Porquê ERASMUS?

Muitos são os locais que ouvimos falar quando conversamos com amigos que fizeram ERASMUS. Varsóvia, Vilnius, Valência... Contudo, nenhuma das pessoas com que me encontrei tinha tido uma experiência em Verona.

Assim decidi: enfrentar o desconhecido.

Quando assisti a uma apresentação do programa ERASMUS já o nome me era conhecido. Tinha ouvido relatos de amigos, conhecidos ou familiares que tinham feito ERASMUS e que agora viviam a contar as centenas de histórias em qualquer oportunidade. Contos sobre aprendizagens, culturas e aventuras. Se todos o faziam, algo teriam que ter em comum. E tinham. Entusiasmo. Há algo mais convincente que o entusiasmo alheio? Queremos, de alguma forma, fazer parte desse entusiamo fazendo algo semelhante. Por isso, por muitos argumentos que me podiam ter apresentado nessa sessão realizada, eu já ia convencida. Estava apenas à procura de informação para alimentar o meu interesse. E consegui.

            A possibilidade de estudar na Università degli Studi di Verona foi o que mais me agradou. Penso que no momento de avaliar as possibilidades de ERASMUS devemos olhar para diversos campos.

1. Objectivos: O objectivo é importante. Determina todo o nosso futuro percurso. Ter uma ideia clara do que queremos fazer vai simplificar o processo e dar-nos um rumo. No meu caso específico, queria um local onde sentisse que podia potencializar as minhas capacidades. Sendo portuguesa, cresci numa cultura que tem tanto de semelhante como de diferente com a italiana, a que podia ser um bom ponto de partida.
2. Programa escolar: Por norma, a faculdade de origem tem um número estipulado de ECTS a que se predispõem a dar equivalências. Isso faz com o horário não fique sobrecarregado, permitindo então usufruir da experiência ao mesmo tempo que aprendemos novas matérias. Escolham cadeiras que vos seduzam, estimulem e sejam vantajosas.
3. Custos: Até onde querem ir em termos de orçamento? A Europa tem uma larga diversidade em termos económicos. Se preferirem ir para um país caro, como é o caso de Itália, recomendo que juntem algum dinheiro antes da vossa partida. Uma outra solução pode ser arranjar um part-time.
4. Duração: Seis ou doze meses, o que quiserem, dependendo da vossa capacidade de comprometimento.
5. Cidade: Quais são as condições meteorológicas em que se sentem bem? Preferem construção histórica ou moderna? Um local pequeno ou grande? Todos estes factores devem ser tidos em conta no momento de decisão. No meu caso, encontrei em Verona uma cidade onde me poderia sentir em casa. No inverno fará frio: óptimo. A cidade está carregada de história: melhor ainda. Mantém uma atmosfera acolhedora, mesmo sendo uma grande cidade? Está decidido!

   

6. Cultura: Independentemente do destino que escolherem, não haverá como fugir a uma verdadeira imersão cultural. Farão novos amigos, estarão em lugares memoráveis e experimentarão pratos típicos que vos transformarão.

   

   

7. Língua: sendo portuguesa, vi na ida para Itália uma oportunidade para aprender uma nova língua. As semelhanças entre o Português e o Italiano, aliadas a uma experiência intensa poderiam contribuir para que desenvolvesse várias competências, sendo que estas poderão ser, para sempre, um aspecto a salientar no meu currículo.

Na minha opinião, este é um dos melhores programas da União Europeia, pois além de optimizar a vida de cada estudante que a ele se propõe, contribui para a melhoria da Europa em geral. Promove a aceitação do outro, sua língua e crenças. Tornamo-nos mais humildes, compreensivos e abertos à diferença. Viva o programa ERASMUS!