19/1/18 Preparação para Istambul

Publicado por flag-pt Catarina Serrano — há 6 anos

Blogue: Vida em Iasi
Etiquetas: flag-ro Blogue Erasmus Iasi, Iasi, Romênia

Começámos o dia sem pressas, pois não tínhamos que ir ao ginásio e o comboio que íamos apanhar para Bucareste era só às 16h40min, a única coisa a fazer antes era ir com a Carolina imprimir um novo visto para poder entrar na Turquia, pois ela enganou-se no primeiro que fez, pôs mal a data de nascimento e com esse erro teve que pagar mais 16 euros.
Segundo a Carolina, toda o processo da viagem para Istambul estava a ser um inferno, primeiro comprámos um bilhete de avião e perdemos o mail da data e da hora, fomos aos nossos extratos bancários procurar a despesa dos bilhetes de avião, para confirmarmos que tínhamos mesmo comprado os bilhetes e não apareceu nada, por isso concluímos que ainda não os tínhamos comprado, já não era a primeira vez que isso acontecia, só que o pior sucedeu, no dia 17 recebi uma mensagem a dizer que faltavam 2 horas para o meu voo para Istambul, claro que me passei, gastei 100 euros assim, foi como se os tivesse atirado ao mar, a minha primeira reação foi ter um ataque de riso, é sempre isso que eu faço quando fico passada, pareço uma psicopata a ter uma crise, a segunda reação foi a negação, de que aquele itinerário apareceu devido a eu ter visto aquele voo e a ter talvez clicado na opção para o seguir, ainda estou nessa fase e assim irei continuar, pois não apareceu nada nos extratos bancários.
Quando fomos imprimir o visto da Carolina à papelaria, apareceu um rapaz na fila e começou a falar connosco, só que ele era tão estranho, começou a dizer que o pai dele era professor de box, completamente fora do contexto, foi do género "estão aqui para ir ao computador imprimir? Olhem este é o meu Facebook e este é o meu pai, ele é professor de box". Cristo, que rapaz estranho, depois começou a dizer que a rapariga que estava a ajudar na papelaria era "fã" dele, enfim, fez-me quase cair na neve que estava no passeio, enquanto eu corria com a Carolina a tentar fugir dele, porque ele depois foi atrás de nós. 
Acabámos de fazer a nossa mala e às 15h40min saímos de casa e ainda bem que saímos com tanta antecedência, devido à neve no caminho, em vez de fazermos o trajeto em 20 minutos, demorámos 40 minutos, nem sei como é que não caímos e fomos a rebolar de uma ladeira abaixo, era um caminho mesmo muito inclinado e estava cheio de neve, teria dado um vídeo incrível para o "ridiculousness" toda a figura que fizemos a tentar descer sem cair. 
Quando chegámos à estação de comboios tivemos a terrível notícia de que já não haviam lugares no comboio, mais uma vez teríamos que ir de pé, já não aguento estes comboios da Roménia, estou tão farta, ou íamos de pé ou perdiamos o avião para Istambul e nem pensar que eu iria perder mais um avião para Istambul, por isso, teve que ser, já sabia que ia ouvir a Carolina a queixar-se de que a viagem para Istambul estava a ser um pesadelo. 
Aconteceu algo extraordinário durante o percurso de comboio, o revisor foi simpático connosco e avisou-nos quando dois lugares ficaram vazios para nos podermos sentar, portanto só ficámos cerca de 1h30min em pé, podia ter sido pior, mas denotem que o revisor foi simpático, é tão raro algum romeno que presta serviços ao público ser simpático que não consigo deixar de ficar surpresa. 
No final da viagem mortífera de 7 horas até Bucareste, fomos para a sala de espera da estação de comboio, costuma lá estar um segurança a controlar quem é que tem bilhete, pois costumam ir para lá mendigos dormir, eu só queria mesmo apanhar a net de lá para poder falar com a minha bebé (a minha cadela), tinha prometido à minha mãe que fazia videochamada quando chegasse a Bucareste, mas não durou muito tempo, pois o segurança começou a expulsar toda a gente e como a mim ninguém me expulsa, eu mesma fui embora sem ele me mandar, vá, foi só porque ele começou a vir na minha direção. 
Fui para a entrada da estação para chamar um Uber e, claro, tinham que aparecer os abutres dos taxistas, a borbardearem-me de todos os lados, a perguntarem se eu não queria que eles me levassem para algum lado, o que mais me enerva é o facto de insistirem, eu digo não e eles continuam, até que um não parava de insistir e estava a olhar para o meu telemóvel, a ver o que eu estava a fazer, então eu disse que não precisava dele, ia chamar um Uber, o homem ficou tão ressabiado, a dizer que isso era ilegal, pouco me importa, agradeci-lhe a informação e fui para o Uber. 
Na chegada ao aeroporto, o motorista desejou-me um bom voo e eu, feita estúpida, agradeci e desejei-lhe também um bom voo, no momento em que ele disse pareceu que ele tinha dito "night" em vez de "flight", só depois das palavras saírem da minha boca é que racionalizei e percebi que ele não me tinha desejado boa noite, enfim, este tipo de coisas têm sempre que me acontecer. 
Faltavam agora 8 dias para voltar a Portugal.


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