Jardim de Santa Bárbara
O que fazer com o tempo livre?
As respostas são muitas, dependendo dos interesses pessoais de cada um. Ver séries. Praticar desporto. Passear. Esta última é do meu especial interesse. Por passear, muitas vezes, entende-se como visitar um outro local. Contudo, eu gosto de revisitar os locais que fazem parte do local onde vido e que, de certa forma, moldam a forma como penso, ajo e, em último caso, sou. Um dos meus locais preferidos para reviver é o Jardim de Santa Bárbara, em Braga.
Localizado no centro da cidade de Braga foi construído, pelo menos, do século XVII.
E digo pelo menos, porque não sou uma aluna de história para andar aí a debitar datas certas sobre tudo o que vejo. Sei que a fonte é dessa época e que o jardim estava lá essa altura. Foi o que me disseram quando cheguei a Braga e o visitei pela primeira vez – e sim, a minha companhia era de História, essa sim creditada para debitar datas! Acaba por ser um bónus ter alguém com mais sabedoria que nós em determinadas matérias. É uma forma certeira de aprendermos algo novo todos os dias!
A sua imagem é reconhecida em qualquer canto de Portugal. Um belo jardim verde, baixo e florido centrado por uma fonte secular. Como imagem de fundo, vemos as ruínas de umas antigas arcadas que pertenciam a um claustro do então Paço Episcopal. Um postal de Braga para o país. Sim, porque a cidade dos arcebispos não é feita apenas de Bom Jesus, Sameiro e Sé. As suas paisagens são reconhecidas por todo o país como sendo das mais bonitas e a cidade foi eleita, mais que uma vez, como uma das melhores para se viver em Portugal! Por isso, agarrem-se às vossas cadeiras (ou que tenham perto de vocês) que eu vou partilhar com vocês mais um pedaço.
No jardim há alguns bancos de pedra espalhados. Algo idiota, mas realista: é comum ver dois tipos de Homo Sapiens por lá espalhados: os Homo Namuradeirus, que se agrupam sempre aos pares e se alimentam de demonstrações de afetos públicas, e os Homo Instacoise, que sobrevivem à conta dos likes que obtêm nas suas páginas virtuais de publicação de fotografias. Por vezes, há um terceiro espécimen. Raro, é verdade, mas acontece. Espécimens como nós, que queremos apenas respirar um pouco de ar puro numa zona da cidade onde toda a pressa da rotina não nos consegue engolir, por mais que tente.
As redondezas do jardim são das mais bem alimentadas de Braga. A sério: é praticamente impossível ir lá e não sentir uma espécie de fome alimentada apenas pela gula de ter toda uma explosão de sabores no paladar. Comecemos por onde? Pela melhor hamburgueria da cidade? O DeGema é o melhor sítio para começarem o que vocês quiserem. Sério: se casarem no DeGema não só não vos julgo como faço de tudo para me tornar a vossa melhor companhia. Bem perto do DeGema encontramos o Alma D’Eça, na Rua Eça de Queiroz. Gostem ou odeiem Os Maias, vão adorar o Alma. A combinação perfeita entre sushi e grelhados. Sabes aquele amigo que queres levar contigo para jantar, mas não gosta de sushi (COMO É POSSÍVEL NÃO GOSTAR DE SUSHI)? É aqui que tens que o levar! Vai deliciar-se com a carne feita neste restaurante! Para terminar, sugiro ir tomar um café à Confeitaria. Isto acontece tudo sem perder o Jardim de Santa Bárbara de vista! Não me venham convencer que não gostam, porque não há como não acontecer amar esta zona de Braga.
Para quem não sabe, Braga é chamada a "Roma portuguesa", à conta de todos os monumentos majestosos e, claro, as ruínas romanas.
Fico à espera que sigam a minha sugestão. Levem os vossos amigos. Ou vão sozinhos. Façam como vos apetecer, mas vão.
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