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Conhecendo o Líbano em 20 dias

Publicado por flag-br Celia Daniele Moreira de Souza — há 4 anos

0 Etiquetas: flag-lb Experiências Erasmus Beirut, Beirut, Líbano


Em 2015 eu tive a incrível oportunidade de ir, juntamente com descendentes de libaneses de todo o mundo, conhecer várias cidades do Líbano de ônibus por meio de um ONG chamada RJLIBAN. Eu não sou descendente, mas pesquiso a história árabe e fui sorteada com uma bolsa que pagou todos os meus custos de transporte, alimentação e hospedagem por lá. A iniciativa partiu de um empresário chamado Naji Farah, e eu tive muita sorte, porque essa foi a primeira e única vez que houve essa iniciativa.

Cheguei em Beirute em Julho, no verão e já aproveitamos para conhecer a cidade nos bairros de Badaro e Hamra. Também fomos ver a Raouche, a pedra marinha que marca tão fortemente a paisagem de Beirute e comemos num restaurante em frente a elas. Minha primeira impressão da alimentação libanesa foi maravilhosa, sobretudo pelas deliciosas frutas da estação que eles oferecem de graça! As melhores cerejas que já comi em toda vida, sem contar a melancia, o melão e a nectarina. E claro, os pratos típicos e voltar a beber Mirinda, que não vende mais no Brasil, e experimentar o Arak, muito surpreendente o sabor.

Em Beirute, conhecemos o museu nacional, a grande mesquita azul, o monumento da paz (que está cravejado de balas, o que nos traz uma reflexão bem profunda sobre como a paz é frágil) e o centro da cidade. Fomos em igrejas ortodoxas e maronitas e em todo canto uma ruína romana, ou fenícia, ou bizantina. O que me chamou atenção é que os registros do passado da Antiguidade são bem destacados, mas aquilo que remonta ao Império Otomano não tem essa preocupação, vira casa, hotel, é abandonado. Percebe-se por essa escolha do que valorizar ou não do passado, como o Líbano ainda se ressente da ocupação otomana na região.

Além de Beirute, fomos visitar as montanhas de Hammama, onde conhecemos o santuário de São Charbel e pude acompanhar um casamento libanês que acontecia ao lado do meu hotel. Dabke é uma dança tão empolgante, pena que eu não tenho a menor coordenação motora para isso! Fomos na gruta de Jeita, para nos sentirmos pequenos diante de tanta beleza! E também fomos às ruínas de Anjar, ruínas omíadas de uma cidade que fora inundada na idade média, e por isso talvez que tenha sobrevivido à posteridade.

O espetáculo à parte foi conhecer as ruínas romanas de Baalbeck, é tudo tão grandioso que você se sente uma formiga. Ao visitar o templo de Baco, ia comer minha maçã estratégicamente levada para meu lanche da tarde, mas ela caiu e rolou chão abaixo. Meu lanche virou oferenda para Baco, haha! Mas tudo bem, o importante é que ali eu percebi o quão grandiosa é a antiguidade.

Ainda passamos nos Vales de Qadisha, mas eu passei tão mal nos desfiladeiros que não consegui completar o caminho até o monastério. A beleza ficou em ver o bosque de cedros e inesperadamente ganhar um chaveiro de madeira de cedro com o meu nome.

Depois das montanhas, fomos para o mar de Byblos, definitivamente a minha cidade favorita, o lugar que mais me diverti. Fui numa balada no meio da rua, andei pelas ruelas e pude ir à praia, nadar no mediterrâneo! Foi maravilhoso! Essa cidade está certamente na minha lista para voltar.

Fomos ainda à Jounieh ver a estátua de Nossa Senhora do Líbano, pena que estava nublado e a vista ficou comprometida. De lá fomos para Tito ver as ruínas de Sour, cidade fenícia e mais uma vez aproveitar o mar.

A RJLIBAN também realizou o casamento de uns integrantes de nosso grupo e pude participar de um casamento libanês tradicional, basicamente com muita comida e dança! 

Visitamos ainda o Palácio de Beitdinne e o castelo dos Cruzados no mar e nas montanhas o castelo de Saladino, na fronteira entre Líbano, Israel e Síria.

As viagens foram muito intensas, havia dias que eu só conseguia dormir umas 4 h. A viagem da RJLIBAN ainda oferecia curso de árabe libanês! Ou seja, foi algo muito completo e intenso os 22 dias que passei por lá! Agora desejo voltar para conhecer o Norte do país que não pude por causa da ameaça do DAESH, pois Trípoli está na minha lista!


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