Aventura em Sofia último dia
Estava a dormir profundamente quando entra alguém no quarto e me acorda, era um dos empregados do hostel a perguntar se eu ia ficar ali a dormir mais tempo, eu estava tão à nora, cheia de sono, que nem me apercebi, no momento, da falta de educação e noção dele por me acordar para perguntar aquilo. De manhã, quando acordei e fiquei lúcida percebi que tinha sido aquele que me acordou a meio da noite a mandar alguém tirar os lençóis da minha cama, pois ele preparava-se para levar 3 raparigas ao quarto para lá dormirem e deparou-se com apenas duas camas vagas em vez de três, pois uma das três que supostamente estava vaga, estava na realidade ocupada por mim. Concluí que havia uma falta de organização enorme naquele hostel, apesar de ser o melhor em termos de condições e preço, falhava nos empregados e na organização.
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Fiquei incrédula com a falta de noção dele, se ele fosse uma pessoa em condições teria ido ver à receção o registo das camas ocupadas em vez de me acordar, enfim, eu não acho esse comportamento normal. Melhor ainda, quem me acordou foi o poliglota que me deu indicações no outro dia, primeiro perguntou-me (outra vez) de onde é que eu era e depois, novamente, começou a tentar falar portugês comigo, a perguntar se eu iria ali ficar mais tempo, portanto eu estava ensonada e a ter que lidar com aquele ridículo mais uma vez, como se uma vez não tivesse sido suficiente, maldita sorte a minha, devia ter escrito no livro de reclamações!
Não bastando o incidente com o poliglota ridículo, quando fui tomar o pequeno-almoço, ainda não estava servido e eu precisava de apanhar o comboio para Bucareste, ainda esperei meia hora, ou seja, consegui comer alguma coisa, porque foram colocando a comida aos poucos, mas mesmo assim não foi suficiente, estava á espera de encher as minhas reservas para a viagem e não comi metade daquilo que pretendia.
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A previsão seria de que chegaria a Bucareste às 19 horas, 18h59 minutos mais precisamente, e teria 15 minutos para comprar o bilhete para Iasi e o meu jantar, pois o comboio para Iasi seria às 19h15 minutos, caso não se tenham dado ao trabalho de fazer os cálculos. A vida não é um mar de rosas, como diria alguém que eu conheci há muito tempo atrás, o comboio atrasou-se 40 minuto, já tinha visto atrasos de 10 minutos, mas de 40 minutos? Foi um absurdo, no Japão isto não aconteceria, o único inconveniente foi ter que esperar 4 horas pelo proximo comboio para Iasi, nada de especial, mais 4 horas na estação de Bucareste não são nada, os empregados de lá já me conhecem, são sempre tão simpáticos, principalmente a senhora que está a cobrar entradas para a casa de banho.
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História engraçada que aconteceu neste dia e que tem como personagem principal a adorável porteira da casa de banho. Eu estava muito aflita para ir à casa de banho, nunca pago para isso, acho ridículo, visto ser uma necessidade básica, mas estava tão aflita que não tive alternativa, pois o comboio só chegava dali a 4 horas. Não tinha notas mais pequenas, por isso tentei pagar com 50 lei, a amável senhora fez uma cara de enjoada e não aceitou, tinha que pagar com notas mais pequenas e se não tivesse, bem que me podia borrar ali toda, porque ela não queria saber, por sorte a Carolina tinha e emprestou-me. Quando lhe entreguei o dinheiro ela deu-me duas folhas de papel, volto a repetir, foram duas folhas e digamos que eu precisava de mais, duas folhas não chegavam! Voltei a apontar para o papel higiénico, era ridículo eu estar a pagar e quase ter que me limpar às mãos, no entanto ela protestou que não, mas eu sou teimosa e continuei a insistir que queria mais papel e aquela estúpida (perdão, não consigo continuar com o sarcasmo) deu-me mais uma folha e foi de má vontade e começou a queixar-se em romeno, como não admito que me tratem de tal forma, disse-lhe que ela devia ser mais educada, não é que a ignorante começou a fazer gestos com as mãos e a mandar-me calar, fiquei doida.
Enquanto tentava racionar as minhas três folhas de papel, lembrei-me que me tinham ensinado a dizer insultos em romeno, assim que voltei a passar por ela à saída, disse-lhe várias vezes "te fute" e "pula", signiicavam coisas muito feias e não irei profanar este texto com essas palavras.
A seguir a este drama só queria comer alguma coisa boa, por isso fui àquela loja de comida na vitrine e iria pedir aquilo que pedi na última vez, só que a Carolina deu a ideia de experimentarmos uma coisa nova e eu adoro experimentar coisas novas, mas não quando estou a morrer de fome, nessas alturas só quero o seguro,, aquilo que eu sei que vou gostar. Conclusão, detestei aquilo que ela escolheu e passei fome, foi um domingo maravilhoso.
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