhor opção para viajar, o tempo passou a correr e sem dúvida alguma que valeu a pena deixarmos Vang Vieng e partirmos para o nosso próximo destino.

Vientiane é provavelmente uma das capitais mais modesta de toda a Ásia, mas que sem dúvida vale a pena visitar. A cidade em si é sem dúvida alguma influenciada pelos anos em que passou sobre o colonialismo Francês e tem um estilo, evidentemente, Europeu, praças alinhadas com cafés e fileiras que recordam o estilo Francês. Um sítio brilhante para se visitar, e uma completa dicotomia dos sítios que tínhamos visitado antes.

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Nós passámos dois dias em Vientiane e quando conseguimos arranjar os nosso Visas para ir para o Vietname começámos logo a nossa viagem de 30 horas de autocarro. Uma viagem da qual tínhamos as expetativas muito baixas, porque com as pessoas que falámos, e que já tinham feito esta viagem, descreveram-nos esta viagem como 30 horas de inferno. E foi! Os nosso primeiros pensamentos sobre o autocarro foram bons, porque tinha muito espaço para esticarmos as pernas, cadeiras que reclinavam quase completamente horizontal e tínhamos também um IPod carregado com 16 horas de filmes... o que poderia correr mal? Depois de trinta minutos na viagem, o condutor decidiu que todos devíamos ouvir as suas músicas vietnamitas preferidas no volume no máximo, e não consegui tomar atenção a mais nada por causa do barulho, e durou até às 2 da manhã, quando fizemos uma paragem, e aí sim finalmente pudemos descansar. Como o autocarro parou, também o ar condicionado, e a temperatura começou a subir. O que quer dizer que passámos o resto da noite na rua, num restaurante em Lao, no meio do nada durante quatro horas. Quando estávamos prestes a retomar a viagem, às cinco da manhã, com o ar condicionado agora ligado, eu pensei que finalmente poderia fechar um pouco os olhos. Mas não foi esse o caso, o condutor decidiu outra vez colocar as suas músicas Vietnamitas. E foi basicamente sempre o mesmo durante toda a viagem e o alívio de sair do autocarro foi incrível.

Apesar da viagem, e do que vimos até agora, a viagem sem dúvida alguma que valeu muito a pena, e Hanoi é completamente fantástica. Uma cidade repleta de maravilhosos recantos e becos, com um lago impressionante no seu centro, rodeado de cafés e restaurantes chiques. Uma ótima noite e muitas atrações que nos manteve muito ocupados e assim andámos pela cidade durante todo o dia.

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