De que se trata?
Fachada principal - Dezembro de 2016
O Mosteiro de Pavia, ou em italiano, Certosa di Pavia é um mosteiro-convento Cartuxo numa localidade chamada Pavia, alguns quilómetros a Sul da cidade metropolitana de Milão. No período Medieval, Pavia era uma cidade importante e um ponto nodal no Norte da Península Itália e na região da Lombardia.
A Certosa foi inicialmente iniciada no século XIV, mas as obras e alterações mantiveram-se até aos finais do século XVIII, promovidas por vários promotores e finaciadores; alterações essas ainda visíveis nas fachadas e nos elementos construtivos da Certosa.
A Certosa é maioritariamente construída em tijolo vermelho, assim como muitos dos edifícios tradicionais da região. À chegada, a fachada marmórea, que parece não ter sido terminada impressiona pela atenção ao detalhe e pela monumentalidade. Esta foi justaposta posteriormente.
Claustro interior - Dezembro de 2016
A Certosa é composta não só pela grande Igreja, constantemente aberta ao público e aos fiéis como também por todos os espaços necessários à vida monástica: os vários claustros, as celas do monges, o refeitório, as pequenas igrejas interiores e uma grande área de cultivo na área posterior.
Actualmente, o espaço também conta com uma loja onde são vendidos produtos confeccionados directamente no local e pelos monges, incluíndo por exemplo um produto que é praticamente 98% de alcool e que é multifunções - por exemplo, usado com elixir. Também são vendidos boiões de mel e tabletes de chocolate e alguns objectos religiosos. No extremo direito do primeiro espaço aberto, mal se entra na Certosa, também há um museu, que infelizmente não tive o prazer de visitar mas que pelo que percebi retrata a vida no mosteiro mas que julgo ser pago.
Como chegar?
Partindo do centro de Milão, existe a possibilidade de seguir se carro, que é a opção mais rápida e mais prática - já que não implica uma caminhada alternativa para chegar à entrada da Certosa. Nas imediações, mesmo à entrada, existe espaço para parquear o carro de forma totalmente gratuita.
Largo - Dezembro de 2016
Para quem opta pelos transportes públicos, basta apanhar um comboio de uma das muitas paragens ao longo da cidade onde passe a linha S13, com direcção a Pavia. Depois basta sair na estação Certosa di Pavia, se não me engano a penúltima, mesmo antes da estação terminal da linha e caminhar ao longo da cerca do mosteiro. A caminhada não é morosa, são cerca de 1,5km, uma vez que existe uma entrada única para a Certosa e a estação de comboios fica mesmo nas traseiras do Convento.
A caminhada pode tornar-se desagradável caso esteja muito frio, mas caso o dia esteja bom é agradável, já que ao redor existe apenas espaço verdejante e alguns ciclistas e corredores a fazer exercício físico. Os monges escolhiam sítios extremamente isolados e recondidos onde construir os seus mosteiros de modo a garantir a paz e a tranquilidade necessárias à oração.
Quando visitar?
Eu fiz a visita em meados de Dezembro, num dia chuvoso e frio. Talvez o melhor seja aproveitar um dia de Primavera e Outono em que o tempo está mais ameno e que a humidade da mancha verde local não se faz sentir tanto. No interior do mosteiro, também faz bastante frio, pelo menos na altura em que eu visitei, logo convém ir agasalhado caso se opte por uma visita invernal.
Corpos em tijolo - Dezembro de 2016
Quando custa?
Visitar a Certosa em si não custa nada, é absolutamente gratuito, já que é um espaço de culto religioso. Entrar no espaço destinado aos monges não é permitido, só em caso de visita de estudo, como foi o meu caso. A entrada no museu é paga, mas o valor está disponível no local e como não entrei não sei e não consegui descobrir essa informação online.
Impressões Finais
Visitei a Certosa di Pavia devido a um trabalho para a Faculdade, logo não pude nem escolher o dia nem a hora. Visitei durante a parte da manhã num dia de Dezembro e a temperatura estava muito baixa. A visita no exterior tornava-se muito desconfortável em períodos mais prolongados.
No interior da Igreja, a visita já é mais agradável. Existe pouca luz no interior mas é possível observar com detalhe todos os pormenores do colorido e do trabalho na pedra do interior. Do lado esquerdo do transepto, estão os tumúlos de il Moro e sua mulher, governador de Milão no final do século XV, o construtor de Santa Maria delle Grazie mesmo no centro de Milão onde se encontra a famosa "Última Ceia".
Para quem está em Milão por um período mais prolongado ou quem tem interesse particular neste tema, a visita é aconselhável e muito bonita! Um espaço que merece mais atenção e que é uma bela escapadinha de meio dia da confusão do centro da urbe milanesa!