Capítulo 25 - FlyING
Estou a começar este post e já me estou a rir, honestamente, é o mais nostálgico até à data e ao mesmo tempo o momento menos memorável que tive oportunidade de viver na Suécia.
De entre tantas atividades que tinhamos programadas, algumas não eram executadas por nós. Foi-nos pedido que nos inscrevêssemos para algumas missões e depois seriamos selecionados e iriam posteriormente dizer-nos em qual tinhamos sido colocados.
Todos podíamos comparecer, mas só os designados para a missão teriam que trabalhar para ela. A primeira missão a ter lugar foi a missão denominada de FlyINg, que consistia, muito resumidamente em construir um avião, ou uma coisa muito parecida com isso, sobre um carrinho de rolamentos.
Isto com o propósito de num dia predefinido, viajarmos até Helsingborg, uma cidade que faz um estreito com Helsigor, na Dinamarca. Aí cada guild descia com o seu carrinho por uma rampa, até ao rio, e via-se quem chegava mais perto da Dinamarca, riam-se porque era só mesmo ver quem caía mais longe.
Então num determinado dia, entramos todos num autocarro e fomos rumo a Helsingborg para a competição. O problema no meio disto tudo é que o álcool nesse começou muito cedo, ainda antes da hora de almoço que foi quando entramos no autocarro.
À nossa chegada estavam as pessoas que pertenciam ao campus de Helsingborg, porque a nossa faculdade tem um campus nessa cidade, e a sua guild que é a ING, daí o evento ter as letras deles em maiúsculo.
Depois de muita cantoria e muita dança, juntaram-se aqueles que não foram de autocarro, mas sim de comboio, como é o caso dos mentores. E vá, falando pelos meus, eles também não vinham mal preparados porque tiveram um pequeno almoço com champanhe e morangos.
Depois de nos encontrarmos todos fomos organizados por cursos e seguimos em marcha pela cidade até ao porto, onde estaria a rampa para o decorrer no evento. Aconteceu basicamente como por cá quando se faz o cortejo, fecham-se as ruas à circulação de carros e os estudantes tomam conta delas para uma paródia cheia de animação e tendo algum álcool à mistura.
Depois de chegarmos ao sítio onde se ia dar a competição esperamos pela nossa vez e digamos que do que me lembro, foi um dos meus amigos a ir na espécie de avião que construíram e a nossa prestação nem foi muito má. Ainda hoje não sei quem ganhou, mas o objetivo estava em participar.
Depois disso fomos buscar o jantar e sentamo-nos a apreciar a vista e a comer antes de fazermos a viagem de ferry que liga as duas cidades. Estávamos bem perto do porto simplesmente a disfrutar do momento e viver o que nos estava a ser proporcionado.
Seguimos para uma daqueles que é um dos meus poucos momentos inesquecíveis daquele dia. Vi um dos mais bonitos pores-do-sol da minha vida, e não sei se parte disso foi causado pelo mood em que estava, pela companhia ou por sentir a gratidão que era estar a viver uma coisa assim.
Senti-me cheia, senti-me realizada e feliz e com uma extrema vontade que aquilo não acabasse, é como um daqueles momentos em que nada nos está a passar pela cabeça e estamos simplesmente a respirar e a viver.
Foi lindo, e aconselho vivamente a todos os que tiverem oportunidade de fazer uma coisa assim, que o façam e abracem o momento.
Depois disso havia uma festa no ‘The Tivoli’, à qual eu ainda me lembro de entrar, mas da qual só tenho uma vaga ideia de sair com o Gustav, um dos mentores, para casa da Fay, outra mentora.
Um conceito extremamente responsável, e que me surpreendeu em muito pela positiva, é o facto de que em cada festa que aconteça, um dos mentores de cada grupo tem uma braçadeira verde indicando que naquela noite ele tem que se manter sóbrio no caso de alguém precisar de ajuda ou alguma coisa acontecer. Eles vão rodando, em cada evento o mentor sóbrio varia, mas tem que haver sempre um.
Nessa noite era o Gustav, daí que foi ele a orientar-me e a levar-me para casa da Fay. Estavam lá todos os meus mentores e já alguns dos meus amigos, o que me deu a entender que eles nem para a festa tinham ido. Acabei a noite a comer um wrap no comboio e por muito que pareça muito tempo passava pouco da uma da manhã quando cheguei a casa.
Mas temos que saber que há noites em que não dá mais e dado o estado em que a minha pessoa se encontrava desde o meio dia, foi a decisão mais sensata.
Há que salientar que na manhã seguinte saíamos para passar o fim de semana em Gotemburgo, claro que aquela viagem de autocarro até lá, me matou um bocado.
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