Madrid por la noche, tiene más encanto!
A luz do sol é reconhecida por nos trazer conforto. Aquece as almas mais frias, afasta as nuvens negras dos pensamentos, consola-nos em alturas de dor. Traz-nos aquele sentimento de segurança – a segurança que só sentimos durante o dia. Quando escurece tudo parece tornar-se mais sombrio, mais perigoso… e uma simples sombra pode fazer-nos estremecer.
Mas não há nada como passear numa grande cidade à noite. Especialmente Madrid. E tudo graças à eletricidade, essa fantástica invenção do Homem. A escuridão tem os seus encantos. Disfarça as imperfeições, esconde a sujidade, mascara os defeitos. A iluminação dos edifícios torna-os mais majestosos, as luzes dos monumentos quase que os enaltece. Isto tudo aliado aos faróis vermelhos e laranja dos carros que, pelas nove e meia da noite, entopem as estradas. Os semáforos não são já suficientes para controlar o tráfego e, eventualmente, a polícia tem de intervir. É a hora de ponta madrilena. Os condutores buzinam furiosos, cansados, como que berrando o desejo de regressar a casa.
A euforia não está só na estrada. As ruas estão cheias de gente. É uma multidão a que se reúne na Puerta del Sol, ponto de encontro para a noitada madrilena. Aí podemos observar os artistas de rua, os homens-estátua, os cantores e bailarinos mexicanos, os acrobatas, e até comediantes. As esplanadas estão cheias. Depois do trabalho há que tomar uma “cerveza”, comer umas tapas e fazer aquilo que os espanhóis gostam mais: falar.
E são estes os sons da noite: os carros, as buzinas, o murmúrio das pessoas, quiçá um riso mais alto, as conversas mais vivas; o tilintar dos copos nos cafés, as melodias dos músicos de rua. Os nossos sentidos ficam embriagados: as luzes toldam-nos o olhar, o ruído chama-nos para a festa e as pessoas convidam-nos a ficar.
É impossível ignorar a beleza de tudo isto. Uma beleza peculiar, que nada tem de sereno nem de estoico. Contudo, é definitivamente apelativa.
Dificilmente conseguimos imitar as fotografias nocturnas dos postais turísticos. Mas estar em Madrid permite-nos vivenciá-lo, senti-lo na pele. Essa sensação nenhum postal nos pode dar.
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