III Draakon, comer como um viking.
Estar e comer no III Draakon foi uma das experiências mais originais que já tive num restaurante/pub. Sem dúvidas. Gostaria de vos mostrar algumas fotografias deste sítio mas infelizmente estava sem máquina fotográfica pelo que me foi impossível registar o momento. Vou, contudo, tentar descrever da melhor forma possível a experiência que tive neste lugar para que possam entender a essência da coisa.
Este restaurante encontra-se bem perto do sítio onde na altura do Natal, se faz o tão famoso mercadinho de Natal. Sítio sobre o qual farei a minha próxima publicação nesta plataforma. À primeira vez que passei à frente do III Draakon não me apercebi que era um lugar que albergasse clientes, nem mesmo com as mesas e bancos de madeira que se encontram à porta. Talvez isto aconteça por causa da porta baixa e pequena de entrada que não é o melhor indicador do que ali se encontra.
O que, na realidade, despertou a minha curiosidade foram as filas que estavam na porta. Decidi espreitar (porque estava muito, muito frio na rua, cerca de 12 graus negativos) e perguntar se tinham lugares livres. A resposta foi um rude "não!!". A impressão com que fiquei da simpatia das empregadas (que se vestiam a rigor de acordo com a época medieval) não foi tão boa quanto a impressão que tive do ambiente verdadeiramente rústico e acolhedor do sítio. No dia seguinte, fomos, portanto, até esta espécie de restaurante de novo. Como era dia da semana foi muito mais fácil escolher uma mesa do nosso agrado. Então lá nos sentámos, naquele lugar ao fundo, bem escuro, com uma única vela em casa mesa. O chão não parecia muito limpo, mas não dava para ter a certeza por causa do escuro "que se via". Decidimos então ir perguntar o que havia para comer...e beber. A senhora fez-nos esperar dois longos minutos e depois decidiu responder-nos rapida e curtamente: sopa, salsisha e pasteis. Mais haveria com certeza, mas não lhe apetecia falar muito. Dedimos então escolher cada um de nós um pastel (de cenoura, repolho, maça, etc. Tudo self-service. Comemos, de seguida, sopa de alce, pensamos nós, não sei se era castanha, preta ou avermelhada, mas era intensa, com um gosto muito bom. E nada cara. Provámos tambem as salsishas salgadas de carne de boi, também muito gostosas.
Os pints de cerveja por sua vez, eram caros (5€cada), porque segundo as "regras" do III Drakon, a bebida deve ser sempre cerca de três vezes mais cara do que a comida. O que acaba por encarecer a refeição. É contudo, uma experiência bem engraçada, muito em parte por causa das empregadas que lá servem. Chegámos à conclusão que ser rude é 90% do trabalho dessas senhoras, talvez para transmitir o ambiente grotesco da época "senhora da casa é que tem a razão" e não o cliente.
Para finalizar, os clientes deverão levantar a sua própria louça e colocar nuns cestos próprios para o efeito.