Capítulo 20 - EOS Lund + Language caffé

Aquando das sessões de introdução, todas as entidades tinham como objetivo a nossa melhor integração a todos os níveis. Daí que nos foram apresentadas todas as entidades envolvidas na vida social de Lund e tudo aquilo que precisaríamos para que tivéssemos ao nosso dispor tudo aquilo que necessitássemos.

Foi-nos da mesma maneira introduzido o desporto universitário que se vive em Lund. Quem naquele dia estava disponível para se apresentar e falar era o treinador da equipa de basketball que juntamente com a universidade decidiu organizar uma atividade conjunta num domingo à tarde.

(Fonte: https://www.eoslund.se/)

De modo a criar-se um serão numa tarde de fim-de-semana e optaram pelo domingo uma vez que as lojas e principais atrações se encontram fechadas ao domingo.

Assim sendo estávamos convidados a ir ver um jogo de apresentação da equipa de Lund havendo paralelamente, no intervalo e ainda antes do inicio do jogo, o que eles chamam de Language caffé.

Basicamente isto resumia-se a um convívio entre pessoas da mesma nacionalidade conversarem ou pessoas que soubessem alguma coisa dessa língua, ou estivessem interessados em saber.

Isto realizou-se por meio de distribuição de mesas onde cada uma tinha uma bandeira e as pessoas que quisessem falar esse idioma, ou conhecer pessoas do seu país que tivessem ido para Lund, surgiu assim uma boa oportunidade para as pessoas se encontrarem ou simplesmente falarem enquanto esperavam pelo inicio ou recomeço do jogo.

Nesse dia ainda que não tivesse a oportunidade de conhecer mais portugueses do que aqueles que já conhecia, revi alguns e estabeleci melhor contacto. Não houve oportunidade para extensas conversas uma vez que não nos foi assim tão fácil encontrar o estádio, EOS Basketball Arena.

Estávamos lá apenas há uns dias e digamos que conhecer Lund era uma coisa que ainda só estava nos nossos objetivos, e não se encontrava ainda concretizada.

Apesar da fila e de um curto café, fomos guardar lugar para assistir o jogo e rapidamente encontramos aqueles com quem dias antes tínhamos estado em Malmö, na loucura do insuflável.

Foi aí que facilmente percebemos que as pessoas que vão fazendo parte do nosso Erasmus o começam a ser a uma velocidade bastante rápida, mas porque, basicamente, naqueles momentos só nos temos uns aos outros.

Foi um jogo e tanto, ainda que sem conhecer ninguém, apoiávamos apenas a equipa da cidade que nos iria acolher num período de meio ano.

Chegado o intervalo alguém se lembrou de ir comprar pipocas e uns refrigerantes dado que o café do inicio tinha sabido a pouco e dá sempre vontade de trincar alguma coisa.

Estávamos a jogar contra Helsingborg e estivemos a ganhar durante o jogo todo, até que no fim houve uma reviravolta e mesmo perto do fim começamos a perder. Depois de tanto stress e tanta ânsia estávamos à espera de uma recuperação, infelizmente nunca se deu e acabamos por perder.

Os primeiros trezentos alunos a entrar teriam oferta do jantar, e ainda que tenhamos andado à procura do estádio, conseguimos entrar no lote que tinha jantar oferecido.

No tempo que estive na suécia habituei-me ao que para eles é já super normal, jantar cedo, e assim foi no final do jogo.

Não era um jantar por aí alem, mas eram duas sandes suficientemente grandes e boas para que uma pessoa já ficasse satisfeita, juntando ao facto que estávamos em convívio e a conhecer melhor todos aqueles que estavam na mesma posição que nós mesmos.

Entretanto iam-se juntando conhecidos de conhecidos e rapidamente já estava na hora de ir embora, e sem que dessemos por ela tinha passado o nosso primeiro domingo e estávamos mais integrados uns com os outros. Passo a passo as coisas foram surgindo e é o que no final deixa saudade, são as pessoas e são estes pequenos momentos em que mesmo que nem soubéssemos por quem estávamos a torcer, estávamos juntos a torcer por algo.

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