Aventura em Bucareste parte 2 7/10/17
Na viagem a Bucareste esqueci-me de ver a meteorologia e quando decidi sair do hostel para a continuação da aventura em Bucareste vi uma tempestada torrencial na rua. Tive que comprar um guarda-chuva vendido ao preço do ouro e com uma qualidade lamentável, pois estragou-se logo após a primeira rajada de vento.
Este seria o dia em que iria fazer a reconstrução de todas as fotos que tinha perdido no dia anterior, todavia o tempo não estava do meu lado e foi quase impossível, tirei ainda algumas fotos, mas não se compararam às outras tiradas num dia em que estiveram 27º.
O dia foi marcado por catástrofes atrás de catástrofes, a primeira ocorreu quando um autocarro passou por cima de uma poça de água a uma velocidade extrema e me encharcou dos pés à cabeça, tive que voltar ao hostel mais tarde para trocar de roupa.
Segunda catástrofe, estava a escolher alguma coisa para comer numa pastelaria que têm os bolos expostos na vitrine, é só pedir a uma janela e a senhora dá-nos, não temos que entrar no estabelecimento, e um homem apalpa-me o rabo como se fosse a coisa mais natural do mundo, fiquei chocada durante meio segundo e logo a seguir gritei com ele, fui na direção dele e dei-lhe um murro com a minha mão esquerda, pois a direita estava ocupada a segurar o guarda-chuva e eu só lamento não ter largado o maldito guarda-chuva para lhe poder ter dado um murro a sério. Ele tentou bater-me, foi aí que tive que recuar, pois tinha a minha máquina fotográfica ao peito e trabalhei bastante para a conseguir comprar, porque se não a tivesse, eu tinha-o atirado ao chão e enchido de murros e pontapés, a minha ideia não é estar a promover ódio nem violência, no entanto é isto que acontece quando uma mulher viaja só com uma amiga, como eu tenho feito, nunca está segura, a qualquer momento pode ser assediada, uma mulher precisa de uma figura masculina com ela para obter respeito e eu acho isso ridículo, estamos no século XXI e ainda tenho que lidar com este tipo de situações.
Passando à frente esse infeliz incidente, dirigi-me novamente ao Starbucks para comprar um capuccino, pois a noite foi péssima no hostel, estava um indivíduo no quarto que quase partia paredes com o seu ressonar. Fui mais uma vez ao parque onde no dia anterior tinha começado a excursão, visto que estava obstinada a conseguir capturar as fotos que tinha perdido.
Um local já tinha sido reconstruído fotograficamente, iria então passar à zona histórica da cidade e o que é que acontece? O pervertido que me assediou volta a aparecer e começa a seguir-me, eu páro e ele pára também, voltei a andar e ele foi atrás, foi aí que comecei a gritar com ele no meio da rua, ele não ia voltar a tocar-me, nem que eu partisse a minha câmara, mas ele não iria encostar mais um dedo nojento em cima de mim. Atirei-lhe com o capuccino acima no momento em que começou a fazer-me gestos imundos com a língua, desde esse episódio carreguei uma pedra comigo até ao final do dia, para o caso de ele voltar a aparecer, não queria saber das consequências, só queria ser tratada como um ser humano e se para isso tivesse que utilizar meios extremos, então eu estava pronta.
Não voltei a cruzar-me com aquele refugo da sociedade, em vez disso cruzei-me com um vendaval, a tempestade ficou tão forte que tive que abortar missão, ainda consegui voltar ao palácio do parlamento
e comer um bolo no "Paul", a cada 500m era possível encontrar um novo, recomendo vividamente, o bolo soube-me ao céu.
Talvez um dia volte a passear por Bucareste e a conseguir a reconstrução das fotos que perdi.
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