Retro Fnac

Chegámos ao Braga Parque às nove e quarenta e cinco. Estava a trovejar e a chover torrencialmente.

Abrigámo-nos no interior do centro comercial, onde o calor se fazia sentir. Tirámos os casacos molhados e virámos à esquerda. Aí era a loja de animais, que muitas vezes visitávamos. Custava-me ver os animais enclausurados, mas sabia que ao menos estavam a ser bem tratados. Uma das primeiras coisas que se vê são os múltiplos aquários, repletos de pequenos e grandes peixinhos, uns coloridos, outros simples. Também dava para observar canários, periquitos e outras aves.

Mas o que verdadeiramente me entusiasmava era o que ficava lá atrás. Seguimos, com passos atentos. Cãezinhos minúsculos dormiam. Não os queríamos incomodar, então começámos a brincar com os dois boxers castanhos bebés nas jaulas abaixo. Reparámos, com grande alegria, que o cão que estava à direita ia ser levado por uma família. Pareciam todos muito felizes. Os animais custam cerca de duzentos, trezentos euros, o que pode ser muito para algumas carteiras, mas é bastante abaixo do valor real que um animal tem na nossa vida.

Visitámos outras lojas, como a Lefties e a Zara. Comemos uma torta de cenoura, laranja e raspas de coco. Bebemos um café, que misturámos suavemente com um pau de canela. Foi a loucura total. Um dos melhores lanches que já comi. Soube-me tão bem.

• Talvez por Sábado à noite, todo o local estava a abarrotar. As pessoas estavam produzidas, sobretudo as das nossa idade, que deviam ir para a discoteca SardinhaBiba.

Eu fiquei-me pelo sushi. Pedi um teryaki quente, com amêndoa por cima. Para acompanhar, alguns rolos de sushi. Notei que em alguns deles haviam ovas vermelhas. Prefiro não saber o que era. Retirei o queijo philadelphia que alguns deles tinham, e soube-me mesmo muito bem. Desta vez, já pude dar o meu número de telefone para me somarem pontos por cada refeição. Ou seja, numa das próximas vezes que lá vá, irei comer à borla, o que é sempre interessante.

Muitas crianças brincavam com os pais. Estavam a ser transportadas em carros alugáveis e animais de brincar que, puxando a cauda, arrastam também as crianças. Pareciam divertidas. Mas, a real diversão passava-se junto aos degraus que nos levam até ao McDonalds.

Aí, a Fnac tinha feito uma exposição de Retro Gaming, onde todos podiam jogar nintendo, por exemplo.

Gostei imenso de reviver jogos como Sonic e divertir-me com as consolas arcade. Até tínhamos música eletrónica a acompanhar. Participei em corridas de carros, onde vencia pelo cansaço ou, por outras palavras, batendo nos muros e não deixando escapar a minha competição. Poupem-me os moralismos.

A marca Atari estava em grande destaque. Algo que podem não saber é que alguns destes produtos estão disponíveis na própria Fnac! E é por estas e por outras que a Fnac é um dos locais que mais gosto de visitar. Tem sempre eventos e iniciativas louváveis... como esta, que aproximou pais e filhos, frutos de gerações bem diferentes.

Sim, aquele recinto estava a ser maioritariamente ocupado por crianças...

Mas acho que nunca é tarde para voltarmos a ser crianças!

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