Parco Archelogico di Paestum

O Paestum é uma pequena pérola arqueológica a cerca de uma hora de caminho para Sul de Nápoles. Farta de ouvir falar deste complexo de templos, um dos mais bem conservados do mundo no que à civilização grega diz respeito, não deixei de ficar totalmente atónita com a escala e a serenidade deste lugar. Deixo-vos com uma breve passagem da anotação que fiz no meu diário de viagens, em Setembro de 2016, quando tive a oportunidade de visitar este local. 

Vista do Templo de Atena - Setembro de 2016

"A chegada ao Paestum é avassaladora. Àquela hora da manhã, a bruma ainda povoava o cume das montanhas e os templos impunham-se na paisagem ainda livre de turistas. Diga-se que só em grande número fariam alguma mossa já que a relação templo-homem é totalmente desproporcional."

De que se trata?

O Paestum é um complexo arqueológico de uma cidade da Magna Grécia, fundada sobre o nome de Posedonia em meados do século VII a.C. Limitada por dois magestosos templos dóricos, o de Atena e o de Era (dito de Neptuno), mantém-se num belíssimo estado de conservação e é uma excelente prova dos hábitos, costumes e vida urbana, primeiro dos gregos e posteriormente dos romanos. 

Conhecido e famoso no período do famoso Grand Tour e vítima de sucessivos saques durante um período de abandono entre o final do século XIX e o início do século XX, o Paestum é hoje Patrimónico da UNESCO, visitado por inúmeros curiosos todos os anos. Associado, está um centro interpretativo, onde se podem ver expostas algumas das peças descobertas nas escavações e solidificar os conhecimentos históricos sobre esta civilização.

Vista das ruínas - Setembro de 2016

Como chegar?

Quando visitei o Paestum, parti de Pompeia - onde estava a acampar - , num regional da Trenitalia. Paguei 4,20€ para ir mais 4,20€ para voltar. Quem parte de Nápoles deve acrescer a este valor 1,50€ (valores de Setembro de 2016). Julgo que seja a forma mais eficaz para quem não está de carro. 

Quando visitar?

Visitar na meia-estação. Em Setembro ainda estava bastante calor e como a zona é descoberta - há pouca mancha verde - o passeio torna-se mais cansativo em horas de maior calor. Começar logo de manhã bem cedo, para evitar as hordas de turistas - não tão calamitosas como nos centros da cidade - e as excursões. A visita aos templos e ao museu é para ser feita com calma e apreciada. Na altura, lembro-me que me tomou cerca de 3 horas a visita a cidade, mais 1 hora a visita ao museu.

Desporporção homem-templo - Setembro de 2016

Quanto custa?

Para estudantes menores de 26 anos, a entrada nas ruínas custa 4,5€ e o museu 1€ (valores de Setembro de 2016). Dão-nos uma pequena bochura com o mapa das ruínas e uma breve explicação, mas o valor não incluir visita guiada. 

Impressões Finais 

Sem dúvida, um local a que voltaria. Pela paz, serenidade e beleza. Por tudo o que aprendi sobre Arquitectura só ao observar. Uma experiência que recomendo a todos vivamente. Único senão: algumas placas informativas ao longo do percurso das ruínas estavam já muito deterioradas e era difícil de ler. De resto, 5 estrelas!

Espólio do museu - Setembro de 2016