Meliá Braga Hotel & Spa
Quem frequenta a Universidade do Minho sabe bem o que o Meliá Braga significa para a paisagem.
Aquele prédio envidraçado de toques refinados tornou-se um marco. Pinta a serra verde, ao fundo, com um toque de azul. De alguma forma, tornou-se num amigo moderno do Bom Jesus e do Sameiro. Um exemplo moderno da grandiosidade de arquitetura moderna numa cidade marcada pela história. Contudo, Braga também é uma cidade para o futuro. E, por essa razão mais do que qualquer outra, o Meliá Braga faz todo o sentido. Ao vê-lo todos os dias a marcar o início da subida para o Monte do Bom Jesus, comecei a ganhar um desejo: um dia, haveria de lá dormir uma noite. E assim foi.
Cheguei ao Meliá Braga pela tarde. Trazia apenas uma pequena mochila com uma muda de roupa, o meu computador e alguns itens pessoais. Até chegar à entrada do hotel temos que percorrer um longo passeio que atravessa o jardim do recinto. Uma característica que me agradou bastante foi o relvado verde extenso. No verão, aquele relvado que estava decorada com uma bela zona de piscina, deveria fazer as delícias dos turistas. E as fotos perfeitas para colocar no instagram, pois é atravessado por um canal do rio Este, o que obriga a que o relvado e a piscina estejam ligados com uma rústica ponte de madeira. Um toque belíssimo. Só por esta paisagem, vale a pena circundar o hotel. Mas o meu destino era o interior!
A entrada do hotel é feita por uma porta rotatória ativada automaticamente. Do vento que me tocava os cabelos nada sobrou. Apenas a receção impecável do hotel. À chegada, o bagageiro cumprimentou e perguntou se precisava de ajuda com a bagagem. Respondi-lhe que não, mas agradeci o gesto e a simpatia e perguntei-lhe onde poderia fazer o check-in, apenas para que ele se sentisse útil, isto apesar de estar a ver a receção. Não o queria despachar sem lhe dar aquela sensação de ter comprido com a sua obrigação profissional.
É o sítio que mais celebridades recebe. Já pude ver, por exemplo, o César Peixoto e a Diana Chaves.
Visualmente, somos recebidos pela cor branca. O soalho é branco e a frente envidraça ajuda a realçar a cor. Existem uma série de sofás verdes que acolhem as pessoas que esperam por amigos, decidem aguardar pelo táxi ou que decidiram apenas reunir-se a beber alguma coisa de bar enquanto visitam as suas páginas das redes sociais. Ao centro, uma enorme escadaria branca, também ela excelente para tirar algumas belas fotos. Estou certa que aquelas escadas deverão estar em imensos facebooks e instagrams deste mundo!
A receção parece uma estrutura um pouco extraterrestre. De facto, faz lembrar uma entrada oval para uma ave espacial, capaz de nos levar a passear pelo espaço. Quiçá, para conhecer outros universos. Na parte de trás, estava uma menina loira de blazer e um jovem adulto de fato. Os trajes combinavam, o que não me surpreendeu. Estamos a falar de um hotel cinco estrelas, seria óbvio que teriam fardamento a condizer para todos os membros da equipa. Ambos me receberam com sorrisos. Cumprimentaram-me de bom grado e perguntaram-me se queria realizar o check-in. Todo o processo foi bastante rápido. Perguntaram-me o nome. Daí a darem-me a chave do quarto numa pequena carteira de papel, foi um instante. Indicaram-me o quarto, o piso em que se localizava e como lá chegar.
Peguei nas malas, dirigi-me para o elevador e entrei assim que as portas abriram. Aí, esperava-me uma surpresa inesperada. Após o terceiro andar, o elevador tinha uma vista panorâmica sobre a cidade de Braga, mais especialmente sobre a região de São Vítor e São José de São Lázaro. O elevador, diga-se, é rápido a chegar ao andar e consegue a proeza de não criar aquele frio na barriga que se sente sempre que se entra numa montanha russa ou um colega mais desvairado que conduz o carro acelera numa descida.
Os corredores são bonitos. Um pouco escuros, contudo, o tom causa-nos uma certa harmonia de tal ordem que consegue ser místico, ao invés de assustador. Para abrir o quarto, basta encostar a chave branca, que o rapaz me tinha dado na receção, a uma peça metálica preta. Ao encostar, ela soltou um grunhido qualquer a anunciar que a porta estava aberta e, consequentemente, o quarto ao meu dispor.
Como seria de esperar, o quarto estava impecável. Devo garantir que não me surpreendeu, pois já sabia bem a que ia. Já tinha visto algumas fotos na internet, pelo que não me era nada de novo. Mas os tons cinza, verdes e castanhos combinavam na perfeição. E, apesar de não ser muito grande, conseguia ser espaçoso. A primeira coisa que fiz foi pousar a mala e atirar-me para o colchão. Como esperava, era confortável. Tinha que ser. Era um colchão de um hotel cinco estrelas, cujo o objetivo maior é ser um local para as pessoas dormirem…
- O quarto estava equipado com um minibar recheado. Confesso que não toquei em nada, pois os preços eram exorbitantes.
Por exemplo, uma garrafa de água de trinta e três centilitros vai, confortavelmente, para os dois euros e meio. Preferia levar a minha própria garrafa. E não é pelo dinheiro, é por uma questão de principio. Não vou gastar x numa coisa quando posso gastar y e y é menor que x.
Dentro da minha “suite”, por assim dizer, tinha duas particularidades que merecem relevo. A primeira é, sem dúvida, a banheira. A questão não é a banheira ter algum tipo de jato especial capaz de massajar a minha alma. A questão é a banheira não ter… separação da cama. Ora bem, isto para um casal é ótima ideia e fiquei agradada com a novidade. Para ser franca, era a primeira vez que estava num local que tinha adotado aquele “projeto”. Após usar, acabei por ter que dar o braço a torcer e todas as dúvidas se dissiparam. O segundo ponto interessante do meu quarto era a vista. As janelas enormes – são basicamente a maior parede do quarto – davam uma privilegiada paisagem sobre o Bom Jesus e o Sameiro. Foi nesse que percebi a sorte que era ter a oportunidade de passar ali uma noite.
A iluminação era totalmente regulável por uma plaquinha branca na parede. Também a temperatura é regulada por esse sistema. O que facilita bastante a coisa.
- Um detalhe interessante também é a criação de uma password de internet especifica para cada hóspede. O que dá uma bela surpresa que, claro, não irei desvendar neste canal.
A noite foi bem passada. Ao acordar senti-me totalmente relaxada. Tinha sido tudo o que que queria que fosse! E a hora de partida tinha chegado. A saída foi igualmente eficaz. Bastou-me descer, entregar o cartão e fazer os pagamentos necessários. É agora um hotel que recomendo a qualquer pessoa que esteja de passagem, mas não só. É excelente para fazer jantares de curso, ter reuniões importantes ou encontros profissionais.
A saída fez-se com uma certeza: tinha tido uma noite para recordar. Mais que uma memória por si, a recordação de uma ousadia.
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