Funicular de Santa Luzia

Hoje fui a Viana do Castelo.

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Nunca tinha ido visitar esta capital de distrito onde o ser-se minhoto é vivido com um festejo. Por isso, e porque gosto de ter tudo planeado, uma das coisas que fiz foi uma lista de lugares que quero visitar. Não há nada que queira perder numa viagem que posso não repetir tão cedo. Um dos monumentos que apareceu, de forma bastante inevitável, na lista era o Santuário de Santa Luzia. Como é óbvio, a primeira pergunta que surge é “como posso lá chegar?” Muito bem, depois de pesquisar todas as formas de lhe aceder, o Funicular destacou-se como a opção mais tradicional, bonito e pitoresco.

(https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Elevador_Santa_Luzia_interior.JPG)

Ao chegar, vemos que o Funicular tem uma casinha pequenina, com arquitetura tipicamente minhota. Em letras orgulhosas na entrada rodeada de duas pequenas torres lê-se “Funicular de Santa Luzia”. Somos recebidos por um senhor que nos pergunta se precisamos de alguma coisa, como se estivéssemos numa mercearia. Ao lado dele estava uma placa indicativa com informações e alguns folhetos. Segundo os mesmos, o funicular tem um desnível de cento e sessenta metros que, e eu cronometrei, demora cerca de seis minutos a percorrer. Segundo os mesmos, a viagem do Funicular de Santa Luzia é também um dos que percorre uma distância maior. Com seiscentos e cinquenta metros, dá para perceber a diferente com os duzentos e setenta e quatro metros do Funicular do Bom Jesus em Braga.

(https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Viana_do_Castelo-Funicular.jpg)

Um aspeto bastante positivo do Funicular é a sua perfeita inclusão social.

Está adaptado para transporte de pessoa com deficiência física e mental, carrinhos de bebé e até para bicicletas, caso queiras dar uma volta no topo e voltar sobre duas rodas pelas ruas que circunda a serra e respetiva mata.

• Há duas opções para o bilhete turístico: podes pagar dois euros para uma subida ou para uma descida; ou podes desembolsar três eurinhos por uma ida e volta. Existe ainda o caso excecional de um passe mensal, que tem o custo de trinta euros por mês. Um detalhe interessante: não existe multibanco! Levem dinheiro ou terão que dar uma corrida ao Shopping da Estação como eu tive que fazer.

Como fui em Abril, tive um pouco condicionada por horários. O último que sai do topo tem como horário as seis horas da tarde. Ou seja, não dá para apreciar como deve ser. Ou se vai cedo, ou adeus tranquilidade. Todavia, acredito que visitem esta zona mais pelo Verão, pelo que terão até às oito horas.

Tive a sorte de apanhar o transporte sem que o mesmo fosse apanhado por uma enchente de gente. A viagem ia ser apreciada sem a distração dos turistas. O funicular arrancou com uma lentidão miserável. Contudo, quando engatou adquiriu uma velocidade interessante e tranquila. A visão da subida assemelhava-se a uma montanha-russa, pelo que tive de conter a respiração enquanto esperava que ele disparasse colina acima. Não aconteceu. Manteve uma velocidade constante até ao topo. O percurso atravessava a manta circundante. Esperava ver mais flora autóctone, mas a visa compunha-se maioritariamente de eucaliptos. Penso que uma intervenção positiva da Câmara Municipal de Viana do Castelo seria a colocação de vegetação portuguesa na serra que circunda um percurso turístico importantíssimo em Viana do Castelo.

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À chegada, somos recebidos por uma pequena estação. A vista? O Santuário de Santa Luzia.

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