Fim-de-semana no Gerês
O Parque Nacional da Peneda-Gerês situa-se no extremo noroeste de Portugal, na zona entre Minho, Trás-os-Montes e a Galiza. É considerado Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO, sendo recortado pelo Rio Lima e Cávado e abrangendo os distritos de Braga, Viana do Castelo e Vila Real. Sendo uma das maiores atrações naturais de Portugal, penso que é um destino ideal para um fim-de-semana fora, principalmente para quem vive no Norte.
No Verão passado, num fim-de-semana em que não sabia o que fazer, eu e um amigo decidimos pegar no carro e passar uns dias no Gerês. Do Porto, a viagem demora cerca de 2h e a paisagem durante o percurso é muito bonita, com montanhas e muito verde. Estávamos em pleno Agosto, portanto os dias estavam bastante quentes, e mal chegámos decidimos ir para a Barragem de Caniçada. É um bocado difícil arranjar estacionamento na zona, principalmente em época alta, mas lá conseguimos e fomos para uma zona mais afastada da zona que tem restaurantes e outras atrações. A água era gelada mas a paisagem à nossa volta era magnífica. É possível alugar motas de água e outras diversões semelhantes.
Ficámos lá até ao final do dia, altura em que nos dirigimos para o centro da vila, onde está localizado o Hotel Universal e as Termas do Gerês. Vale a pena passear pelas ruelas e observar as casinhas. Jantámos num restaurante nessa zona (porções gigantes por um preço acessível!) e depois fomos procurar um sítio para dormir, porque não tínhamos nada reservado. Acabámos por ficar numa pensão, a Pensão Freitas, por 15 euros/pessoa. O quarto era limpo e dormimos muito bem. No dia seguinte quando acordei abri a janela e fiquei maravilhada com a vista para a Serra. “Que bem que se está no campo!”. Ainda tivemos direito a pequeno-almoço, ainda que simples, mas que nos soube pela vida!
Decidimos no segundo dia explorar as cascatas do Gerês, muito famosas. Começámos pelas Cascatas do Tahti, uma queda de água proveniente do Rio Arado. Conseguimos estacionar o carro num parque improvisado, uma espécie de descampado em terra, e depois fomos a caminhar em direção às Cascatas. Devo dizer que, de facto, o local tem uma beleza selvagem impressionante, e ainda tivemos oportunidade de mergulhar nas lagoas, cuja água era gelada mas límpida. Mas achei o local muito perigoso! Não há qualquer estrutura de apoio, o piso é muito escorregadio e apesar dos vários avisos de perigo de morte, as pessoas continuam a levar para lá crianças. Eu própria tive dificuldade em movimentar-me, mesmo com sapatilhas! Confesso que por este motivo não consegui estar muito tranquila, pois estava sempre com medo que acontecesse algum acidente, principalmente com as crianças. Se quiserem arriscar, no entanto, é um sítio muito bonito.
De seguida decidimos ir às cascatas do Arado. Aqui é necessário estacionar antes e fazer o percurso a pé, mas é um percurso agradável pelo meio da Natureza e bem mais seguro do que o anterior. Não me recordo quanto tempo demorámos a chegar à queda de água principal, mas vale a pena o passeio e é indicado para todas as idades. Quanto à cascata em si, quem quiser aventurar-se já é um bocado mais difícil, mas com cuidado é possível. Eu e o meu amigo decidimos ir e nadar nas águas cristalinas é uma ótima experiência! Estava com algum medo de quedas de pedras ou algo semelhante, mas felizmente não aconteceu nada e divertimo-nos bastante.
No final do dia, depois de tantas explorações, decidimos regressar ao Porto. Foi um fim-de-semana super bem passado, barato, e que nos permitiu fugir um bocado da cidade e disfrutar da Natureza.
O Gerês têm inúmeras atrações e tenho a certeza que irei lá voltar um dia destes!
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