Um encontro estranho

Publicado por flag-pt Cristiana * — há 6 anos

Blogue: Uma portuguesa em Verona.
Etiquetas: flag-pt Blogue Erasmus Braga, Braga, Portugal

Muito se diz sobre a necessidade de evitar julgamentos infundados sobre as pessoas que conhecemos pela primeira vez...

Eram seis e meia da tarde. Estava eu a passear pelo centro de Braga, quando fui abordada por um homem franzino, com cerca de quarenta anos de idade.

Pensei logo que me ia pedir algo, como dinheiro, mas estava redondamente enganada.

O senhor perguntou-me se sabia onde era o café/bar Rosa Chique. Disse-lhe que o nome não me soava nada estranho, mas que não fazia ideia.

Como me viu a observar umas imagens no chão, desenhadas com giz branco, disse-me que sabia quem as tinha feito. Tinha sido um amigo dele, que gostava de desenhar os monumentos que ia vendo, no chão, junto a eles.

Um encontro estranho

  • Ele próprio desenhava, e mostrou-me os seus esboços. Eram simples, mas muito interessantes. 

    Um encontro estranho

Também havia pintado as suas calças de ganga. Tinham o mesmo tipo de desenhos abstractos. Ele disse-me que costuma personalizar o seu vestuário.

Comecei a ver o senhor como um António Variações moderno. Parecia completamente alheado da realidade, mas feliz naquele mundo imaginário, onde tudo poderia ser adaptado de acordo com as nossas preferências. 

Um encontro estranho

Ele começou a contar-me a sua história. Era de Lisboa, mas morava em Coimbra há pouco menos de um ano. Era pintor e não conhecia Braga. Naquele local, que ele não sabia bem se era "Rosa Chique ou Rosa qualquer coisa", iria haver um evento com uma espécie de concerto intimista e partilha de experiências entre artistas.

Tinha apenas 1% de bateria no telemóvel,mas prontifiquei-me a ajudá-lo. Fui logo ao GoogleMaps, que não encontrou o dito local.

Um encontro estranho

Fazendo uma pesquisa breve no motor de busca da Google, encontrei o seu nome real - Rosa Chock Vintage - uma loja de roupa, que costuma ter eventos diversos no seu espaço.

Estavamos a cerca de 650 metros do lugar. Indiquei-lhe o caminho e ele foi embora, visivelmente agradecido.

De facto, não devemos julgar naquele primeoro contacto. O senhor revelou-se como um dos encontros fortuitos mais mágicos que já tive...


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