Capítulo 5 - SUSA11
Não será de fácil compreensão o título desta minha experiência e o que vou partilhar convosco mas é de extrema importância para todos aqueles que algum planeiam fazer uma coisa assim e irem estudar para o estrangeiro, onde não se conhece a língua mãe desse mesmo país.
Eu escolhi a Suécia e devo dizer-vos a que a língua que lá se fala é deveras peculiar, quer em termos de sonoridade quer em termos de escrita, possuem uns caracteres bem específicos e diferentes.
Posso-vos dizer que a universidade que frequento possui 350 anos e é de excelência a muitos níveis. O meu foco neste post é mostrar-vos o programa linguístico que nos ofereceram aquando da nossa chegada.
O SUSA 11 é um curso linguístico de nível básico que possibilita a apredizagem de sueco e está apenas disponível para estudantes de Erasmus que vão ingressar na Lunds Universitet. Todos os alunos têm o direito a frequentar as aulas e aproveitar para conhecer o básico do que será a língua nativa do país que os acolherá durante oa próximos meses e que será o dialeto mais ouvido nesse período.
A universidade pede especificamente a todos os alunos que cheguem num determinado dia, o Arrival Day que tem como principal propósito providenciar informação para as duas semanas seguintes. É nessas duas primeiras semanas, antes das aulas começarem efetivamente, que acontecem algumas sessões de boas vindas, atividades para promover o desporto universitário e ainda 'fikas' para nos irmos conhecendo uns aos outros.
Enquanto tudo isto decorre, nessas duas semanas decorre também o curso intensivo de sueco providenciado por eles que no final requer um exame escrito, composto maioritariamente por escolha múltipla e ligação de palavras. Este curso vale 3 ECTS na escala de créditos nas cadeiras.
Assim sendo todos dos dias tínhamos a aula de SUSA 11 com a Kiki, uma professora espetacular e com uma disposição maravilhosa.
Aprendemos os conceitos mais básicos, os números, os pronomes, as horas, comida, bebida, verbos mais importantes, como dialogar numa loja, o dinheiro entre muitas outras que são consideradas o mínimo para o início de uma nova língua.
Foi extremamente engraçado quando aprendemos o alfabeto por causa do som das letras. À medida que a Kiki dizia as coisas nós tínhamos que repetir, chegando a fazer um exercício com a caneta no bigode pois era a única forma de pronunciar a letra de modo correto.
No decorrer das aulas, quando estávamos a aprender as saudaçõuoses e como dialogar perguntando a idade e de onde éramos, a Kiki ensinava e nós repetíamos umas quantas vezes, depois tínhamos que dialogar com a pessoa que estivesse ao nosso lado para praticar o que aprendíamos.
Nesses primeiros dias, com esse contacto forçado e imediato fui conhecendo as primeiras pessoas, e nos dias seguintes com conhecimentos adquiridos quer nas aulas, quer nas restantes atividades já sabíamos ao lado de quem nos queríamos sentar porque nos facilitava a tarefa. Vá fazíamos um bocadinho de batota mas o sueco de facto não é uma língua fácil.
Uma coisa que me fui apercebendo nas aulas foi que quer os alemães quer os holandeses se deram bem com o sueco uma vez que diziam ter algumas similaridades. Sorte a deles.
As nossas aulas eram no Matteannexet, estávamos divididos por turmas, turmas essas que eram constituidas por estudantes da mesma área de estudo, uma vez que éramos muitos era impossível haver apenas uma turma e era assim uma forma de aproximar as pessoas da mesma faculdade. Sendo que nos intervalos estávamos todos no mesmo sítio e em convívio.
Este espaço no início era para as aulas do SUSA 11 mas era também um espaço de estudo e onde mais tarde tive um dos meus exames.
(Fonte: https://combain.com/buildings/#-
166.28906250000003,-20.96143961409684,63.80859375000001,73.42842364106818)
(Fonte:http://www.mynewsdesk.com/se/
akademiska_hus_ab/images/skiss-matteannexet-campusplan-lund-166115)
Como referi há pouco nós éramos muitos a frequentar o SUSA 11, pois muitos estudantes vão de Erasmus para Lund e tínhamos aulas em auditórios, mas no edifício há no andar superior as ditas salas de exame, e nunca na minha vida vi uma sala tão grande, e ao mesmo tempo tão confortável para fazer exame, até dá gosto.
(Fonte:https://www.akademiskahus.se/vara-kunskapsmiljoer/vara-byggnader/annexet/)
O ambiente criado e o desafio em si valeram completamente a pena. Iremos sem dúvida lembrar-nos das aulas às 9 da manhã, das coisas que dizíamos e nem sabíamos o significado, das risadas pela pronúncia tão errada, mas de factoesforcei estar a estudar fora implica conhecer o sítio para onde se vai e abraçar todos os projetos e as experiências que aparecem.
Ainda que eu não me tenha dedicado profundamente ao sueco, foi uma experiência que repetiria sem dúvida alguma.
O SUSA 11 traz nostalgia porque aconteceu no início, foi o nosso primeiro exame e curiosamente aconteceu depois de uma atividade noturna o que me fez tirar uma sesta no fim da resolução do exame. O resto dos pormenores, ficam por lá!
Passei com distinção e mesmo hoje não sendo um dos meus pontos fortes há ainda muitas coisas que começaram no SUSA 11.
Tenho que agradecer à Lunds Universitet pela oportunidade e por fazer tanto por nós, exchange students, por nos proporcionar uma receção fabulosa e um enriquecimento a todos os níveis.
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